VITAMINA E
Estudos afirmam que uma boa ingesta de vitamina E, dietética ou através de suplementos, pode estar relacionada com neuro-proteção, prevenindo alterações na função cognitiva (1). Os tocotrienóis são os mais importantes membros da família da vitamina E. Em um modelo animal de envelhecimento, tocotrienóis prolongaram a vida em 19%, reduzindo a carbonilação de proteínas, um processo de oxidação particularmente tóxico indicativo de envelhecimento. O poder exclusivo de ambos os tocoferóis e tocotrienóis é a sua capacidade de quebrar a reação em cadeia da peroxidação lipídica, neutralizando os radicais peroxil e evitando a propagação dos danos dos radicais livres nas membranas celulares, prolongando a meia vida das células (2).
VITAMINA C
Vital para o funcionamento das células, o ácido ascórbico, possui atividade anti oxidante, despigmentante, fotorrejuvenecedora, reduz os sinais do fotoenvelhecimento, melhora a textura da epiderme, combate às rugas (3). Por este motivo, age através de diferentes mecanismos de ação proporcionando efeitos benéficos nos tratamentos estéticos destinados a combater os sinais do envelhecimento cutâneo. A vitamina C estimula a síntese de colágeno, que é a maior e mais importante proteína estrutural da pele; participa como cofator na hidroxiprolina, importante aminoácido do tecido conjuntivo e das fibras de colágeno, melhorando a elasticidade e firmeza cutânea, que é o maior alvo do foto envelhecimento crônico (4).
SELÊNIO
Importante para a atividade biológica humana, o selênio contribui para o desenvolvimento de funções metabólicas essenciais, particularmente relacionadas ao efeito antioxidante e ao fortalecimento do sistema imune, além da prevenção de doenças. Este mineral faz parte de uma enzima anti oxidante (glutationa peroxidase) que atua no interior da célula convertendo compostos tóxicos em atóxicos (peróxido de hidrogênio) resultando na redução dos radicais livres(5). Assim, estudos demonstram que níveis reduzidos de selênio nas células e tecidos têm como consequências concentrações menores da enzima anti oxidante glutationa peroxidase, resultando em maior suscetibilidade das células e do organismo aos danos oxidativos induzidos pelos radicais livres 6;7). Na literatura há evidências de que a deficiência de selênio é um fator importante de predisposição no desenvolvimento de tumores (7).
POLIDEXTROSE Apresenta baixa digestibilidade, capaz de produzir efeitos fisiológicos similares aos de fibras alimentares solúveis pela sua capacidade de atingir o cólon intacto, não sofrendo digestão no trato gastrintestinal superior, tanto pela acidez do estômago quanto pelas enzimas digestivas. CRAIG et al. (1998)(8) descrevem a polidextrose como polissacarídeo ou oligossacarídeo resistente reconhecidos como fibras dietéti cas, na mesma categoria da inulina e galactooligossacarídeos de soja.
A estrutura complexa e compacta da molécula impede sua completa digestão enzimática no organismo, justificando seu reduzido valor energéti co (1 kcal/g)3,4. JIE et al. (2000)(9), objetivaram estudar os efeitos fisiológicos em indivíduos submeti dos à ingestão de diferentes quantidades de polidextrose. Os indivíduos que receberam polidextrose apresentaram maior frequência e facilidade nas evacuações, devido ao aumento do peristaltismo intestinal ocasionado pela excelente capacidade de retenção hídrica da polidextrose, aumento do peso úmido das fezes, o que a torna pastosa e de fácil eliminação, redução no pH fecal devido à produção de ácidos graxos de cadeia curta, crescimento das células epiteliais cecais normais e nenhuma evidência de efeitos laxativos com ingestão de 90g por dia. O estudo pode verificar que o baixo pH intestinal e o aumento das evacuações podem impedir a produção de toxinas entéricas, tais como o indol e o pcresol (substâncias putrefativas e cancerígenas, produzidas pela fermentação bacteriana), prevenindo a constipação, diverticulose e risco de câncer de cólon.
BETACAROTENO
Mais importante entre os carotenoides (10), o betacaroteno é essencial para o bom funcionamento do sistema visual, além de exercer funções na diferenciação e manutenção epitelial, na reprodução e desenvolvimento embrionário e na função imunológica (11;12;13). Têm-se demonstrado que o β-caroteno é um potente neutralizador de espécies reativas de oxigênio e sequestrador de radicais livres (14), reagindo com radicais livres, preferencialmente com radicais peroxila (ROO·) e com o oxigênio molecular singlet(1O2), inibindo a peroxidação lipídica no interior das membranas, mantendo assim a integridade e fluidez das mesmas (15). Também atua na formação de pigmentos visuais, no crescimento celular normal, no desenvolvimento, na manutenção da estrutura epitelial e das mucosas que revestem intestinos e vias respiratórias; além de proporciona brilho aos cabelos, fortalecer as unhas e acelerar o metabolismo de gorduras. O betacaroteno também favorece o bronzeamento, acelerando o processo e aumentando a defesa aos raios solares; pois age na recuperação da pele e auxilia na formação da melanina, pigmento responsável por proteger a pele dos raios solares e produzir o bronzeamento.
Referências:
(1) Morris MC, Evans DA, Tangney CC, Bienias JL, Tangney CC, Wil¬son RS. Vitamin E and cogniti ve decline in older persons. Arch Neurol 2002;59:1125-32. Morris MC, Evans DA, Tangney CC, Bienias JL, Wilson RS, Aggarwal NT et al. Relati on of the tocopherol forms to incident Alzheimer disease and to cogniti ve change. Am J Clin Nutr 2005;81:508-14 www.tocotrienol.org
(2) GONZALES. F.G.; Vitamina E
(3) Scotti ,L.;VELASCO, M.V.R..Envelhecimento cutâneo à luz da cosmetologia: estudo das alterações da pele no decorrer do tempo e da efi cácia das substancias ati vas empregadas na prevenção. São Paulo: Tecnopress, 2003.
(4) MACEDO. Otavio R. Segredos da boa pele: preservação e correção. 2. ed. rev. E ampl. São Paulo: SENAC, 1998. 17.
(5) SILVA, F,J. Selênio, ati vidade biológica e sua relação com o câncer: uma revisão de literatura, Nutrivisa – Revista de Nutrição e Vigilância em Saúde, Vol 2, Núm 1, 2014.
(6) SCIESZKA, M., DANCH, A., MACHALSKI, M., DROZDZ, M. Plasma selenium concentrati on in pati ents with stomach and colon cancer in the Upper Silesia. Neoplasma, Brati slava, v.44, n.6, p.395-397, 1997.
(7) BIANCHI, M.L.P., ANTUNES, L.M.G. Radicais livres e os principais anti oxidantes da dieta. Rev Nutr, v 12, n 2, pp 123-130, 1999.
(8) Craig, S. A. S. et al. Polydextrose as Soluble fi ber: Physiological and Analyti cal Aspects. American Associa ti on of Cereal Chemists. Vol 43, n 05. NY, 1998.
(9) Jie, Z. et al. Studies on the eff ects of polydextrose intake on physiologic functi ons of chinese peoples. Am J Clin Nutr, vol 72, p 1503 – 1509. 2000.
(10) El Beitune P, Duarte G, Nunes de Morais E, Quintana SM, Vannucchi H. Defi ciência da vitamina a e associações clínicas.ALAN 2003; 53 (4): 355-63.
(11) Campos FM, Rosado GP. Novos fatores de conversão de carotenóides provitamínicos A. Ciênc. Tecnol. Aliment 2005; 25 (3): 571-8.
(12) Graebner IT, Saito CH, Souza EMT. Avaliação bioquímica de vitamina A em escolares de uma comunidade rural. J Pediatr 2007; 83 (3): 247-52.
(13) Marti ns MC, Santos LMP, Santos SMC, Araújo MPN, Lima AMP, Santana LAA. Avaliação de políti cas públicas de segurança alimentar e combate à fome no período 1995-2002. 3 – O Programa Nacional de Controle da Defi ciência de Vitamina A. Cad. Saúde Pública 2007; 23(9):2081-2093.
(14) BURTON, G.W. Anti oxidant acti on of carotenoids. Journal of Nutriti on, Philadelphia, v.119, n.1, p.109-111, 1989.
(15) ROUSSEAU, E.J., DAVISON, A.J., DUNN, B. Protecti on by β-carotene and related compounds against oxygen-mediated cytotoxicity and genotoxicity: implicati ons for carcinogenesis and anti carcinogenesis. Free Radical Biology and Medicine, New York, v.13, n.4, p.407-433, 1992.
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