Mães que amamentam seus filhos por um ano podem reduzir o risco de enfarte em 13%. O número pode chegar a 37% quando o tempo de amamentação ultrapassa os dois anos, segundo estudo publicado no American Journal of Obstetrics & Gynecology. A pesquisa traz a primeira evidência de que o tempo acumulado de amamentação pode influenciar a saúde cardiovascular no longo prazo.
O estudo foi realizado com 89,326 mulheres cujo último filho tivesse nascido até 30 anos antes. Dessas, 63% já haviam amamentado. Os pesquisadores levaram em consideração fatores como idade, número de partos, peso, histórico familiar, dieta e sedentarismo.
Uma das hipóteses levantadas pelos cientistas é que a amamentação tenha um efeito antiestresse de longa duração por conta da produção do hormônio oxitocina, que melhora a resposta ao estresse. O aleitamento materno também contribui para que a mulher recupere seu perfil metabólico pré-gravidez.
Durante a gestação, a quantidade de gordura visceral, a resistência à insulina e os níveis de lipídios e triglicérides aumentam no organismo feminino, prejudicando seu coração e sobrecarregando o sistema cardiovascular da mãe. A pesquisa aponta que isso pode ser contornado quanto mais a mulher amamentar.
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