Em contraste com a população em geral, um maior índice de massa corporal está associado com melhor sobrevida em pacientes em hemodiálise. Teoricamente, uma suplementação energética nesses pacientes pode levar ao ganho de peso após o tempo, mas os benefícios dessa estratégia são incertos. O objetivo foi avaliar se a suplementação energética em pacientes em hemodiálise não diabéticos pode afetar adversamente a resistência à insulina – um fator de risco conhecido para doença cardiovascular. Foi investigada a associação entre a massa gorda corporal e a resistência à insulina (modelo de avaliação da homeostase da resistência à insulina; HOMA-IR) em pacientes em hemodiálise não diabética em uma análise transversal (estudo 1). Dos 106 indivíduos estudados, 55 foram aleatoriamente divididos no grupo suplementado (um extra de 475 kcal/d; n = 28) ou não (n = 27) por 12 semanas para avaliar as alterações prospectivas na massa gorda corporal e resistência à insulina (estudo 2). No estudo 1, massa gorda corporal e proteína C-reativa (PCR),contribuíram independentemente para o HOMA-IR. No estudo 2, 41 pacientes completaram o estudo. Os 20 pacientes que receberam suplementação de energia tiveram significantemente um maior aumento na massa gorda corporal e HOMA-IR que os 21 controles. Massa gorda corporal e PCR são determinantes primários da resistência à insulina em pacientes em hemodiálise não diabéticos.
Suplementação energética, devido aumentar a adiposidade e inflamação, exacerba a resistência à insulina. Um estudo em longo prazo é necessário para esclarecer os efeitos metabólicos da suplementação sobre doenças cardiovasculares em pacientes em hemodiálise.
HUNG, S-C.; TARNG, D-C. Adiposity and insulin resistance in nondiabetic hemodialysis patients: effects of high energy supplementation. Am J Clin Nutr; 90: 64-9, 2009.
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