Conforme a pesquisa, os exercícios físicos ajudam a aumentar a sensibilidade do organismo à insulina por meio da produção de oxigênio reativo, ou radicais livres, prevenindo o dano celular após o esforço.
De acordo com o médico nutrólogo, Dr. Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), nosso organismo é capaz combater estes radicais livres naturalmente e manter-se estável por meio de uma alimentação equilibrada, boas noites de sono e baixo nível de estresse. Os processos oxidativos fazem parte do nosso organismo e de todo o conjunto de reações metabólicas, inclusive para a formação de energia. Os processos antioxidativos também ocorrem espontaneamente, evitando a degeneração celular.
O que devemos evitar é o desequilíbrio, a formação de radicais livres predominando sobre o não oxidativo, esta situação de estresse oxidativo favorece o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas.
Para manter o equilíbrio, é essencial a manutenção do peso corporal por meio de uma boa alimentação, dormir bem e praticar atividade física moderada,
O Estudo conduzido na Alemanha, comparou a sensibilidade à insulina e a quantidade de oxigênio reativo produzido em homens que se exercitaram e receberam doses diárias de vitaminas C (1 g) e E (400 mg) com as informações de outros voluntários que passaram por atividades físicas sem a ingestão de antioxidantes sob a forma de suplementos. Os que consumiram os suplementos não apresentaram alterações em seus níveis de oxigênio reativo, enquanto que os demais tiveram aumento na formação de radicais livres.
Quatro semanas depois, o estresse oxidativo induzido pelos exercícios melhorou a sensibilidade à insulina naqueles que não tomaram os suplementos, causando uma resposta adaptativa por meio da promoção da capacidade de defesa antioxidante. Assim, os radicais livres têm um efeito benéfico ao aumentar a sensibilidade à insulina. Este efeito é bloqueado quando há suplementação de vitaminas antioxidantes.
Existem diferenças entre atividade física e atividade esportiva.
A esportiva é mais intensa, voltada à competição. Estudos já demonstraram que os praticantes não têm uma longevidade maior que a média da população. Já aqueles que praticam atividade física, que são ativos, que caminham, dançam, enfim, que não ficam parados, liberam radicais livres numa concentração moderada.
Aqueles que possuem atividades com finalidade desportiva severa, com muita intensidade, como atletas profissionais, devem ter uma alimentação adequada para o seu grau de esforço, e um cuidado muito maior. Os suplementos devem ser indicados por um profissional, que levará em conta as eventuais necessidades de cada organismo. Atletas, praticantes de atividades de grande intensidade, liberam radicais livres em maior concentração, ou seja, há mais chance de estresse oxidativo se não houver acompanhamento adequado.
Os riscos de tomar suplementos sem orientação profissional, ao invés de favorecer seu organismo a combater os radicais livres, favorecerá ao organismo a produção excessiva de radicais livres.
Ristow M, Zarse K, Oberbach A, Klöting N, Birringer M, Kiehntopf M, et al. Antioxidants prevent health-promoting effects of physical exercise in humans. Proc Natl Acad Sci USA. May 26, 2009.
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