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ALIMENTAÇÃO E CÂNCER.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016 0 comentários
euatleta coluna cris pimenta gengibre (Foto: Getty Images)
Gengibre, pimenta, açafrão são alimentos com potencial
antioxidante e compostos fitoquímicos (Foto: Getty Images)
O câncer possui causa multifatorial. Cerca de 10% dos tipos de câncer têm componente genético. A maior parte, em torno de 90%, é determinada pelo estilo de vida e fatores ambientais. 

O mesmo ocorre com o câncer de mama, sua causa é multifatorial: fatores ambientais e comportamentais (obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcóolica), história hormonal e reprodutiva (uso de contraceptivos orais, não ter amamentado, menstruar antes 12 anos) e fatores genéticos e hereditários.

Há vários fatores de riscos associados ao desenvolvimento de câncer, como:
- Sedentarismo;
- Fumo: principalmente câncer de pulmão, boca, laringe, esôfago, estômago, intestino e bexiga;
- Álcool: produz toxinas e efeito agressor do trato gastrointestinal. Correlação com câncer de esôfago, boca, laringe, mama, fígado e intestino;
- Bebidas muito quentes: causam lesão na mucosa do esôfago podendo levar ao câncer de esôfago e também relacionados ao trato gastrointestinal;
- Obesidade;
- Consumo calórico excessivo, alto consumo de carnes vermelhas e baixa ingestão de fibras alimentares.

O “Outubro Rosa” é um movimento para estimular a população no controle do câncer de mama, através de informações a respeito da doença, conscientização sobre a importância da realização de exames, acesso a diagnóstico, tratamento e redução na mortalidade. Estima-se que, anualmente, mais de 10 milhões de pessoas tenham diagnóstico de câncer em todo o mundo. 


Como prevenir:
- Praticar atividade física regularmente; 
- Alimentar-se de forma saudável;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o excesso de gordura corporal e abdominal;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Amamentar;
- Evitar utilizar bebidas muito quentes 

Papel da alimentação para prevenção:
- Estimular o consumo de pelo menos cinco porções de frutas, legumes e verduras por dia. Prato colorido e com variação dos grupos alimentares;
- Maior ingestão de alimentos integrais e alimentos consumidos in natura, por possuírem maior conteúdo de fibras, vitaminas e minerais;
- Ingerir alimentos com potencial antioxidante e compostos fitoquímicos:

*Betacaroteno: mamão, damasco, cenoura, batata doce, abóbora.
*Licopeno: tomate, morango, goiaba, cereja.
*Vitamina C: acerola, goiaba, caju, kiwi, morango, laranja, limão, mamão, fruta do conde, brócolis, pimentão, pimenta vermelha couve, couve-flor, espinafre, ervilha, repolho roxo, alface, tomate, mandioca, batata.
*Epigalocatequina 3 galato: chá verde.
*Selênio: castanha do pará, frutos do mar, aves e carnes vermelhas, aveia e arroz integral.
*Quercetina: encontrada em frutas e verduras como maçã, cereja, uvas, cebola, alcaparras, pimentão e brócolis.
*Resveratrol: encontrado na uva, amora, amendoim.
*Curcumina: pigmento amarelado presente no açafrão da índia, cheiro forte agradável, sabor aromático e picante. Pode estar apresente na forma em pó ou cápsulas: cúrcuma em pó, extrato de cúrcuma e cúrcuma purificada.
*Capsaicina: presente na pimenta.
*Gingerol: presente no gengibre.

Fonte: Eu atleta.

COMO SABER SE O BEBÊ ESTÁ MAMANDO EM QUANTIDADE ADEQUADA?

quinta-feira, 27 de outubro de 2016 0 comentários
A mãe se preocupa, o pai se preocupa, a avó se preocupa: "Será que o bebê está mamando em quantidade suficiente?". Observe. A mãe e o bebê estão confortáveis? A pega da mama pelo bebê é boa? Então provavelmente o bebê estará mamando em quantidade suficiente.

A capacidade gástrica do bebê é pequena ao nascer mas se expande rapidamente. No primeiro dia o volume gástrico é de aproximadamente 6 ml. Por isto, mesmo mamando com frequência, as mamas da mãe estarão sempre cheias. As mães passam a produzir leite de transição a partir do dia 3 ou 4. Já nos primeiros dias pós parto é secretado o colostro, um líquido amarelado e espesso com alta concentração proteica, e menos lactose e gordura. Fornece cerca de 67 kcal/dL. Aproximadamente a partir do 15o dia pós parto, se produz o leite maduro, com composição mais estável, menos proteína e mais gordura. Por isto, é mais calórico (cerca de 71 kcal/dL).

Até o 4o dia o bebê em geral molha 1 a 3 fraldas ao dia. No 10o dia de vida, mamando com frequência, o estômago do bebê passa ao tamanho de um ovo de galinha grande. É esperada a troca mais frequente de fraldas (5 a 6).

A produção diária de leite passa de 30 mL por dia a 900 mL por dia entre os dias 1 e 40 pós parto. Por isto, é importante que a dieta materna seja adequada em proteínas, gorduras e água. E não se assuste, o bebê mama por horário aos 6 meses de vida quantidade similar à que mamava na 6a semana de vida. A diferença é que mamam mais rápido. Enquanto um bebê na 6a semana pode passar 40 minutos no peito para conseguir se alimentar adequadamente, aos 6 meses o bebê pode estar satisfeito após 10 a 15 minutos. O recém nascido ganha peso mais rápido, como mostrado na tabela abaixo:
* O PESO PERDIDO AO NASCER É RECUPERADO EM 8 A 10 DIAS

No segundo ano de vida o ganho de peso é ainda mais lento (entre 180 e 200 gramas/mês). 

Outros parâmetros comuns utilizados por médicos e nutricionistas para a avaliação do adequado crescimento são a estatura e o perímetro cefálico.

Fonte: Nutri Yoga.

O QUE OCORRE NO SISTEMA GASTROINTESTINAL DURANTE O EXERCÍCIO.

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Antes de relacionar sistema gastrointestinal com exercício, faremos uma breve introdução do funcionamento desse sistema. O sistema Gastrointestinal é dividido de forma segmentada, e cada uma de suas divisões possui determinadas funções. Sabemos que na boca ocorre tanto digestão quando absorção, que o esôfago é um local apenas de passagem (por tanto, possui apenas função mecânica) e que no estômago é onde ocorre a maior parte da digestão. O sistema gastrointestinal inicia na boca e vai até o ânus. Por ser um sistema complexo, com algumas divisões e glândulas acessórias, vamos ilustrar suas divisões e principais funções. 


Duas passagens muito importantes fazem parte desse sistema, e controlam a entrada e saída de substâncias ao estômago: O esfíncter gastroesofágico, que separa estômago do esôfago (responsável por provocar refluxo quando sua musculatura está comprometida) e o esfíncter pilórico (ou, simplesmente, piloro) que separa estômago de intestino delgado.

Algumas informações importantes referentes ao sistema gastrointestinal: glândulas acessorias. 

A vesícula biliar tem sensibilidade ao colesterol, o excesso de colesterol pode formar “pedras” na vesícula. Pessoas que removeram essa vesícula tem intolerância ao colesterol.
O suco pancreático é composto, principalmente, por enzimas, tais como amilase pancreática, lipase pancreática, tripsinogênio e quimiotripsinogênio.
Os quilomicrons estão no sistema linfático e transformam gordura através de lipoproteínas com isso não acontece a passagem direta da gordura para o sangue.


Hormônios relacionados com a digestão



As proteínas e gorduras diminuem o esvaziamento gástrico.
O Intestino Grosso tem como sua principal função a reabsorção de H2O.

Índice glicêmico (IG) e carga glicêmica. 

O IG mostra a velocidade que se transforma um carboidrato em glicose. Taxa alta de glicose estimula células beta do pâncreas, isso ocasiona uma concentração maior de insulina resultando numa maior reabsorção de glicose. Taxa baixa de glicose estimula células alfa do pâncreas, isso ocasiona um aumento na concentração do glucagon no sangue estimulando a quebra do glicogênio para a formação de glicose. 

Alimentos com IG alto estimulam um aumento da insulina no sangue ocasionando uma predisposição a formação de gordura no corpo. Cerca de 50min após a ingestão de alimentos com alto IG, eles podem ocasionar uma HIPOGLICEMIA DE REBOTE, pois a glicose cai para além dos níveis basais e a insulina está muito ativada.

Carga glicêmica (CG)
Não é só o IG que importa para a liberação da insulina. A CG é extremamente importante, pois ela nos mostra que o conteúdo de carboidratos também influencia através dessa fórmula:

Através dela podemos concluir o porque que um pão de 10g não tem o mesmo pico que 100g de pão, assim como as quantidades de feijão como é demonstrado no gráfico:



Quais as modificações que o exercício físico provoca no sistema Gastrointestinal?
O exercício físico de alta intensidade (maior que 70% do VO2 máximo do indivíduo) provoca inibição do sistema gastrointestinal: diminui velocidade de digestão. Já o exercício moderado, de intensidade baixa, aumenta a velocidade de digestão: por isso, aquela famosa frase “dar uma caminhada depois de comer para ‘baixar’ a comida”. Quem nunca fez isso?!
O esvaziamento gástrico depende: a) do volume b) do conteúdo calórico e c) do PH do alimento. Quanto maior o volume ingerido, mais rápido será o esvaziamento gástrico, e quanto menor for o PH e maior for o conteúdo calórico, mais devagar será o esvaziamento gástrico. ISTO É: Alimentos hipercalóricos, com PH baixo, são digeridos com maior dificuldade. O gráfico abaixo representa a diferença do esvaziamento gástrico frente a uma técnica de dupla-amostragem: duas concentrações diferentes de carboidratos (4,5% e 9%).

O exercício físico provoca alterações no chamado Fluxo Sanguíneo Esplâncnico (FSE): sangue que chega à região abdominal. À medida que se aumenta a intensidade do exercício, o FSE diminui em resposta. É por este motivo que, em atividades intensas, a motilidade gástrica diminui.


Adaptações ao treinamento físico
Quais as adaptações que o sistema gastrointestinal sofre ao longo do treinamento? São três principais.
1) Aumento da motilidade gástrica. Por esse motivo, quem sofre de constipação, ou, popularmente falando “intestino preso” é recomendado praticar exercícios regularmente.

2) Maior secreção de muco pelas células estomacais. Esse efeito é chamado de “ação anti ulcerogênica “ do exercício, pois, ao aumentar a produção de muco, indivíduos que sofrem de problemas gástricos estariam menos aptos a desenvolver úlceras.

3) Aumento da irrigação tecidual. Por uma maior ativação do sistema nervoso parassimpático.

O exercício físico também provoca mudanças em relação a sensação de fome e saciedade do individuo, mas antes de explicar como ocorrem essas mudanças, vamos introduzir algumas informações. A sensação de fome é controlada por duas vias: uma via sensorial e uma via Hormonal.
* A via sensorial é formada pela visão,olfação e degustação, sendo muitas vezes, a imaginação parte integrante desta via, muita vezes, só de imaginar o alimento, nosso organismo (ou melhor, nossa glândulas salivares) já começa a trabalhar para iniciar a digestão.
* A via hormonal é composta por hormônios, que integram as informações vindas da via sensorial junto ao hipotálamo, onde, a informação é traduzida. O principal hormônio responsável pela sensação de fome é o hormônio grelina (produzido por células do estômago, descoberto recentemente). E é na regulação deste hormônio que o exercício físico atua. Para saber mais sobre o hormônio grelina, acompanhe estudos realizados sobre a relação da grelina com a obesidade e o exercício. Acesse: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=4442&fase=imprime .

O hormônio grelina possui diferentes lisoformas, e apenas a sua forma acilada consegue ultrapassar a barreira hematoencefálica e chegar até o hipotálamo para ser interpretada. É exatamente neste mecanismo que o exercício físico age: o exercício provoca diminuição da grelina acilada, diminuindo assim, a sensação de fome.

Um estudo demonstrou a diferença de concentração de grelina acilada em indivíduos que praticaram exercício e um grupo controle.


O exercício físico além de contribuir para um melhor funcionamento do sistema gastrointestinal, contribui para o controle da fome. 

Fonte: Fisio.

INGESTÃO DE OVOS E ALERGIA ALIMENTAR INFANTIL.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016 0 comentários
A idade ideal para introduzir ovo na dieta infantil tem sido debatida durante as últimas duas décadas no contexto do aumento das taxas de alergia ao ovo. Com o objetivo de determinar se o consumo regular de proteína do ovo, a partir de 4-6 meses de idade, reduz o risco de alergia ao ovo mediada por IgE, em lactentes com risco hereditário, mas sem eczema, foi realizado um estudo publicado pelo The Journal of Allergy and Clinical Immunology.

Lactentes com idade entre 4 a 6 meses foram alocados aleatoriamente para receber ovo integral cru pasteurizado diariamente (n=407) ou um pó de arroz da mesma cor do pó do ovo (n=413) até 10 meses de idade. Todos as crianças seguiram uma dieta livre de ovo e o ovo cozido foi introduzido para ambos os grupos aos 10 meses. O desfecho primário foi a alergia ao ovo mediada por IgE definida pela sensibilização positiva ao ovo cru pasteurizado e pela sensibilização ao ovo aos 12 meses de idade.

Não houve diferenças entre os grupos no percentual de crianças com alergia ao ovo mediada por IgE (ovo 7,0% vscontrole 10,3%; risco relativo ajustado 0,75; IC 95% 0,48-1,17; P=0,20). Uma proporção maior de participantes no grupo do ovo parou de tomar o pó do estudo devido a uma reação alérgica confirmada (25/407, 6,1% em relação a 6/413, 1,5%). Os níveis de IgG4 específica do ovo eram substancialmente mais altos no grupo do ovo aos 12 meses (mediana de 1,22 mgA/L vs controle 0,07 mgA/L; P<0 div="">

Concluiu-se que não foi encontrada nenhuma evidência de que a ingestão regular de ovos a partir de 4-6 meses de idade altere substancialmente o risco de alergia ao ovo com um ano de idade, em crianças que estão em risco hereditário de doença alérgica e não tinham apresentado sintomas de eczema no início do estudo.

Fonte: The Journal of Allergy and Clinical Immunology, publicação online, de 21 de agosto de 2016 NEWS.MED.BR, 2016. Ingestão precoce e regular de ovo evita mesmo a alergia ao ovo em crianças?. Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2016.

GESTANTES E BEBÊS ESTÃO EXPOSTOS A NEUROTOXINAS.

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O consenso, publicado em julho pelo Environmental Health Perspectives, é conhecido como The Targeting Environmental Neuro-Developmental Risks (TENDR) Consensus Statement e faz um convite à ação para reduzir a exposição a produtos químicos tóxicos que podem contribuir para a prevalência da deficiência do desenvolvimento neurológico em crianças da América.

Depois de analisar evidências dos efeitos no cérebro e sistema nervoso de mais de 10 grupos químicos diferentes em estudos de exposição na infância e desenvolvimento infantil, os exemplos de produtos químicos neurotóxicos foram além dos habituais suspeitos chumbo, mercúrio e bifenilpoliclorados (PCBs) e incluíram também pesticidas organofosforados, retardadores de chama difenil eter polibromado (PBDE) e poluentes do ar relacionados à combustão.

Estes produtos químicos foram escolhidos devido à forte evidência de neurotoxicidade em seres humanos, juntamente com a exposição generalizada e a viabilidade de redução à exposição. Mas Irva Hertz-Picciotto, diretora do University of California-Davis Environmental Health Sciences Center e co-diretora do Projeto TENDR, enfatizou que "estes produtos químicos são exemplos e não devem ser interpretados como a totalidade do problema."

O grupo concorda que a investigação sobre outros produtos químicos emergentes, particularmente aqueles que causam perturbações endócrinas tais como os ftalatos, também levantam graves preocupações de segurança. Hertz-Picciotto também apontou que milhares de produtos químicos ainda não foram testados para efeitos de longo prazo sobre a função cerebral resultante de exposições no período pré-natal e na infância precoce.

De acordo com as estimativas atuais dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças, uma em cada dez crianças nos Estados Unidos tem transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), enquanto uma em 68 tem transtorno do espectro do autismo (TEA). Deficiências intelectuais, que são mais difíceis de serem mensuradas, também parecem estar em ascensão.

Embora as exposições químicas sejam apenas um componente que contribui para o aumento das perturbações do desenvolvimento neurológico, elas são um fator que pode ser reduzido, o que torna seu conhecimento muito importante.

Fonte: JAMA, publicação online, de 14 de setembro de 2016, NEWS.MED.BR, 2016. JAMA: gestantes e bebês estão expostos a neurotoxinas. Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2016.

FISETINA PRESENTE EM ALIMENTOS COMO O MORANGO, PODE MELHORAR A MEMÓRIA.

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A fisetina, uma substância que existe naturalmente em morangos e outros vegetais e frutas, estimula mecanismos do cérebro que melhoram a memória de longo prazo, informam pesquisadores do instituto Salk de Estudos Biológicos, em artigo divulgado no website do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.

Segundo a principal autora do trabalho, Pamela Mahler, a busca por um composto que possa ser administrado oralmente e que ative a fixação de memória é uma das principais atividades da pesquisa neurológica e farmacêutica da atualidade, por conta do envelhecimento da população e das dificuldades de memória que vêm com a idade e com doenças associadas à idade, como o Alzheimer.

Maher chegou aos efeitos benéficos da fisetina ao fazer uma triagem de flavonóides, substâncias encontradas em muitas plantas, em busca da capacidade de proteger os neurônios. A pesquisadora descobriu que alguns desses flavonóides - incluindo a fisetina - induzem a diferenciação, ou amadurecimento, de células do sistema nervoso.

O processo de maturação desencadeado pela fisetina também é importante na formação da memória, um processo chamado de "potencialização de longo prazo", ou PLP. A PLP permite que memórias sejam armazenadas no cérebro, ao estabelecer conexões mais fortes entre os neurônios.

A equipe de cientistas testou os efeitos da fisetina em um teste com ratos. No teste, os ratos tiveram algum tempo para explorar dois objetos. No dia seguinte, um dos objetos foi trocado por um novo. Se o rato se lembrasse do objeto da véspera, ele passaria mais tempo explorando o novo, e apenas um pouco de tempo retomando a familiaridade com o "velho conhecido". Ratos tratados com fisetina mostraram uma memória melhor.

Além dos morangos, a fisetina também é encontrada em tomates, cebolas, maçãs, pêssegos, uvas e kiwi. Mahler adverte que para extrair algum efeito benéfico da fisetina com o consumo de frutas, seria preciso consumir cerca de cinco quilos de morangos ao dia.
Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences, de NEWS.MED.BR, 2006. Fisetina: de acordo com estudo, substância presente no morango melhora a memória. Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2016.

INTESTINO PROTEGE O CÉREBRO.

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Intestino protege o cérebro
Ficam cada vez mais fortes os indícios de que a doença de Parkinson pode começar no intestino e migrar para o cérebro.

Na verdade, fica cada vez mais claro que o intestino tem uma participação crucial no sistema nervoso, a ponto de alguns pesquisadores já afirmarem que os intestinos parecem formar um "segundo cérebro".

Biólogos agora descobriram que uma resposta imunológica das células intestinais dispara uma série de sinais químicos que, no final da cadeia de eventos, preserva neurônios cuja morte está associada com a doença de Parkinson.

Agindo como uma espécie de detetives, as células imunológicas intestinais identificam circuitos danificados dentro dos neurônios e descartam as peças defeituosas. Essa ação vai culminar na preservação dos neurônios produtores de dopamina, cuja deficiência ou morte no cérebro está ligada ao Parkinson.

"Acreditamos que, de alguma forma, o intestino está protegendo os neurônios," disse a pesquisadora Veena Prahlad, da Universidade de Iowa (EUA).
O intestino parece ter um papel crucial na proteção contra a doença de Parkinson. O próximo passo será descobrir por que algumas vezes esse mecanismo não funciona e a doença emerge. 
[Imagem: Veena Prahlad/University of Iowa]

Mitocôndrias e Parkinson
Outros pesquisadores já haviam associado a doença de Parkinson a defeitos nas mitocôndrias, a maquinaria de produção de energia encontrada em todas as células humanas, embora por que e como os defeitos nas mitocôndrias afetam os neurônios continua a ser um mistério.

Alguns acreditam que as mitocôndrias defeituosas deixam os neurônios morrerem de fome; outros acreditam que elas produzem uma molécula que prejudica o neurônio.

Seja qual for a resposta, mitocôndrias danificadas têm sido associadas a vários distúrbios do sistema nervoso, incluindo a esclerose lateral amiotrófica e a doença de Alzheimer.

Proteção intestinal
A equipe de Prahlad estava trabalhando em busca de explicações para esse processo. Para isso, eles expuseram vermes a um veneno chamado rotenona, capaz de matar os mesmos neurônios cuja morte está ligada ao Parkinson.

A rotenona começou a danificar as mitocôndrias, mas, para surpresa dos pesquisadores, as mitocôndrias danificadas não mataram todos os neurônios produtores de dopamina. Na verdade, ao longo de uma série de experimentos, uma média de apenas 7% dos animais de laboratório perderam os neurônios produtores de dopamina quando receberam o veneno.

E por que isso aconteceu? Por que o intestino da grande maioria dos animais os protegeu da rotenona, descartando a maioria das mitocôndrias defeituosas e interrompendo a sequência que acabaria resultando na morte dos neurônios no cérebro.

O próximo passo será descobrir por que esse mecanismo protetor não funcionou nos 7% dos animais afetados, abrindo caminho para que a doença se instale.

Os resultados foram publicados na revista científica Cell Reports.

COENZIMA Q10.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016 0 comentários
A Coenzima Q10 ou CoQ10 é uma molécula que existe no nosso organismo e que desempenha um papel fundamental no metabolismo energético, e na proteção antioxidante das nossas células. Também conhecida como ubiquinona, esta coenzima encontra-se em todas das células do nosso organismo, mas principalmente nas células que necessitam de um fornecimento superior de energia, como é o caso das células musculares, em especial do coração e músculo esquelético. Níveis reduzidos de Q10 estão associados a fadiga, falta de força muscular e envelhecimento. A CoQ10 é semelhante à vitamina e produzida pelo corpo, mas essa produção decresce ao longo do tempo. Após os 30 anos de idade a quantidade fabricada pelo organismo é tão pequena que o nutriente se tornara essencial, pois suas células não obtêm a quantidade suficiente de Coenzima Q10.

Ela está sendo apontada pelos cientistas como um poderoso antioxidante novo e seu uso indicado para melhorar o funcionamento cardíaco. Pode evitar e tratar as cardiopatias. A cardiomiopatia – um enfraquecimento possivelmente fatal do músculo cardíaco – deixa o coração muito fraco para bombear o sangue necessário, deixando o doente incapacitado e candidato a transplante de coração. Uma pesquisa sobre CoQ10, iniciada em 1957, descobriu que no sangue dos cardiopatas há 25% menos CoQ10 do que nos indivíduos sadios. A Coenzima Q-10 tem sido usada em muitos países para tratar de doenças crônicas relativa ao envelhecimento, principalmente para os cardíacos.

No Japão e na Europa é aprovada para o tratamento de insuficiência cardíaca congestiva. Em Israel os hospitais também a administram a pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Na Suécia pesquisadores descobriram que os baixos níveis de CoQ10 no sangue sinalizavam morte em pacientes cardíacos.

O Dr. Robert Atkins, no seu livro A Revolução do Vitanutriente, cita que três estudos separados demonstraram que após administrarem Coenzima Q10 a milhares de pessoas com insuficiência cardíaca, obtiveram uma melhora de 75% na função pulmonar, do edema e das palpitações, sem efeitos colaterais. Nada na cardiologia tradicional chega perto desse tipo de sucesso. O Dr Stephen Sinatra, realiza um trabalho extraordinário, onde ele trata pacientes com insuficiência cardíaca utilizando Coenzima Q10, Magnésio, L-Carnitina e D-Ribose, ele conta todo processo em seu livro Cardiologia Metabólica. No tópico Tratamento da Insuficiência Cardíaca com Nutrientes é falado mais em detalhes.

INDICAÇÕES
• Fortalecer o sistema imunológico;
• Ajudar as células do coração a funcionarem com mais eficiência;
• Aumentar a capacidade de bombeamento do coração;
• Aumentar a absorção de oxigênio pelas células do músculo do coração;
• Ajudar a reciclar a Vitamina E no organismo, além de intensificar sua potência;
• Tratar a falência renal;
• Eliminar efeitos colaterais de drogas para insuficiência cardíaca;
• Prevenir as lesões oxidativas dos radicais livres;
• Combater o estresse;
• Ser o principal combustível da mitocôndria (responsável pela produção de energia na célula);
• Proteger a mitocôndria, evitando doenças degenerativas do cérebro, como: perda gradual da memória, doença de Alzheimer e de Lou Gehrig;
• Atuar como oxidante dentro da mitocôndria, destruindo os radicais peróxido, após sua formação. 

Nos últimos 20 anos foram publicados numerosos artigos de pesquisa e ensaios clínicos, além de vários livros e estudos importantes sobre o cofator essencial Coenzima Q10 (CoQ10), intensamente pesquisado no Japão e nos Estados Unidos.

A principal área de pesquisa e avaliação crítica foi a das cardiomiopatias, onde os efeitos benéficos da terapia com CoQ10 de melhora da função cardíaca são particularmente evidentes em casos de insuficiência cardíaca congestiva, isquemia do miocárdio, angina péctoris e hipertensão arterial. Outras áreas de uso potencial incluem doenças periodontais, disfunções do sistema imunológico, diabetes mellitus e distrofias musculares.

A CoQ10 representa a medicina ortomolecular na sua verdadeira acepção. Ela é biossintetizada no tecido humano, mas a necessidade orgânica desse cofator essencial também pode ser suprida por meios dietéticos (encontrada na carne de vaca, sardinha, espinafre e no amendoim). A CoQ10 é um nutriente ou agente terapêutico quase perfeito, devido à sua baixa toxicidade e porque a suplementação com CoQ10 não provoca perturbações maiores no metabolismo da CoQ10 endógena. Por último, ela pode ter efeitos extraordinários sobre o resultado do tratamento de uma série de graves condições mórbidas.

ALGUMAS DAS PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DA COQ10
Cofator essencial da produção celular de energia. A CoQ10 é um componente essencial da cadeia respiratória mitocôndria na da célula e desempenha um importante papel na produção de ATP, principal fonte de energia celular. A CoQ10 pode ser de grande valia para pacientes com grave insuficiência, ajudando-os a dar uma guinada dinâmica em seu estado geral.

Necessária para o uso eficiente de oxigênio. A CoQ10 também parece controlar o fluxo de oxigênio intracelular. Podemos compreender sua ação como uma diminuição da hipóxia e do impacto da isquemia sobre o coração em condições de aporte insuficiente de oxigênio.

Propriedades antioxidantes. Foi constatado que a CoQ10 desempenha um papel antioxidante inespecífico na célula e pode diminuir o dano potencial de radicais livres resultantes da peroxidação de ácidos graxos insaturados na célula.

Tais propriedades biológicas se refletem em ganhos nutricionais e benefícios para as condições gerais de saúde, particularmente nos seguintes aspectos:

• Melhora a produção de energia e a performance física: Os atletas, particularmente os de faixa etária mais avançada, podem ser beneficiados com o uso da CoQ10.

• Melhora a função cardiovascular, regenerando tecidos lesados, e promove a melhora de distúrbios do sistema cardiovascular como a hipertensão arterial.

• Previne e cura doenças periodontais: Estudando o tratamento das doenças periodontais com CoQ10, descobriram que o tecido gengival afetado era deficiente em CoQ10, enquanto o tecido saudável dos mesmos pacientes não apresentava essa deficiência. O tratamento com CoQ10 aumentou em muito o rítmo de cura do tecido afetado. A CoQ10 muitas vezes não apenas fez reverter o avanço da doença, mas estimulou o recrescimento de tecido saudável. Mostrou-se particularmente útil para diminuir a inflamação e a dor.

• Estimula o sistema imunológico: A CoQ10 estimula o sistema imunológico enfraquecido ou comprometido, melhorando não somente produção de anticorpos e de linfócitos T, mas também como aumentando a atividade fagocitária. Incrementa o fluxo energético intracelular.

• Neutraliza os radicais livres: É parte importante do sistema de defesa antioxidante da célula. Acredita-se que o dano oxidativo causado pelos radicais livres contribua não apenas para o processo de envelhecimento, mas para a patogênese de muitas doenças cardiovasculares, neoplasias, artrites e vários distúrbios auto-imunes. A CoQ10, além de servir como cofator da produção de energia, funciona como um antioxidante tão eficaz quanto a vitamina E no tecido cardíaco, mas menos eficiente em tecido hepático. Este estudo sugere que a suplementação de CoQ10 deve ser incluída em qualquer programa antioxidante abrangente.

• Retarda o processo de envelhecimento: A propriedade anti-envelhecimento pode ser devida à capacidade da CoQ10 de melhorar o estado de energia das células e aumentar a eficiência da utilização do oxigênio. Estudos demonstraram que o conteúdo de CoQ10 diminui com o avançar da idade, especialmente nos tecidos cardíaco e hepático. Protegendo as células contra a peroxidação, a CoQ10 aumenta a tolerância de idosos e sedentários ao exercício físico e pode corrigir falhas do sistema imunológico. 

• O declínio dos níveis de CoQ10 pode ser uma possível explicação para uma série de condições associadas ao envelhecimento, como uma maior vulnerabilidade às infecções bacterianas e virais ou uma maior prevalência de doenças periodontais. Estudos efetuados em ratos com CoQ10 demonstraram parciais de declínios na função imunológica relacionados com a idade. Além disso, constatou-se que a CoQ10 tem a capacidade de aliviar possíveis efeitos tóxicos das drogas comumente usadas para tratar doenças mais prevalentes em idosos, como neoplasias e hipertensão arterial. Com efeito, estudos demonstraram que, com a suplementação de CoQ10, doses mais elevadas dessas drogas podem ser usadas com efeitos mais contundentes contra as doenças em tratamento. Assim sendo, seja por estimular a produção e o aproveitamento energético celular, corrigir falhas do sistema imunológico, por suas propriedades antioxidantes ou por sua capacidade de minorar efeitos tóxicos de drogas, a CoQ10 pode afetar favoravelmente os fenômenos de envelhecimento.

• Estudos de longevidade em ratos demonstraram que a suplementação semanal de CoQ10 (em forma de emulsão) aumentou significativamente a duração da vida quando o tratamento foi iniciado no ponto médio da expectativa de vida. As doses usadas nos ratos foram mais ou menos equivalentes a dose de 30 miligramas por dia de CoQ10 utilizada em seres humanos .Este é um resumo do artigo escrito pelo Dr. Roger V. Kendall, publicado na Revista de Oxidologia de dezembro de 1994.

FUNÇÕES DA COENZIMA Q10
As funções da Coenzima Q10 são principalmente a nível da mitocôndria, a central energética das células. Quando transformamos os alimentos e o oxigênio em energia (ATP), a parte final desta transformação depende da presença de Coenzima Q10, e sem os níveis adequados desta, as nossas células não são capazes de produzir energia de uma forma eficaz. 

É também na mitocôndria, aquando desta produção energética, que ocorre uma elevada produção de radicais livres de oxigénio, e onde a presença de níveis adequados de Q10 diminui a produção de radicais livres de oxigénio. Além disso tem um papel antioxidante na regeneração de outros antioxidantes, como a vitamina C e a vitamina E.

FONTES DA COENZIMA Q10
A coenzima Q10 é produzida no nosso organismo, e em situações normais, esta produção é suficiente até aos 20 anos, mas com a idade as quantidades de Q10 produzida diminuem. Esta coenzima pode ser consumida através da alimentação, em especial através do consumo de carne e peixe.

SINAIS DE DEFICIÊNCIA
Dado o seu papel no metabolismo energético, níveis reduzidos de coenzima Q10 estão associados a fadiga e falta de força muscular, mas dado o seu papel antioxidante, os sintomas de coenzima Q10 estão também associados ao aumento do stress oxidativo, que vão desde um envelhecimento precoce a diferentes patologias degenerativas.

Atualmente o maior risco de deficiência em Q10 é o consumo de uma classe de medicamentos usados para baixar a produção de colesterol, chamadas "estatinas”. As diferentes estatinas (como a sinvastatina e a pravastatina, entre outras) bloqueiam a ação da enzima responsável pela produção de colesterol, mas que também é responsável pela produção da coenzima Q10. Isto significa que quando bloqueia a produção de colesterol mediante a toma de estatinas, está também a bloquear a produção de coenzima Q10. Esta situação torna-se ainda mais preocupante perante a toma prolongada deste tipo de fármacos, em especial por pessoas com mais idade (que já têm a sua produção de coenzima Q10 diminuída). Nestes indivíduos pode ser necessária uma suplementação nutricional em Q10, em doses que vão dos 30 aos 200 mg/ dia. 

Fonte: Telomero.

TIPOS DE CÉLULAS E TECIDOS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016 0 comentários
O sistema nervoso central (SNC) é formado por vários tipos de células: e tecido: 

Neurônios
Os neurônios são as células mais importantes no cérebro. Eles são responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (internos e externos), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas. Ao contrário de muitos outros tipos de células que podem crescer e se dividirem para reparar os danos causados por uma lesão ou uma doença, os neurônios param de se dividir cerca de um ano após o nascimento. Os neurônios não costumam formar tumores, mas muitas vezes são danificados por tumores que se iniciam nas proximidades.

Células Gliais
No cérebro existem outros tipos de células além dos neurônios, as chamadas células gliais que têm a função de sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurônios. As células gliais podem se tornar cancerígenas e crescer formando um tumor cerebral. Os tumores que se desenvolvem nas células gliais são denominados gliomas.

Existem três tipos de células gliais, além de um quarto tipo denominado micróglia, que não é verdadeiramente uma célula glial, mas faz parte do sistema imunológico:

Astrócitos - Estas células têm a função de sustentação e nutrição dos neurônios. Quando o cérebro está lesionado, os astrócitos formam o tecido de cicatrização para reparar o dano. Os principais tumores que se iniciam nestas células são os astrocitomas ou glioblastomas.
Oligodendrócitos - Estas células são responsáveis pela produção da bainha de mielina, uma substância gordurosa, que tem a função de isolante elétrico para os neurônios do SNC. Os tumores que se iniciam nestas células são chamados oligodendrogliomas.
Células Ependimárias - São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal. Em algumas regiões, estas células são ciliadas, facilitando a movimentação do líquido cefalorraquidiano. Os tumores que se iniciam nestas células são chamados ependimomas.
Micróglia - Estas células participam do processo de inflamação e reparação do SNC, secretam também diversas citocinas reguladoras do processo imunológico e removem os restos celulares que surgem nas lesões do SNC.

Células Neuroectodérmicas
As células neuroectodérmicas são células primitivas, provavelmente remanescentes das células embrionárias, e encontradas em todo o cérebro. O tumor mais comum destas células no cerebelo é o meduloblastoma.

Meninges
As meninges são três membranas de tecido conjuntivo que revestem e protegem o cérebro medula espinhal. Apesar de sua função protetora, as meninges podem ser alvo de patologias importantes, como tumores benignos, meningiomas e as conhecidas meningites.

Plexo Coroide
O plexo coroide é a área do cérebro localizada dentro dos ventrículos que produz o líquido cefalorraquidiano (LCR) para nutrir e proteger o cérebro.

Glândula Pituitária e Hipotálamo
A glândula pituitária ou hipófise é uma glândula, situada na sela túrcica (cavidade óssea localizada na base do cérebro), ligado ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. A hipófise é responsável por várias funções do organismo como crescimento, metabolismo, produção de corticoides naturais, menstruação e produção de óvulos, produção de espermatozoides, e produção de leite nas mamas após o nascimento da criança. O crescimento de tumores próximos à glândula pituitária ou do hipotálamo, assim como a cirurgia ou radioterapia nessas áreas podem interferir nestas funções.

Glândula Pineal
A glândula pineal não é exatamente uma parte do cérebro, na verdade é uma pequena glândula endócrina localizada entre os hemisférios cerebrais. A glândula pineal produz a melatonina. Esse hormônio sincroniza os vários ritmos circadianos do organismo com o ciclo dia/noite. O efeito da luz, na pineal, se faz através de seu estímulo na retina, transmitido até o hipotálamo e desse à pineal, inibindo-a. As alterações diárias da melatonina, com seu pico se situando durante a noite, agem em receptores do próprio hipotálamo, que se encarregam de sincronizar o ciclo vigília/sono do corpo e de outros hormônios. Outra recente função atribuída à pineal é a sua associação com o estresse e com a atividade imunológica.

Barreira Hematoencefálica
A barreira sangue cérebro (barreira hematoencefálica) é uma estrutura que atua principalmente para proteger o sistema nervoso central de substâncias químicas presentes no sangue, permitindo ao mesmo tempo a função metabólica normal do cérebro. É composta de células endoteliais, que são agrupadas nos capilares cerebrais. Esta densidade aumentada restringe muito a passagem de substâncias a partir da corrente sanguínea, muito mais do que as células endoteliais presentes em qualquer lugar do corpo. Infelizmente, essa barreira também impede a entrada dos medicamentos quimioterápicos usados para destruir as células cancerígenas.

QUAL MELHOR PANELA COZINHAR?

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Quando se fala em saúde, poucas pessoas (incluindo profissionais da saúde: médicos/nutricionistas) lembram das panelas. Mas se partirmos do pressuposto que a alimentação é um dos pilares para a boa saúde, o conhecimento da composição das panelas na qual preparamos esses alimentos é fundamental.

Mas porquê? Hoje já sabemos que as panelas liberam substâncias muitas vezes tóxicas e que são incorporadas aos alimentos durante o preparo das refeições. Posteriormente tais substâncias podem se acumular no nosso organismo.

Na hora de escolhermos as panelas que utilizaremos, além da praticidade e conforto, precisamos também estar atentos aos problemas que elas podem causar na nossa saúde. Mesmo que as panelas liberem apenas pequenas quantidades de substâncias tóxicas, precisamos levar em conta que isso ocorre em todas as refeições, durante anos seguidos, o que faz com pequenas quantidades, ao longo dos anos, se transformem em grandes quantidades acumuladas no organismo. "De grão em grão a galinha enche o papo"

Panelas de alumínio
As panelas de alumínio são as mais comuns e as mais baratas, mas liberam quantidades variáveis de alumínio nos alimentos podendo causar doenças. Diversos estudos têm demonstrado que a intoxicação por alumínio é um fator importante no mal de Alzheimer e de Parkinson, nas Doenças Ósseas e na Hiperatividade Infantil. 

Diversos fatores contribuem para a migração do alumínio das panelas para os alimentos, como por exemplo: a acidez ou alcalinidade dos alimentos, a qualidade da liga de alumínio utilizada pela indústria, o tempo de uso do utensílio, o tempo da duração do cozimento dos alimentos, a presença de sal ou açúcar, entre outros. 

Alimentos como tomate e o café, durante o seu preparo, incorporam uma grande quantidade de alumínio. 

Pesquisas mostram que a migração do alumínio é maior em panelas de pressão do que em panelas normais ou em fôrmas de bolo. Na limpeza é indicado o uso de bucha macia ao invés de esponjas de aço.

Quando o material é polido com as esponjas tipo “bombril”, há remoção da camada de óxido de alumínio, que dificulta a passagem do alumínio para os alimentos. 

Além das panelas, existe um aumento da quantidade de alumínio nas bebidas enlatadas e estocadas em recipientes de alumínio, como produtos enlatados, refrigerantes, cervejas e chá. 

As pessoas que utilizam freqüentemente bebidas enlatadas podem estar consumindo quantidades de alumínio consideravelmente elevadas. 

Outras fontes de alumínio que precisam ser consideradas são: determinados aditivos alimentares, água, fermentos, em conservas de picles e de queijos, entre outras fontes.

Panelas de inox
As panelas de inox são muito conhecidas pela sua beleza e resistência. O aço inoxidável, conhecido popularmente como inox, é composto por ferro, cromo e níquel. Sendo a proporção destes metais nos utensílios bastante variável: de 50 a 88% para o ferro, 11 a 30% para o cromo e de zero a 31% para o níquel. Entretanto, vários outros elementos como manganês e cobre, podem estar presentes em pequenas quantidades. 

As panelas de inox demoram a esquentar, mas também a esfriar. O aconselhável é não escovar a panela com esponja de aço, tipo “bombril”. No polimento forma-se uma camada protetora de óxido que ajuda a impedir que os metais passem para os alimentos. Da mesma forma, não se deve usar cloro ou água com sal na limpeza dessas panelas. As panelas de inox podem liberar pequenas quantidades de ferro e cromo e níquel, que são seus constituintes.

O cromo nas pequenas quantidades em que é liberado pode ter um efeito benéfico a saúde. 

O ferro é um nutriente que embora benéfico para as pessoas com anemia, em excesso pode trazer problemas a saúde como veremos no item abaixo. 

O níquel pode causar a exacerbação de alergias, dermatites de contato e asma e diversas outras alergias. Devido a esses problemas é recomendado que pessoas sensíveis ao níquel não utilizem utensílios de inox na cocção e preparo dos alimentos pois, a migração deste do utensílio para o alimento, apesar de pequena, não é desprezível, ainda mais se considerarmos o efeito acumulativo do consumo diário de alimentos preparados em utensílios de aço inoxidável.

Os principais fatores que afetam a migração desses minerais da superfície da panela são: 

a acidez dos alimentos,
o tempo de cozimento,
temperatura,
agitação,
teor da água de preparação.

A presença de agentes quelantes no alimento, como por exemplo ácido cítrico e enxofre que está presente em diversos alimentos como por exemplo repolho, cebola, brócolis e couve flor podem também aumentar a migração dos minerais para os alimentos.

É importante que antes de usar pela primeira vez uma panela de inox ela seja usada para ferver água, que deverá ser jogada fora, por três vezes

Panelas de ferro
As panelas de ferro já fazem parte da cultura culinária nacional. São particularmente usadas no preparo da tradicional cozinha mineira. São muito conhecidas no combate a anemia pela liberação de ferro que ocorre durante o cozimento dos alimentos. 

A utilização de utensílios de ferro na cocção dos alimentos aumenta significantemente a quantidade de ferro e manganês consumida. Guardar alimentos em panela de ferro aumenta consideravelmente o teor de ferro e manganês do alimento o que é ruim do ponto de vista do paladar do alimento e da saúde. 

Formas de pizza de ferro são interessantes, porque tornam a pizza mais quente e crocante do que as assadas em forma de alumínio, sem que o ferro migre da forma para a pizza.

Iogurte, tomate e outros alimentos ácidos e líquidos, quando preparados ou armazenados em panelas de ferro adquirem um teor elevado de ferro.

O ferro que sai da panela e vai para os alimentos é utilizado pelo organismo como o ferro oriundo de alimentos vegetais.

O uso da panela de ferro pode ser útil para vegetarianos, mulheres em idade fértil que tenham um sangramento menstrual excessivo e crianças.

Entretanto, embora a anemia devida a deficiência do ferro seja conhecida por todos, o excesso de ferro que é menos divulgado é extremamente nocivo a saúde. Diversos estudos associam o excesso de ferro ao aumento da freqüência de infarto do miocárdio e derrames. Além disso, é estimado que 1 em cada 200 pessoas apresente uma doença genética chamada Hemocromatose, que ocorre devido ao acúmulo de taxas altas de ferro no organismo, causando problemas sérios no fígado, no coração e no sistema endócrino como diabetes, impotência e hipotireoidismo.

Vários fatores influenciam na maior liberação de ferro da panela para o alimento: quanto mais ácido o alimento maior a liberação de ferro. O tomate, por exemplo, libera uma grande quantidade de ferro da panela durante o cozimento. O teor de água como o tempo de cocção dos alimentos exercem uma influência direta no acréscimo de ferro ao alimento.

Panelas de vidro
As panelas de vidro são as únicas que não transferem qualquer resíduo para a comida, sendo ideais do ponto de vista da saúde. Além disso são lindas e a transparência permite ver o processo de elaboração dos alimentos. A facilidade da limpeza é outro ponto positivo. Os pontos negativos são o preço e fragilidade do material. 

Peças de cristal antigas, como por exemplo, taças de vinho, são feitas a partir de uma matéria prima que contém 24 a 32% de óxido de chumbo. Bebidas alcoólicas mantidas nesses recipientes de vidro cristal contendo chumbo apresentam a concentração de chumbo aumentada ao longo do tempo. Atualmente, as taças de cristal não contem mais chumbo.

O vidro tem a seu favor também o fato de ser um material totalmente reciclável ou seja, seria a panela mais ecologicamente correta.

Panelas de cobre
As panelas de cobre, embora muito bonitas e de transmissão rápida e homogênea do calor, são mais úteis como objetos decorativos na cozinha, porque a quantidade de cobre que migra para o alimento, especialmente para os mais ácidos, pode causar uma intoxicação. 

O excesso de cobre, mesmo em pequenas quantidades, pode produzir náuseas, vômitos e diarréia. Já a ingestão contínua de quantidades maiores de cobre pode causar dano renal, alterações osteoarticulares, dores nas juntas e até lesões cerebrais. 

Os utensílios de cobre podem ser utilizados se tiverem a superfície interna revestida com politetrafluoretileno (PTFE), titânio ou aço inoxidável.

Panelas de cerâmicas
A panelas de cerâmica sofrem um tratamento térmico em fornos de alta temperatura. Em seguida recebem uma camada fina e contínua de um vidrado, também conhecido com esmalte, que é submetido a queima a 1300ºC, adquirindo uma aspecto vítreo.

A vitrificação torna a panela com uma superfície mais homogênea, impermeável, sem porosidade, ou seja, a panela fica esteticamente mais bonita e com características que a tornam mais higiênica. Entretanto, é muito importante ter certeza que os corantes utilizados na vitrificação não sejam a base de chumbo ou cádmio. 

É comum encontrar em países pouco desenvolvidos produtos cerâmicos elaborados com óxido de chumbo na vitrificação. 

O chumbo é facilmente dissolvido no alimento, especialmente os ácidos. Saladas, frutas ácidas ou fermentados em contato com esse material podem ficar contaminados com componentes pesados como chumbo, mercúrio e cádmio que são altamente tóxicos, sendo que o chumbo causa inclusive diminuição da capacidade mental em crianças. No Brasil, estudo realizado em 1985 demonstrou que 30% das panelas estudadas liberavam chumbo durante o cozimento dos alimentos. Outros estudos encontraram liberação de chumbo em panelas Mexicanas e Italianas.

O forno de micro ondas também aumenta a passagem destes metais tóxicos para o alimento.

Atualmente, existem normas e regulamentações da ANVISA para a confecção de panelas de cerâmica destinadas ao preparo de alimentos.

Panelas de Teflon
O teflon, que é um composto antiaderente é muito utilizado devido a grande praticidade na limpeza e por dispensar o uso de gordura no preparo dos alimentos. É constituído por polímeros de fluorocarbono, especialmente o politetrafluoretileno (PTFE). 

Atualmente, as panelas mais modernas são revestidas de teflon II que utiliza o primer que é uma substância usada para ligar o teflon ao alumínio. O novo revestimento impede que o material passe para o alimento quando o teflon descasca. 

Devido ao teflon, os metais do material que constitui a panela não passam para o alimento enquanto o teflon estiver íntegro.

Altas temperaturas por tempo prolongado podem danificar o teflon, comprometendo a qualidade do revestimento quanto aumentando a chance de ter tanto o PTFE quanto o componente fluoreto transmitido aos alimentos. 

Além disso, em temperaturas acima de 280ºC o PTFE sofre pirólise e libera, com a degradação térmica, mais de 15 gases tóxicos, que ocasionam a morte de passarinhos e galinhas. 

O ácido Perfluorooctânico (PFOA) que também é liberado pelo teflon, é um produto considerado preocupante pela “US Environmental Protection Agency (EPA)”. Quase todas as pessoas possuem PFOA em seu sangue. O PFOA causa câncer e problemas de desenvolvimento em animais de laboratório. O EPA concluiu em sua pesquisa que o PFOA provavelmente é carcinogênico mas as pesquisas não foram suficientes para determinar seu potencial carcinogênico em humanos.

As panelas de teflon também liberam quantidades mínimas de benzeno nos alimentos, que não são consideradas tóxicas pelo FDA. Alguns cientistas acreditam que ocorra a formação de aminas heterocíclicas que são compostos cancerígenos. 

Uma grande preocupação com as panelas de teflon é a ecológica. Pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram que o teflon se corrompe quando atinge altas temperaturas no preparo dos alimentos liberando gases CFC, responsáveis pela destruição da camada de ozônio.

Panelas esmaltadas ou de ágata
As panelas esmaltadas atraem pela beleza, pela variedade de cores e desenhos, mas podem fazer tão mal quanto às de cerâmica vitrificada se o esmalte usado for a base de elementos tóxicos como o chumbo e o cádmio. Isso ocorre principalmente nas panelas feitas antes de 1980. O mesmo ocorre com utensílios pintados à mão, que vão desde colheres, facas, recipientes culinários, entre outros. 

Geralmente as panelas de ágata tem boa retenção de calor devido à base de ferro, mas são mais leves devido a menor espessura do ferro utilizado para ser esmaltado. Devido ao esmalte essas panelas são facilmente limpas.

Atualmente existem no mercado panelas esmaltadas que seguem o padrão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para materiais que entram em contato com os alimentos. Essas panelas são seguras, não transferem nenhum elemento tóxico para os alimentos e podem ser usadas para cozinhar e guardar alimentos com segurança.

Panelas de pedra-sabão
As panelas de pedra sabão além da beleza são antiaderentes e retem o calor por muito tempo. São muito pesadas. São feitas de estealito que é uma rocha abundante em Minas Gerais, que já era utilizada na confecção de utensílios culinários pelos índios. Durante o cozimento libera quantidades expressivas de elementos nutricionalmente importantes como cálcio, magnésio, ferro e manganês. As panelas não curadas liberam também uma quantidade importante de níquel. Elas não devem ser usadas para guardar alimentos, porque mesmo quando curadas, liberam níquel nos alimentos que ficam por longos períodos em contato com essas panelas.

A panela é comprada ''crua'', por isso a cor dela é clara, e precisa ser curada com óleo ou gordura antes da utilização. Uma das técnicas de cura mais difundidas consiste em untar a panela com óleo por dentro e por fora, encher o recipiente com água e levar ao forno, na temperatura de 200° por 2 horas. Desligar o forno e aguardar que a panela esteja resfriada para tirar do forno. Repetir o procedimento antes do primeiro uso

Panelas de barro
A confecção de panelas de barro no Brasil tem uma tradição de 400 anos no Espírito Santo, tendo sido iniciada pelos índios e atualmente produzidas pela população local de forma mais rústica e irregulares. Depois de confeccionadas são queimadas em fogueiras feitas ao ar livre. Ainda quentes são recobertas por tanino que dá a coloração característica da panela. 

Não existem estudos sobre a migração de substâncias tóxicas destas panelas para os alimentos. É recomendado curar a panela com óleo quente antes do primeira utilização.

Referências

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