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19 ALIMENTOS QUE CONTÊM VITAMINA C.

sexta-feira, 29 de abril de 2016 0 comentários
A vitamina C é um importante componente na fortificação do sistema imunológico. Poderoso antioxidante, ela atua contra o envelhecimento celular ao combater os radicais livres e ajuda a reduzir os efeitos colaterais provocados por poluentes presentes no ar. 

A atuação dessa vitamina não para por aí: a nutricionista Cristina Martins, da clínica Sara Bragança, no Rio de Janeiro, conta que o nutriente também atua na síntese de neurotransmissores e sais biliares, auxilia na absorção do ferro e age no funcionamento de hormônios do córtex adrenal. Além disso, a nutricionista Sílvia Gabriela Abreu e Silva, coordenadora de nutrição da Equilibrium Consultoria, em São Paulo, lembra que a vitamina é responsável pela rigidez do colágeno, prevenindo inflamações ao auxiliar na saúde de tendões, ligamentos e juntas. 

Lichia
A lichia é uma fruta de baixo valor calórico e rica em nutrientes como vitamina C e potássio. De acordo com a nutricionista Ana Carolina Icó, do Dieta e Saúde, a vitamina C presente na fruta é um nutriente que contribui para o bom funcionamento do sistema imunológico, além de ser um antioxidante que age na diminuição dos danos celulares causados pelos radicais livres. "A vitamina C ainda favorece a absorção do ferro presente nas carnes e em leguminosas como o feijão e lentilha." Já o potássio, segundo Ana Carolina, é um mineral que participa da contração muscular e por isso diminui cãibras, bem como atua junto ao sódio mantendo o equilíbrio de líquidos no corpo. 

Laranja
Talvez ela seja a mais lembrada quando o quesito é vitamina C. E com razão: uma unidade de laranja tem 90mg do nutriente, a quantidade diária mínima que nosso organismo pede. A nutricionista Cristina Martins aconselha não guardar a fruta por muito tempo antes do consumo, já que ela perde vitamina C desde que é colhida, devido à sensibilidade ao calor e oxidação da vitamina C. 

Limão
Essa fruta é versátil, pode ser utilizada tanto em sucos como no tempero da salada,o que aumenta a capacidade do organismo de absorver ferro - presente em verduras de coloração escura. Quatro unidades da fruta equivalem a 110mg de vitamina C, o que já é perfeito, visto que ultrapassa a dose diária mínima.

Manga
Saborear essa fruta é uma deliciosa opção para obter vitamina C: uma unidade grande conta com exatos 90mg de vitamina C, equivalente a 100% da necessidade mínima diária de um homem adulto. Uma boa opção é fazer um suco da fruta com algumas gotas de limão, para combinar duas fontes do nutriente. 

Abacaxi
Uma fatia média dessa fruta tem 93mg de vitamina C. Para uma bebida cheia desse nutriente, fica a dica: misture o abacaxi à couve, que também é fonte da vitamina. 

Goiaba
Ela é uma boa fonte de vitamina C - apenas uma unidade pequena conta com 120mg. Consumir a fruta in natura é sempre uma boa opção. 

Melão
Uma fatia é suficiente para suprir suas necessidades mínimas diárias de vitamina C. Com um pedaço grande, você abocanhará 105mg da vitamina. 

Kiwi
A frutinha verde chega a ganhar da famosa laranja na contagem de vitamina C. Uma unidade contém 95mg do nutriente. Vale lembrar que consumir essa fruta in natura é sempre a melhor maneira de obter o máximo de nutrientes que ela pode oferecer.

Morango
Ele está na classe dos pequenos frutos que te proporcionam ótimas quantidades de vitamina C. Consumindo cinco unidades da fruta, você obtém quase 94mg da vitamina. Experimente aumentar essa quantidade de vitamina misturando o morango com a laranja em um suco. 

Acerola
Essa pequena fruta é riquíssima em vitamina C e campeã em quantidades. Apenas uma unidade é suficiente para suprir a necessidade diária mínima da vitamina e ainda sobrar: cada uma conta com 150mg. Ingerir um suco com três unidades de acerola na hora do almoço aumenta significantemente a absorção de ferro pelo organismo.

Caju
Tipicamente brasileiro, o caju também está no topo da lista de alimentos ricos em vitamina C. Uma unidade equivale a 95mg da vitamina. 

Tangerina
A fruta de aroma inconfundível, também conhecida como mexerica, é uma boa opções na hora de turbinar as quantidades de vitamina C ingeridas diariamente. Com duas unidades de tangerina, você consome 110mg da vitamina.

Tomate
Ele vai bem puro ou como acompanhante de pratos e saladas e aumenta o grupo de aliados na hora de complementar o consumo diário de vitamina C. Duas unidades do fruto equivalem a 90mg de vitamina C. 

Brócolis
Esse vegetal é importante fonte de vitamina C, mas atenção: o processo de cozimento pode roubar todos esses nutrientes. Por isso, aconselha-se que ele seja cozido a vapor. Uma xícara de brócolis fornece 122mg.

Espinafre 
O personagem infantil Popeye é inteligente: essa verdura que, no desenho, dava forças ao marinheiro, turbina o organismo com uma série de nutrientes, incluindo a vitamina C. Uma xícara e meia de espinafre proporcionam 122mg da vitamina.

Aspargos
Uma bela salada de aspargos complementa a quantidade de vitamina C necessária no consumo diário. Em duas xícaras, é possível ingerir 108mg. Dê preferência aos aspargos em conserva. 

Couve verde
Com uma xícara de couve verde por dia, você obtém 116mg de vitamina C. Além de complementar a salada e a feijoada, esse vegetal pode ser misturado com outras frutas em sucos, aumentando o consumo da vitamina.

Repolho
Verde ou roxo, ele proporciona boas quantidades de vitamina C. Em cinco colheres de sopa, consome-se 110mg da vitamina. Dê preferência pelo alimento cru. 

Rúcula
Com uma xícara de rúcula, você ingere 123mg de vitamina C. Anote as sugestões: uma salada de uma xícara de aspargos, com uma unidade de tomate e uma xícara de rúcula. No almoço, se consumida junto a uma xícara de brócolis no vapor e um suco de três unidades de acerolas (com água), proporciona 700mg de vitamina C. 

Agrião
Uma xícara da verdura tem 100mg. Lembre-se que ela deve ser consumida preferencialmente crua, assim como outras verduras, para que aproveitar ao máximo seus nutrientes. 

Fonte: Minha vida.

4 RECEITAS FUNCIONAIS.

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BOLINHO DE ESPINAFRE, BRÓCOLIS E RICOTA (OU TOFU)

Ingredientes:
1/2 xic de ricota (sem lactose – para intolerantes) ou de búfala ou tofu despedaçados
1 xícara de folhas de espinafre já refogadas e escorridas (a medida é dela refogada, já que espinafre reduz muito)
1/2 xícara de folhas de brócolis refogadas (ou use todo o brócolis bem picadinho)
1 ovo
1/2 xícara de farinha de aveia (ou de arroz, ou amaranto.. A que você preferir)
1/2 cebola bem picadinha ou ralada
Sal, pimenta e noz moscada a gosto
*temperos extras que desejar

Modo de preparo: 
Apos refogar o espinafre e o brócolis deixe escorrer para retirar o excesso de água, pique-os bem picadinho e escorra mais um pouco, dessa vez pressionando com a colher.
Misture no bowl a ricota esfarelada (ou tofu), os verdes, tempere bem e prove, acerte o sal etc, adicione o ovo e a aveia, misture tudo com a mão. 
Faça bolinhas e leve para assar em fogo alto até dourar (cerca de 15 minutos) – se seu forno for muito forte use uma temperatura media).
Sirva com um molhinho da sua preferencia (mostarda, pimenta, pesto….), como acompanhamento, entrada ou para beliscar!

QUEIJO VEGANO MACIO DE CASTANHA DE CAJU
Ingredientes:
1 xícara de castanha de caju cruas ou macadâmias deixadas de molho por 6 horas
1 1/2 de água
1/8 xícara de óleo de coco derretido
2 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de sopa de fécula de batata ou polvilho doce
1 colher de chá de agar agar 
5 gotas de aroma de queijo parmesão 
1 colher de chá rasa de sal

Modo de preparo
Bata as castanhas com a água até obter um creme liso. Adicione todos os outros ingredientes e bata bem. Coloque em uma panela e, em fogo baixo, mexa sem parar até espessar e ficar um creme grosso. Despeje em um recipiente que será o formato do seu queijo. Eu forrei um bowl com plastico filme para conseguir tirar da forma sem perder o formato. Leve a geladeira por 4 horas. Desenforme e use como desejar!

BOLINHO DE INHAME VEGAN
Ingredientes:
80g (uma xícara mais ou menos) de inhame cozido e ralado (cozinhe em água deixando “al dente”)
2 colheres de sopa de farinha de linhaça (ou 1 colher de sopa de psyllium ou 2 de chia ou 1 ovo)
1 colher de sopa de farinha de arroz integral, ou de amaranto, ou de sorgo ou de aveia
1 colher de sopa de azeite
1 pitada de sal
tempero a gosto (pode ser tempero verde picado, temperos secos tipo açafrão, páprica, etc)
o quanto baste de água para dar liga (é pouco, mas vai variar das suas escolhas de farinha e da textura que esta o seu inhame ou outra opção)

Modo de preparo:
Rale o inhame no ralador fino ou grosso, não irá influenciar muito, adicione os outros ingredientes e misture, adicione a água aos poucos. A massa fica homogênea e molinha porém fácil de moldar.

Agora é só fazer umas bolinhas e por na assadeira para assar em forno alto até dourar os dois lados (vire para tostar o outro lado caso você não tenha grill). Sirva e seja feliz! Ele fica crocante por fora e cremosinho por dentro, delícia!!

Esse é de inhame mas você pode fazer com mandioca, mandioquinha, beterraba, cenoura, batata doce…

PANQUECA DE BATATA DOCE
Ingredientes: 
1/2 xícara purê batata doce ou outro que preferir
2/3 xícara de água
2 ovos
3 colheres de sopa de farelo de aveia 
1 colher de sopa polvilho doce
3 colher de sopa de azeite
1 pitada de sal

Modo de preparo: 
Bata todos os ingredientes no liquidificador.
Unte uma frigideira anti-aderente e coloque cerca de uma concha, gire a frigideira para cobrir o fundo. Faça sempre em fogo baixo! Toste a panqueca dos dois lados, recheie e está pronta! Renderam 7 panquecas pequenas! Aqui recheei com carne moída refogada e molho de castanha do pará!

RECEITAS DE CHAPATI (PÃO INDIANO).

quinta-feira, 28 de abril de 2016 1 comentários
A culinária indiana proporciona diversas opções saudáveis para quem está de dieta. Uma delas é o pão chapati. Levinho e com poucas calorias, ele é uma alternativa para matar a fome fora de hora. E o melhor é que a receita original pode ser adaptada para uma versão sem glúten, liberada para o cardápio de pessoas com a doença celíaca.

Você pode fazer um "wrap" ou servir o pão com homus. Foto: iStock, Getty Images

Chapati sem glúten
O chapati é um pão que combina com todas as refeições. Seja no café da manhã, no lanche da tarde ou como entrada de um jantar especial, ele vai bem de diferentes maneiras. Uma sugestão é fazer um "wrap" com vegetais e saborear um prato leve e nutritivo. Também dá para servi-lo com homus ou outra pasta. Confira as receitas a seguir.

Ingredientes:
- 2 xícaras e ½ de farinha de arroz
- ¼ de xícara de óleo ghee
- 1 xícara de água morna
- Sal a gosto.

Modo de Preparo:
Junte a farinha, o óleo e o sal em uma tigela. Mexa os ingredientes e vá adicionando a água morna aos poucos. Misture até que vire uma massa homogênea.

Sove com as mãos por dez minutos. Divida a massa em bolinhas de quatro centímetros de diâmetro. Abra com a ajuda de um rolo de madeira, espalhando o pão sobre uma mesaenfarinhada.

Aqueça uma frigideira sem adicionar óleo ou azeite. Coloque a massa do chapati e aguarde um ou dois minutos. Vire para tostar do outro lado. Depois, segure o pão indiano com uma pinça e leve-o para perto da chama do fogão, sem panela. Quando der uma leve dourada, retire e sirva numa travessa.
Sugestão de recheio: Homus

Essa pasta é perfeita para rechear o chapati. Livre de glúten e fonte de nutrientes, ela proporciona um sabor todo especial à receita. 

Ingredientes:
- 2 xícaras de grão-de-bico cozido
- ½ xícara da água do cozimento do grão-de-bico
- 2 dentes de alho picados
- 1 colher de sopa de pasta de gergelim
- 1 colher de sopa de óleo de gergelim
- Sumo de 1 limão.

Modo de Preparo:
Bata todos os ingredientes no liquidificador até que virem uma pasta cremosa. Despeje em uma tigela e leve para a geladeira por uma hora antes de servir.

Que tal experimentar as receitas? Depois nos conte o resultado!


Também conhecido como pão ázimo, o chapati é uma daquelas receitas que sobrevive ao tempo. O pãozinho indiano, um dos mais antigos do mundo, é uma maravilha: não leva fermento e é feito na chapa!

Chapati com glúten
Ingredientes
1 xícara (chá) de farinha de trigo integral 
1/2 colher (chá) de sal 
1 colher (sopa) de óleo 
1/2 xícara (chá) de água 
farinha de trigo branca para polvilhar

Modo de Preparo
1. Numa tigela grande, misture a farinha de trigo integral com o sal. Regue com metade da água e misture com a mão, até formar uma farofa grossa.

2. Adicione o óleo e misture com as pontas dos dedos.

3. Aos poucos, junte o restante da água, sovando a massa com a mão. Aperte, amasse, estique e amasse novamente, dentro da tigela, por cerca de 5 minutos, até atingir uma textura macia e elástica. Se preferir sovar na bancada, polvilhe a superfície com uma camada bem fina de farinha de trigo. Mas evite juntar mais farinha na massa. Ela fica bem molenga inicialmente e, à medida que vamos sovando, ela fica no ponto.

4. Polvilhe uma bancada de trabalho com farinha de trigo e faça um rolinho com a massa. Com uma faca (ou espátula) divida em 10 porções. Enrole com as mãos cada pedaço, como se fosse um brigadeiro. Abra a bolinha com o rolo de macarrão, até formar um disco fino - se a massa começar a grudar no rolo ou na bancada polvilhe mais farinha. 

5. Enquanto abre os discos, aqueça uma frigideira (de preferência antiaderente) em fogo médio, sem untar. Quando estiver quente, coloque o disco de massa e deixe o pão assar por cerca de 20 a 30 segundos, até começar a formar bolhas. Vire o pão e deixe por mais 15 segundos na frigideira. Enquanto isso, acenda uma outra boca do fogão.

6. Tire o pão da frigideira com uma pinça e coloque diretamente na chama da outra boca do fogão para inflar e chamuscar levemente. Transfira o pão para um prato e repita com o os outros discos. Você também pode finalizar os chapatis na frigideira, basta deixar cozinhar por mais tempo depois de virar.

7. Sirva a seguir. O chapati vai bem no café da manhã ou no happy hour com pastinhas. Para manter os pãezinhos macios, conserve em um saco plástico por até 3 dias.


TIPOS DE CONTAMINAÇÃO NOS ALIMENTOS.

quarta-feira, 27 de abril de 2016 0 comentários
As Boas Práticas de Fabricação estão relacionadas com o conjunto de procedimentos adotados pelo estabelecimento para garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos alimentos e embalagens servidos aos consumidores. Na ausência destes procedimentos ocorre a contaminação.

A contaminação é a presença indesejável de qualquer matéria estranha que não pertença ao alimento, podendo ser dividida em três grupos:
Contaminação Física: causada por materiais que podem machucar como: cabelo, caco de vidro, pedras, prego, grampos, anzol e adornos.
Contaminação Química: causada por materiais que podem causar doenças ou matar como: pesticidas, aditivos alimentares, substâncias hormonais, metais pesados, produtos de limpeza, agrotóxicos e sanitizantes.
Contaminação Biológica: causada pela presença de microrganismos indesejáveis nos alimentos que podem causar intoxicações alimentares ou matar como: bactérias, fungos (bolores/ mofos), parasitas e vírus.

Além disso, a contaminação pode acontecer através de duas maneiras. São elas:
Contaminação de Origem: considerando que todo alimento possui certa quantidade de microrganismos, é necessário impedir o aumento da contaminação, sobrevivência e multiplicação destes microrganismos.
Contaminação Cruzada: é a transferência de microrganismos de um alimento ou superfície para outro alimento através de utensílios, equipamentos ou do próprio manipular. Exemplos:
o De um objeto para outro objeto;
o De um alimento para outro alimento;
o De um alimento para um objeto e vice-versa.

Portanto, atenção e cuidado!

Os microrganismos estão presentes em todos os lugares.
Por isso é importante à prática de higiene constante para reduzir os riscos de contaminação.

Confira as dicas de como evitar a Contaminação!
Higienizar frequentemente as mãos;
Manipular corretamente os alimentos;
Manter mesas, bancadas e tábuas sempre limpos;
Armazenar corretamente os alimentos (protegendo);
Cozinhar bem os alimentos e não misturar com os in natura.

Implante em seu estabelecimento as Tábuas de Corte Coloridas!

O uso destas tábuas de polietileno é recomendado pela ANVISA, porém devem ser descartadas com o tempo porque podem aparecer fissuras provocadas pelas facas. Essas fissuras podem acumular restos de comida e favorecer a multiplicação de bactérias e a contaminação entre os alimentos.

Fonte: Nutrisafety.

RISCOS DA CONTAMINAÇÃO CRUZADA.

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Pesquisa da mestranda Daniele Faria, orientada pela professora Bernadette Franco, coordenadora do Centro de Pesquisa em Alimentos/ Food Research Center (FoRC) da USP, mostra como se dá a contaminação cruzada da bactéria Listeria monocytogenes no processo de corte de frios. A contaminação cruzada é o processo de transferência de micro-organismos de um alimento contaminado para outro não contaminado. No estudo, ela simulou em laboratório a contaminação cruzada em um fatiador de frios e conseguiu demonstrar que essa bactéria é transferida a duas centenas de fatias de rosbife cortadas por um aparelho contaminado com o micro-organismo.

O estudo comprova que, apesar de o processamento térmico desses alimentos ser suficiente para eliminar esse micro-organismo, a ocorrência de contaminação cruzada pós-processamento pode resultar em aumento do risco à saúde do consumidor. A Listeria monocytogenes é uma bactéria que pode colocar em risco a vida de pessoas com imunidade baixa e a dos bebês durante a gravidez. O micro-organismo é um patógeno que pode estar presente em alimentos prontos para o consumo, pois são mantidos em refrigeração e possuem longa vida de prateleira, favorecendo a multiplicação deste patógeno. “O Brasil precisa estudar melhor essa bactéria. Trata-se de um patógeno que sequer aparece nas nossas estatísticas epidemiológicas”, afirma Daniele.

A Listeria monocytogenes é causadora da doença listeriose, infecção que tem incidência baixa, mas alto grau de severidade e alto índice de mortalidade (20% a 30%) e cujos sintomas em um adulto normal são semelhantes aos da gripe.”Trata-se de uma bactéria que pode causar problemas sérios em gestantes, recém-nascidos, idosos e pacientes debilitados e imuno-deprimidos”, alerta. “No caso das gestantes, a listeriose materno-fetal ocorre com mais frequência no último trimestre da gestação. Os sintomas iniciais são semelhantes a uma gripe, com febre, mialgias e dor de cabeça, seguidos de complicações, como aborto, feto natimorto, nascimento prematuro e infecções neonatais”, explica.

Já a listeriose invasiva, se caracteriza por bacteremia, doença caracterizada pela grande presença de bactérias no sangue, com ou sem focos evidentes de infecção, ou por afetar o sistema nervoso central podendo causar meningite, meningoencefalite e abscessos no cérebro. “Afeta principalmente pacientes com mais de 50 anos, causando febre, alterações na percepção sensorial e dor de cabeça”, acrescenta.

Contaminação
Para estudar a extensão da contaminação cruzada, Daniele adquiriu uma peça de rosbife não contaminado, inseriu a bactéria em uma peça e a cortou. Depois de contaminado o cortador, ela passou a fatiar uma peça não contaminada. O processo foi feito em laboratório, mas em temperatura ambiente. Ela estudou cada uma das fatias, verificando quantas bactérias estavam presentes, e descobrindo que até a ducentésima fatia ainda havia presença da Listeria monocytogenes. “Apesar da transferência de bactérias de uma fatia para outra ir decrescendo, em número, a pesquisa mostra que a contagem na última fatia obtida é alta”, aponta.

Segundo Daniele, essa bactéria sobrevive a grande variação de temperatura — de quatro graus negativos até 50 graus Celsius. Portanto, o problema pode se dar tanto em locais onde as pessoas pedem o produto fatiado quanto para quem compra a peça inteira ou ainda fatiada e acondicionada em embalagens de isopor. “Se o alimento contaminado estiver em uma bandeja, a bactéria pode sobreviver ao processo de resfriamento”, completa. “A Listeriasobrevive a temperaturas muito frias e a alimentos com muito sal, então esse tipo de produto é ideal para ela se estabelecer”, diz.

Um dos principais objetivos de Daniele com a pesquisa é alertar as autoridades sanitárias no Brasil. “O País não tem legislação para garantir que produtos como o rosbife e outros frios estejam livres da Listeria, bem como exigir um processo de limpeza e sanitização adequados em locais de fatiamento, e não faz alertas para os grupos mais vulneráveis ao risco de contaminação”, conclui.

Criado em 2013, o FoRC é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) reúne equipes multidisciplinares e infraestrutura laboratorial de diferentes instituições de pesquisa do Estado de São Paulo, como USP, Unicamp, Unesp, Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Suas linhas de pesquisa estão estruturadas em quatro pilares: Sistemas Biológicos em Alimentos; Alimentos, Nutrição e Saúde; Qualidade e Segurança dos Alimentos; e Novas Tecnologias e Inovação. Atualmente, cerca de 30 pesquisadores integram o FoRC.

Fonte: Usp.

CONHEÇA OS BENEFÍCIOS À SAÚDE DA SPIRULINA.

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Talvez você não tenha ainda escutado falar sobre este “pó” repleto de nutrientes. Mas, a partir deste artigo, saberá sobre os benefícios da spirulina para a saúde e como incorporá-la em sua rotina diária.

A spirulina é um tipo de alga azul-verde que cresce tanto em água doce quanto salgada.

Uma colher de sopa (7 gramas) de spirulina em pó contém:
Proteína: 4 gramas
Vitamina B1 (tiamina): 11% da RDA
Vitamina B2 (Riboflavina): 15% da RDA
Vitamina B3 (niacina): 4% da RDA
Cobre: 21% da RDA
Ferro: 11% da RDA
(RDA= porção diária recomendada)

Ela também contém uma boa quantidade de magnésio, potássio e manganês, e pequenas quantidades de quase todos os outros nutrientes que o nosso corpo precisa. Ainda melhor: apenas 20 calorias e 1,7g de carboidratos de fácil digestão.

Entre muitos antioxidantes, que podem proteger contra danos oxidativos, o principal componente ativo é chamado ficocianina, que dá à spirulina sua cor azul-verde original.

A ficocianina pode combater radicais livres e inibir a produção de moléculas inflamatórias. Em outras palavras, pode proporcionar efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios.

Os antioxidantes na spirulina também são eficazes para reduzir a peroxidação lipídica, conhecida por ser um componente essencial de muitas doenças graves, tais como a doença cardíaca.

Propriedades anticâncer
Pesquisas recentes apontam a spirulina como um insumo que contem propriedades anticâncer. Por exemplo, alguns estudos em animais mostram que ela pode reduzir a ocorrência do câncer e o tamanho do tumor.1,2

Um estudo analisou os efeitos da spirulina em 87 pessoas da Índia com lesões pré-cancerosas na boca, chamadas FSO (fibrose submucosa oral). Após usar 1g/dia, durante um ano, 45% do grupo de spirulina apresentou uma regressão completa das lesões na boca, em comparação com apenas 7% no grupo controle.3 Ao parar de tomar a spirulina, quase metade do grupo que apresentou regressão completa desenvolveu as lesões novamente no ano seguinte.

Em outro estudo com 40 pacientes com lesões pré-cancerosas FSO, 1g de spirulina por dia levou a uma maior melhora nos sintomas, em comparação com o medicamento Pentoxifilina.4

Redução da pressão arterial
O instituto nacional de saúde americano (National Institutes of Health - NIH) destacou um estudo mostrando que os participantes com níveis de pressão arterial mais baixos do que o recomendado vivem mais e têm menos incidência de doenças cardiovasculares.

Uma dose de 4,5g por dia de spirulina mostrou reduzir os níveis da pressão arterial em indivíduos com níveis normais.5,6 Provavelmente, devido a um aumento da produção de óxido nítrico, uma molécula de sinalização que ajuda no relaxamento e dilatação dos vasos sanguíneos. Aspecto importante da spirulina, desde que a pressão arterial elevada é um biomarcador chave de muitas doenças mortais, como ataques cardíacos, derrames e doença renal crônica.

Controle do açúcar no sangue
Controlar o nível de açúcar (glicose) no sangue é muito importante para a sua saúde. Muito alto ou muito baixo pode levar a sérios problemas de saúde. Estudos têm mostrado que a spirulina pode melhorar essa situação significantemente. Em alguns casos, ela mostrou um melhor desempenho quando comparado com medicamentos populares para diabetes, incluindo metformina.7-9

Em outro estudo com 25 pacientes com diabetes tipo 2, dois gramas de spirulina levou a uma impressionante redução nos níveis de açúcar no sangue.10 HbA1c, um marcador para os níveis de açúcar no sangue de longo prazo, diminuiu de 9% para 8%, o que é considerável. Estudos estimam que uma redução de 1% no marcador pode diminuir o risco de morte relacionada com o diabetes em 21%.11

Aqui estão mais algumas razões por que a spirulina é considerada uma potência nutricional:
• É uma das mais conhecidas fontes de ácido gama-linolênico (GLA, um ácido graxo importante para o coração e articulações).

• Contém outros ácidos graxos essenciais, incluindo os sulfolipídios, que podem proteger contra a infecção por HIV de células T auxiliares.

• Tem compostos de metalotioneína (proteínas combinadas com metais que ligam os isótopos radioativos pesados).

• Rico teor de proteína: 50% a 70% de proteína por peso. (Melhor do que a carne vermelha, que corresponde a 27%).

• Contém todos os aminoácidos essenciais e 10 dos 12 aminoácidos não essenciais, juntamente com uma matriz potente de outros nutrientes benéficos.

• Em comparação ao leite, a spirulina tem aproximadamente a mesma quantidade de cálcio, fósforo e magnésio. Em comparação ao gérmen de trigo, possui equiparável nível da vitamina E (tocoferol), e quatro vezes mais vitamina B12 do que fígado cru. * Para fins de suplementação de vitamina B12, consulte seu médico ou nutricionista.

Essa alga azul-verde também pode beneficiar uma ampla gama de condições, desde envenenamento por arsênico a alergias. De acordo com um estudo, os pacientes tratados com spirulina relataram alívio dos sintomas comumente associados à rinite alérgica, tais como corrimento nasal, congestão, espirros e coceira.

Existem muitos tipos de spirulina no comércio, por isso é importante se certificar sobre sua proveniência, e se está comprando uma forma pura. Desde que a spirulina cresce em um ambiente não controlado, isso oferece o potencial para se tornar contaminada com metais pesados e outras toxinas, e, portanto, é importante escolher uma de fonte respeitável.

Joseph Mercola, um especialista em saúde natural, escreve que "A spirulina vem em cápsulas, comprimidos, pós e flocos. A dose diária recomendada é tipicamente entre 3 a 5 gramas. Você pode dividir a dose em duas ou três vezes ao dia, se desejar. É seguro tomar doses mais elevadas, mas esta é uma boa dose. Lembre-se de aumentar a ingestão de água filtrada quando ingerir spirulina para ajudá-la a ser absorvida pelo seu organismo".

.: As referências podem ser encontradas no artigo original.



ENVELHECIMENTO DA PELE.

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O envelhecimento da pele é dependente de fatores genéticos, hormonais e ambientais. O envelhecimento intrínseco é aquele normal, que ocorre conforme vamos envelhecimento. É inevitável e manifesta-se com uma pele mais seca e enrugada. O envelhecimento extrínseco ocorre como resultado de exposição exagerada ao sol, tabagismo, contato com ambientes poluídos, alimentação inadequada e falta de descanso, principalmente com menos horas de sono do que o organismo precisa. Estes fatores contribuem para o aparecimento de mais rugas, hipopigmentação da pele (aparecem áreas brancas), lesões pigmentadas (áreas mais escuras) e ceratose actínica (lesões avermelhadas e escamosas). Alterações hormonais também exercem influências sobre a pele. Após a menopausa há maior deposição de ferro na pele, o que contribui para o envelhecimento mais acelerado.

A forma mais apropriada de combater o envelhecimento precoce é adotando medidas preventivas, que incluem o uso do protetor solar, a adoção de uma dieta balanceada (sem abuso de calorias e rica em antioxidantes) e cuidados gerais (não fumar, não ingerir bebidas alcóolicas em excesso, praticar atividade física, dormir bem).

O consumo excessivo de açúcar e alimentos de alto índice glicêmico resulta em reparo insuficiente de fibras de colágeno, que sustentam a pele. Por outro lado, a restrição excessiva de gorduras boas, como as presentes no azeite, abacate, açaí e coco, desidrata a pele. Dietas pobres em gorduras boas também costumam ser deficientes em vitamina E, um importante antioxidante. Já as gorduras ruins (principalmente saturadas e trans) aumentam a inflamação e contribui para maior estresse oxidativo, condições que afetam adversamente a saúde da pele e de todo o organismo.

O consumo adequado de líquidos também é imprescindível para uma pele bonita. Água, chás, água de coco e sucos com vegetais são boas opções para a hidratação. Sucos podem incluir folhas verde escuras pois fornecem nutrientes (como fibras e clorofila) que ajudam na eliminação de substâncias indesejáveis, além de vitaminas e minerais fundamentais para o combate aos radicais livres. Os carotenóides, por exemplo, são fotoprotetores naturais, reduzindo a formação de problemas de pele induzidos pela radiação UV. Vegetais alaranjados e amarelados também são ótimas fontes de carotenóides, substâncias precursoras da vitamina A.

Inclua também frutas cítricas no seu cardápio. As mesmas são ricas em vitamina C, outro importante antioxidante. A vitamina C também é fundamental para a síntese de colágeno. O selênio (presente em grande quantidade na castanha do Brasil) também vem sendo bastante estudado. Este mineral participa da defesa do organismo em enzimas como a glutationa peroxidase e a superóxido dismutase.

Por fim, uma pele bonita depende de um intestino saudável. Sintomas como prisão de ventre, gases, dificuldade de digestão sugerem disbiose, que precisa ser tratada para redução da absorção de toxinas e para o adequado aproveitamento dos nutrientes. No caso de desequilíbrios da microbiota (flora intestinal) probióticos podem ser recomendados. Consulte um nutricionista!

Fonte: Nutri Yoga.

DIETA VEGETARIANA.

terça-feira, 26 de abril de 2016 0 comentários
O que eu coloco no lugar da carne? Essa é uma das principais dúvidas entre os novos vegetarianos. É muito prudente e importante cuidar do planejamento adequado da dieta vegetariana, mas esta pergunta incorre em alguns erros. O primeiro deles é a ideia de que o ajuste no cardápio para adequação a uma dieta vegetariana seria algo tão simples quanto a substituição de um alimento por outro. O outro erro é o aparente entendimento de que a carne precisa ser substituída.

Os nutrientes habitualmente fornecidos pela carne (proteína, ferro, vitaminas do complexo B...) devem sim receber o cuidado de estarem contemplados na dieta vegetariana, mas o equívoco está na falsa premissa de que a carne seria a principal fonte destes nutrientes, e de que os outros alimentos seriam apenas um complemento ou uma “substituição”. Tanto no que diz respeito às proteínas, quanto no que diz respeito ao ferro e aos outros nutrientes fornecidos pela carne, podemos encontrar fontes tão boas ou até superiores nos alimentos vegetais.

Outro erro é querer “trocar” a carne por um outro único alimento. A pessoa que adota uma dieta vegetariana deve ter clareza de que a sua dieta deverá passar por mudanças mais amplas para que todas as necessidades nutricionais do indivíduo sejam supridas. Muitos novos vegetarianos acabam simplesmente aumentando a ingestão de alimentos derivados de animais, como os ovos e os laticínios, ou passam a comer de maneira exagerada um determinada alimento, como a soja por exemplo.

Uma ingestão muito aumentada de ovos pode facilmente elevar os níveis de colesterol sanguíneo. Assim, em vez de aproveitar o potencial da dieta vegetariana em reduzir as taxas de colesterol, o vegetariano acaba sendo surpreendido por uma taxa elevada de colesterol.

Outra falha bastante comum é o aumento no consumo de laticínios, como forma de “compensação” pela retirada da carne. Os laticínios, além de terem uma poderosa capacidade alergênica, estão entre os alimentos mais pobres em ferro que podemos encontrar na natureza. Ao retirar da dieta um alimento rico em ferro (carne) e incluir no seu lugar um alimento pobre em ferro (leite, queijos, iogurtes), o risco de desenvolver anemia ferropriva é grande.

Escolher “substituir” a carne por um único alimento vegetal também incorre em outros erros, pois assim como os derivados animais, nenhum é idêntico a ela. E nem precisa ser, pois a dieta vegetariana pode ser muito mais rica e variada do que a dieta que onívora (que inclui as carnes). O desafio consiste em mudar paradigmas: a carne não é o centro da dieta, ela é apenas uma opção e, quando ela deixa de ser uma opção, é atotalidade da grande gama de alimentos vegetais que será capaz de suprir as nossas necessidades nutricionais.

Como exemplo, a proteína e o ferro podem ser fornecidos pelas castanhas e sementes (nozes, avelãs, castanha-do-Pará, castanha de caju, amêndoas, gergelim, semente de girassol) e pelas leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja e derivados). Se as compararmos à carne, veremos que estes alimentos vegetais irão suprir as nossas necessidades destes nutrientes, mas com uma carga menor de gordura total e gordura saturada. Isto permite que haja espaço para a inclusão de outros alimentos que serão fontes de ainda outros nutrientes e assim a dieta se torna mais rica e mais completa. Quando a proteína e o ferro são fornecidos pelas castanhas e pelas leguminosas ao invés da carne, há ainda a vantagem de se estar consumindo mais fibras e outras substâncias protetoras, ao mesmo tempo em que não conseguimos fornecer a vitamina B12. Ou seja, ainda que as castanhas e leguminosas supram a nossa necessidade protéica e de ferro, elas trazem tanto vantagens quanto desvantagens sobre a opção pela carne.

Se considerarmos a qualidade desta proteína, veremos ainda que a ideia da “substituição”, nestes termos, fica ainda mais inviável. Isto não significa dizer que seja inviável suprir a nossa necessidade protéica com vegetais, significa apenas que a busca por um substituto vegetal idêntico à carne tem grandes chances de ser frustrada, pois é raro um alimento vegetal que contenha todos os aminoácidos essenciais. No entanto, uma combinação de alimentos vegetais garante a ingestão destes aminoácidos de forma completa e é aqui que encontramos a melhor ilustração deste paradigma inerente: se são raros os vegetais com um bom perfil de aminoácidos, como pode um vegetal suprir adequadamente a nossa necessidade destes? Um único vegetal raramente poderá, mas uma variedade de vegetais o fará tranquilamente, reforçando a ideia de que a adequação da dieta não está em um “substituto” à carne, mas na reforma global das escolhas alimentares.

Os maiores benefícios da dieta vegetariana advém justamente desta necessidade de variar a dieta. Para ser praticada com critério, a dieta vegetariana não pode se ater aos velhos hábitos que contam com uma variedade muito limitada de alimentos para manter o indivíduo razoavelmente saudável. Seja pela descoberta culinária ou pela necessidade de adequação da dieta, logo o novo vegetariano percebe a necessidade de explorar novos ingredientes, novas preparações, novas influências culinárias. O resultado é uma dieta bastante variada, que permite o consumo de uma gama maior de nutrientes, Mais do que isso, permite também o consumo de uma gama maior de substâncias protetoras (antioxidantes, fitoquímicos, fibras), um quesito essencial para elevar o estado de saúde de razoavelmente saudável a excelente.

Quando observamos estudos que apontam para os efeitos protetores da dieta vegetariana, é importante entender que a dieta vegetariana é mais saudável não apenas porque elimina do cardápio um alimento que é rico em substâncias nocivas ao organismo (gordura saturada, colesterol, contaminantes), mas também porque permite a inclusão de uma maior variedade de alimentos. A busca pelos nutrientes essenciais, diferentemente da busca por um substituto à carne animal, naturalmente leva o indivíduo a ampliar o seu cardápio. Com isto mudam as características da dieta, ampliando a ingestão dos elementos que nutrem e ainda dos fatores que protegem. Para se obter os melhores resultados para a saúde como um todo, o melhor substituo a carne animal está, portanto, na revisão do hábito alimentar como um todo e a informação é ponto chave para fazer isto com sucesso.

Fonte: Nutriveg.

VITAMINA D PODE REDUZIR O RISCO DE CÂNCER.

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Há algum tempo os cientistas vêm alertando
que o exagero no uso de filtros solares causa
deficiência de vitamina D, sobretudo nas crianças.
E vários estudos confirmam que a falta de
luz solar e vitamina D aumenta o risco de câncer.


Mais vitamina D, menos câncer
Níveis mais elevados de vitamina D estão associados com uma redução correspondente no risco de câncer.
"Nós quantificamos a capacidade de quantidades adequadas de vitamina D para prevenir todos os tipos de câncer invasivos combinados, o que era uma incógnita até a publicação deste trabalho," disse Cedric Garland, da Universidade da Califórnia (EUA).

Os resultados inéditos foram publicados na revista PLoS ONE.

Nível ideal de vitamina D
Os pesquisadores queriam determinar qual o nível sanguíneo de vitamina D é necessário para reduzir eficazmente o risco de câncer. O marcador de vitamina D usado foi a 25-hidroxivitamina D [25(OH)D], a principal forma do composto no sangue - a única medida precisa dos níveis de vitamina D em uma pessoa exige um exame de sangue.

Mulheres com concentrações de 25(OH)D de 40 nanogramas por mililitro (ng/ml) ou superiores apresentaram uma redução de 67% no risco de câncer em relação às mulheres com níveis de 20 ng/ml ou menos.

"Estes resultados dão suporte a uma associação inversa entre a 25(OH)D e o risco de câncer e destaca a importância para a prevenção do câncer de alcançar uma concentração de vitamina D no soro sanguíneo acima de 20 ng/ml, a concentração recomendada para a saúde óssea," disse o Dr. Garland.

Níveis recomendados de vitamina D
Os níveis recomendados de vitamina D no sangue têm sido uma fonte de intenso debate nos últimos anos. Em 2010, o Instituto de Medicina (IOM) dos EUA concluiu que níveis mais baixos do que 12 ng/ml representavam uma deficiência de vitamina D e recomendou uma meta de 20 ng/ml, um nível apresentado pela maioria dos adultos saudáveis com idades entre 19 e 70 anos - isso equivale a 600 Unidades Internacionais (UI) de vitamina D por dia.

Posteriormente, outros grupos alegaram ser necessários maiores níveis séricos: 50 ng/ml ou mais. Por outro lado, níveis acima de 125 ng/ml podem gerar efeitos secundários negativos. A maior parte das recomendações atuais agora gira entre 800 e 1.000 UI por dia, com níveis um pouco mais elevados para pessoas com mais de 70 anos e mulheres grávidas ou lactantes.

Vitamina D e câncer
Os irmãos Cedric e Frank Garland demonstraram a primeira ligação entre a deficiência de vitamina D e alguns tipos de câncer nos anos 1980, quando eles notaram que populações em latitudes mais elevadas (com menos luz solar disponível) eram mais propensas a ter deficiência de vitamina D, que é produzida pelo corpo através da exposição à luz do sol, e apresentavam taxas mais altas de câncer de cólon.

Estudos subsequentes dos dois irmãos e de outros pesquisadores revelaram conexões entre os níveis de vitamina D e vários outros tipos de câncer, incluindo mama, pulmão e bexiga, além de AVCs mais graves, problemas no funcionamento renal e menor risco de Mal de Parkinson.

COMO A HUMANIDADE DEVE SE ALIMENTAR EM 2050?

domingo, 24 de abril de 2016 0 comentários
Estudo aponta ser possível produzir alimentos suficientes para os quase 10 bilhões de habitantes que o planeta deve ter em meados do século. Para isso, é essencial mudar a dieta, sobretudo comendo menos carne.


A ONU estima que, dos 7,1 bilhões atuais, até 2050 a população mundial passará a 9,7 bilhões. Algo que preocupa quando se pensa em todas as bocas a alimentar – ainda mais tendo em vista como a agricultura industrial afeta o planeta com erosão, emissões de CO2, poluentes químicos e perda de biodiversidade.

No entanto, um estudo publicado nesta semana pela revista Nature traz boas notícias: há maneiras de fornecer alimentos para uma população de até 10 bilhões de pessoas e, ao mesmo tempo, manter as florestas que restam intactas.

E isso até mesmo sem mudanças drásticas na dieta humana, afirma Karl-Heinz Erb, principal autor do estudo. Mas é necessário encontrar um equilíbrio entre o tipo de métodos agrícolas utilizados, a preservação do meio ambiente e a alimentação diária.

Consumo de carne
O estudo aponta que a quantidade de carne consumida é um fator importante. Se a humanidade abrisse mão de produtos animais, tornando-se vegana, se precisaria de menos espaço para cultivo em 2050 do que no ano 2000, mesmo com uma população mundial significativamente maior.

Contudo, se a humanidade continuar comendo carne como hoje, em meados do século serão necessários mais de 50% de áreas agrícolas adicionais, prevê o estudo.

Culto à alimentação saudável pode virar doença
"Se virmos uma forte onda de dietas vegetarianas ou veganas, até mesmo nas classes mais baixas, podemos ter cenários factíveis, pois a demanda [de carne] não seria tão grande", afirma Erb.

Os pesquisadores se basearam principalmente em projeções da demanda de alimentos traçadas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que preveem forte intensificação da agricultura. Mas os cientistas também analisaram cenários com colheitas menores – como resultado ou de uma mudança em direção a métodos menos intensivos, como a agricultura orgânica, ou de impactos das mudanças climáticas que reduzam a produtividade.

Status quo
Erb afirma que cenários "business as usual" – ou seja, manter os métodos atuais – até são possíveis em termos de disponibilidade alimentar, mas fora os custos ecológicos que acarreta, é questionável se são desejáveis ou não.

Ao mesmo tempo em que dietas tipicamente ocidentais, com muita carne e alimentos processados, não são saudáveis, uma em cada nove pessoas no mundo "não tem alimento suficiente para levar uma vida saudável", segundo o Programa Alimentar Mundial, da ONU.

A partir dessa perspectiva, a questão não é tanto a possibilidade de manter o status quo à medida que a população mundial cresce, mas sim como encontrar rapidamente melhores maneiras de alimentar o mundo.

José Luis Vivero Pol, pesquisador da Universidade de Louvain, na Bélgica, argumenta que a nutrição básica deveria ser garantida, da mesma maneira que muitos países garantem acesso à educação e à saúde.

Agricultura intensiva e monocultura, como a da soja, têm altos custos ambientais

Problema do desperdício
O especialista em governança alimentar afirma que o desafio não é encontrar maneiras de aumentar a produção de alimentos, pois já se produz o suficiente para alimentar quase 9 bilhões de pessoas. O problema é que um terço dessa produção é desperdiçado – problema também aprontado no estudo publicado na Nature.

"Por a comida ser tão barata, não nos importa desperdiçar um terço dela – ainda é rentável", comentou Pol à DW. "Isso seria impossível em qualquer outra cadeia de produção industrial."

Ele culpa a cultura de não dar valor à comida pelo conceito de produzir o máximo de comida possível a custos mínimos. No Ocidente industrializado, acredita-se que se pode comer tanta carne quanto se quer, pensando-se pouco na grande quantidade de alimentos jogados no lixo, diz.

Quando consumidores fazem escolhas que têm um impacto tão negativo, o Estado precisa intervir, aponta Pol – por exemplo, redirecionando os enormes subsídios à agricultura industrial para práticas mais sustentáveis, e taxando ou limitando a venda de carne.

Karl-Heinz Erb salienta que seu estudo não é sobre segurança alimentar em geral, mas sim sobre assegurar que há capacidade de produzir comida suficiente, considerando os níveis atuais de consumo. Os resultados podem ser interpretados como uma alternativa oferecida à humanidade: entre preservar ecossistemas e a saúde humana, e sistemas de produção de alimentos que não saudáveis para as pessoas nem para o planeta.

Fonte: DW.

PERMANECER MUITO TEMPO SENTADO PREJUDICA A LONGEVIDADE.

sexta-feira, 22 de abril de 2016 0 comentários
Reduzir o tempo diário que as pessoas permanecem sentadas poderia evitar até 433 mil mortes ao ano

Até 4% das mortes no mundo poderiam ser evitadas apenas reduzindo o tempo que as pessoas permanecem sentadas ao longo do dia. Isso representa 433 mil pessoas por ano. Os dados são de um estudo realizado por pesquisadores da USP e da Universidade Federal de Pelotas. “No limite, reduzindo o tempo sentado em até 3 horas por dia, seriam evitadas 4% de mortes. Entretanto, reduções mais singelas já repercutiriam em grandes ganhos em saúde pública. Por exemplo, reduzindo em 2 horas/dia o tempo que ficamos sentados seriam evitadas 2% das mortes; se for uma redução de 1 hora/dia, teríamos 1,2% a menos de mortes”, aponta o educador físico Leandro Fórnias Machado de Rezende, da Faculdade de Medicina (FMUSP).

Juntamente com os pesquisadores Juliana Yukari Kodaira Viscondi e Juan Pablo Rey-López (da FMUSP), Thiago Hérick de Sá e Leandro Martin Totaro Garcia (Faculdade de Saúde Pública da USP), e de Grégore Iven Mielke (Universidade Federal de Pelotas), eles publicaram um artigo sobre o tema no American Journal of Preventive Medicine. E o jornal americano The New York Times publicou uma matéria sobre o tema no último dia 29 de março

A grande questão é: por que permanecer muito tempo sentado eleva o risco de morte? “Existem alguns mecanismos biológicos do corpo que explicam isso. Ficar muito tempo sentado diminui a expressão de óxido nítrico do organismo [relacionado com algumas funções celulares e ao aumento do estresse oxidativo]. Isso leva ao aumento do risco de alterações cardiovasculares. Ocorre também a diminuição da ativação de uma enzima, a lipase lipoproteica, que é importante no metabolismo oxidativo, no controle de triglicérides, colesterol e outros fatores de risco metabólicos”, explica Rezende, que é doutorando do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP.

O estudo teve o objetivo de avaliar quantas mortes poderiam ser evitadas no mundo caso fosse reduzido o tempo que as pessoas ficam sentadas ao longo do dia. Para isso, os pesquisadores precisavam de dois dados: o tempo médio mundial de permanência nessa posição e o aumento do risco de morte associado a esse tempo.

O tempo médio de permanência sentado foi obtido a partir da análise de artigos publicados em revistas científicas internacionais de 54 países. “Já conhecíamos dois artigos sobre o tema. Um continha dados sobre países europeus (Eurobarometer), e outro apresentava dados de 20 países (International Prevalence Study)”, diz. Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem um inquérito chamado WHO Steps, com informações sobre 94 países. “Eles estavam na forma de relatórios no site da OMS e alguns não reportavam o tempo de permanência sentado. Então entramos em contato, via email, com os 94 países que constavam no WHO Steps”, conta.

Os pesquisadores também fizeram buscas em bases para identificação de dados que, por ventura, não foram identificados nas fontes citadas acima. Quando algum país estava em mais de uma publicação, a estratégia foi utilizar o dado mais recente. Foram contemplados todos os continentes, alguns com mais países outros com menos, e a única exceção foi a África, pois não encontraram material.

Para os dados ligados ao aumento do risco associado ao tempo sentado, os pesquisadores utilizaram uma meta-análise publicada na Revista Científica PLoS ONE. Eles encontraram uma relação que não é linear: para quem fica sentado entre 4 e 7 horas por dia, o risco de morte aumenta em 2% para cada hora sentado. “Por exemplo, ficar sentado 4 horas, aumenta o risco em 2%; 5 horas, 4%; 6 horas, 6%; 7 horas, 8%. A partir de 7 horas sentado, o risco aumenta para 5%; 8 horas, 13%; e 9 horas, 18%”, esclarece o pesquisador.

Estratégias possíveis
Mas o educador físico é realista quanto à dificuldade de se reduzir o tempo que as pessoas permanecem sentadas, principalmente nas grandes cidades, onde é comum encontrar quem gaste muito mais de três horas diárias apenas no percurso entre a casa e o trabalho (sem contar o tempo de expediente). “Sempre que possível, as pessoas poderiam adotar algumas estratégias como ficar de pé, ir buscar água ou café. Uma reunião entre duas pessoas poderia ser feita caminhando lentamente”, sugere. Ele lembra também que já existem no mercado mesas de trabalho que permitem o controle de altura e possibilitam trabalhar em pé.

Para o pesquisador, é preciso ainda não culpabilizar as pessoas: as questões ambientais e sociais também devem ser levadas em conta. “Eu não vou deixar de me deslocar de carro ou de outro meio de transporte caso existam riscos de eu ser assaltado na rua usando uma bicicleta ou andando a pé. O ambiente precisa ser convidativo: uma calçada e uma ciclovia bem feitas, por exemplo, auxiliam na adoção de modos de vida mais ativos e saudáveis.

Fonte: Usp.

HÁMBURGUER COM FIBRA DE ABACAXI TEM MENOS GORDURA.

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Subprodutos do processamento de frutas são opção para aumentar valor nutricional de produtos alimentícios

Já pensou em saborear um hambúrguer sem precisar se preocupar com alto teor de gordura que está ingerindo ou com as calorias que poderá ganhar? A doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, Miriam Selani, dedicou-se em buscar formas de promover o aproveitamento integral dos alimentos, agregando valor nutricional e contribuindo com a sustentabilidade. A ideia foi utilizar resíduos agroindustriais com a proposta de criar produtos mais saudáveis, além de evitar, dessa forma, o desperdício.

Como objeto de estudo, Miriam utilizou subprodutos do processamento de frutas como abacaxi, maracujá e manga, que são usualmente descartados pela indústria. Analisando os potenciais de cada alimento, foi necessário realizar uma seleção, para então iniciar os testes. Entre os três, o abacaxi foi o escolhido. A pesquisadora desenvolveu então, dois produtos alimentícios: extrusado de milho enriquecido com fibra de abacaxi, e hambúrguer bovino com fibra de abacaxi e óleo de canola como substitutos parciais de gordura.

Orientado pela professora Solange Guidolin Canniatti Brazaca e Carmem Josefina Contreras Castillo, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq, o estudo foi realizado em parceria com o The Food Processing Center, Department of Food Science and Technology da University of Nebraska-Lincoln (Estados Unidos). “A indústria alimentícia tem interesse em disponibilizar aos consumidores produtos mais saudáveis, como os enriquecidos com fibras ou com redução do teor de gorduras e colesterol”, contou Miriam. Nesse sentido, a pesquisa apresenta o potencial do subproduto de abacaxi, uma rica fonte de fibras.
Fibras

Segundo a pesquisadora, com os testes foi possível analisar que subprodutos agroindustriais ainda apresentam substâncias com propriedades e atividades importantes para a indústria alimentícia e que podem ser usados para uma segunda aplicação, resultando em ganhos econômicos e redução do impacto ambiental. “Os subprodutos de abacaxi, maracujá e manga, apresentam teores consideráveis de fibras, com destaque para o abacaxi, que pode ser considerado um ingrediente promissor, amplamente disponível e de baixo custo”, ressaltou.

Além das fibras encontradas nos subprodutos, quando aplicado em hambúrguer bovino, como um substituto de gordura, o abacaxi promoveu benefícios tecnológicos após o cozimento. “Rende mais, minimiza a redução do diâmetro do produto quando cozido, retém mais suculência, além de não afetar a cor do alimento”, explicou Miriam.

Em relação aos benefícios nutricionais, a pesquisadora conta que quando comparado ao produto com teor de gordura convencional, o hambúrguer com subprodutos de abacaxi e óleo canola, apresentou redução das calorias, redução do teor de gordura e, após cozidos, apresentaram redução do teor de colesterol e aumento na quantidade de ácidos graxos polinsaturados.

Os hambúrgueres foram avaliados por provadores treinados, que analisaram a cor, sabor, odor, maciez e suculência da carne. “Os provadores disseram que o hambúrguer com abacaxi e óleo de canola é similar ao produto convencional em todos os atributos avaliados”, disse Miriam, e ainda acrescenta “O uso do subproduto de abacaxi como ingrediente mostrou resultados promissores do ponto de vista tecnológico e também nutricional, fato que, no futuro, poderá beneficiar a população”.

Fonte: Usp.

MITOS E VERDADES SOBRE A QUALIDADE DE SALMÃO DE CATIVEIRO.

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Salmão passou de iguaria a alimento popular no Brasil em poucos anos

De iguaria rara à opção de refeição saudável encontrada facilmente em qualquer bufê a quilo ou restaurante japonês. Em menos de duas décadas, o salmão se tornou um peixe popular no Brasil devido ao paladar que agrada muita gente, aos propalados benefícios à saúde e ao fato de ter tido o preço reduzido.

Isso só foi possível devido ao aumento da criação do peixe em cativeiro, tornando a oferta bem maior e o produto, mais barato.

De tempos em tempos, no entanto, textos se disseminam em alta velocidade nas redes sociais condenando o consumo do salmão de cativeiro – que seria repleto de corantes e antibióticos e, portanto, maléfico à saúde.

Para tirar isso a limpo, a BBC Brasil procurou alguns dos maiores especialistas do país em nutrição e também em criação de peixes em cativeiro. Em resumo, eles dizem que não há motivo para tanta preocupação.

De acordo com José Eurico Possebon Cyrino, especialista do setor de piscicultura da Escola Superior de Agricultura da USP, qualquer diferença de origem do pescado se reflete na sua composição.

"A composição corporal do salmão capturado no Alasca é diferente daquela do salmão capturado no Canadá, que é diferente daquele capturado na Europa", explica. "Em peixes, mais do que em qualquer outro animal, vale o aforismo: 'você é aquilo que você come'."

CativeiroDiversos textos em redes sociais 'denunciam' os males de salmões criados em cativeiro

De acordo com os textos que circulam na internet, o problema seria justamente a alimentação do animal de cativeiro. Os animais criados em viveiros teriam menos ômega-3 que os selvagens e seriam coloridos artificialmente com substâncias supostamente causadora de câncer, problemas de visão e alergias. Os especialistas afirmam que isso não é verdade.

"As rações utilizadas na salmonicultura são muito boas, excelentes mesmo", diz Cyrino, que também é professor da USP. "Assim não fosse, as operações seriam economicamente inviáveis; os animais simplesmente morreriam (a má alimentação causa um colapso do sistema imunológico do animal)."

Supervisor da área de Pesca e Aquicultura da Embrapa em Palmas (TO), Giovanni Vitti Moro vai na mesma linha.

"A farinha utilizada como ração para peixes carnívoros é obtida a partir de resíduos do processamento de peixes ou de peixes inteiros capturados para este fim", explica Vitti Moro. "Esse ingrediente não traz nenhum risco para a saúde humana, nem para os peixes, desde que processado de maneira adequada."

Ainda de acordo com o especialista da Embrapa, o uso de corante tampouco representa problema.

"Eles geralmente são produzidos a partir de leveduras, de forma natural, sendo que os que são utilizados são compostos carotenoides (pigmentos naturais encontrados em alimentos como a cenoura)", acrescentou Moro.

Qualidade
Nos restaurantes japoneses do Brasil, o peixe é um sucesso

O salmão criado em cativeiro não tem necessariamente a mesma composição corporal do animal selvagem, mas isso não significa que seja de qualidade inferior, sustenta Cyrino.

"Muito pelo contrário: mesmo que ligeiramente diferente na composição, é um alimento da melhor qualidade nutricional."

Não há criação de salmão no Brasil. Mas o consumo se popularizou ao longo dos últimos anos devido ao aumento da criação no Chile. Há dez anos, o Brasil importava 10 mil toneladas do peixe do país vizinho. Hoje, já são 80 mil.

"Se a salmonicultura não tivesse sido desenvolvida no mundo inteiro, e no Chile em particular, os estoques naturais de salmão estariam em perigo de extinção", argumenta Cyrino.

"A geração de empregos diretos e indiretos pela aquicultura é um benefício socioeconômico palpável. Preço ainda é uma questão delicada (embora o salmão de cativeiro seja mais barato que o selvagem, ainda é um produto caro), mas, certamente, se não fosse o desenvolvimento da salmonicultura, não haveria salmão inteiro, em postas ou em filés disponíveis nas gôndolas frias dos supermercados brasileiros."

A especialista Marília Oetterer, do Laboratório de Tecnologia do Pescado da Escola Superior de Agricultura da USP, lembra ainda que a importação de salmão de cativeiro propiciou um aumento significativo do consumo de peixe no país, o que é positivo.

"O pescado em geral apresenta todos os aminoácidos essenciais, sendo rico particularmente em lisina, que, no peixe, encontra-se em maior quantidade do que nas outras carnes, no ovo e no leite", afirmou a especialista. "Cerca de 250 gramas por dia de pescado representa adequação de todos os aminoácidos essenciais."

Antibióticos
Os especialistas explicam que antibióticos são eventualmente usados misturados à ração dada aos peixes para prevenir parasitoses nos animais. Esses remédios, segundo eles, não fazem mal ao homem. E sua administração segue uma rígida legislação.

"Qualquer medicamento utilizado na produção animal no Brasil e no mundo deve respeitar um período de carência antes do processamento e da venda do produto", explica Vitti Moro, da Embrapa. "A legislação que controla a comercialização dos produtos de origem animal para consumo humano define os tempos (de carência) para cada tipo de medicamento, não sendo permitida a comercialização caso esse tempo não seja respeitado."

Sobre possíveis fraudes, a especialista lembra ainda: "Hoje, há inspeções regulares da Anvisa. As amostras são submetidas a análises instrumentais e é feito ainda o sequenciamento genético; uma forma eficiente de detectar, pelo DNA da amostra, qualquer provável fraude."

O especialista da Embrapa acrescenta: "Todo produto de origem animal que entra no país passa por um rigoroso controle e fiscalização. Não é permitido entrar em território nacional nenhum produto importado que traga algum risco à saúde humana."

Fonte: BBC Brasil.