As férias de verão estão chegando e muita gente se desespera para emagrecer. Aí voltam à moda a dieta do suco, da melancia, da sopa, da proteína, do shake, das 500 kcal. As revistas ganham um monte de dinheiro com manchetes como: "perca 10 kg em 1 mês". E você sabe bem que nada disso vai funcionar então caia fora! Dietas super restritivas causam vários desequilíbrios no organismo, como a inibição da enzima da tireóide deiodinase 2, cuja principal função é converter o hormônio T4 (tiroxina) em T3 (triiodotironina), que é fundamental para a queima de gordura e para o emagrecimento. Mas quanto maior é a restrição de calorias e carboidratos na dieta menos T3 será produzido, o que desacelera o metabolismo e acaba com as chances de emagrecimento. E você já deve ter visto isto, gente que não come nada e também não emagrece nada!
Se você fizer um exame de sangue, a concentração de T3 estará baixinha, claro. A solução? Comer mais. Se não voltar a comer não emagrecerá. E o pior, se entregar seus exames a um profissional de saúde inexperiente ele te receitará T3. E olha que loucura: o uso de T3 exógeno em altas doses (na forma de medicação) vai inibir sua tireóide. O provável é que ela nunca mais volte a produzir T3 e você ficará dependente da medicação até para conseguir manter o peso atual... Este uso do T3 também pode causar perda de massa magra e óssea e arritmias cardíacas.
Quer naturalmente estimular a conversão de T4 em T3? Aumente o consumo de calorias, carboidratos (aveia, arroz integral, batata doce, frutas) e selênio, presente em grande quantidade na castanha do Brasil.
Equilibrando a tireóide
Queixas comuns no meu consultório: tristeza, dores, baixa libido, ganho de peso, resfriados de repetição, cabelo quebradiço, pele seca... Estes sintomas comuns no hipotireoidismo podem aparecer também em indivíduos que tem a glândula tireoide funcionando normalmente. A tireoide produz hormônios que regulam o crescimento, o metabolismo, a produção de energia... No cérebro, a glândula pituitária produz TSH (hormônio estimulador da tireoide), o qual estimula a produção de T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Esta produção é dependente de um consumo adequado de iodo. Quando a tireoide não produz seus hormônios em quantidade suficiente os sintomas acima aparecem. Estão em maior risco mulheres, indivíduos acima de 60 anos, pessoas com história familiar de problemas de tireoide, pacientes com doenças autoimunes como diabetes tipo 1, artrite reumatóide e lúpus. Outros sintomas possíveis incluem dores articulares, aumento da glândula, sensibilidade ao calor ou frio, ataques de pânico, aumento do colesterol plasmático, diminuição da memória e problemas de visão. O diagnóstico é feito pela medida do TSH e do T4, que estão baixos no hipotireoidismo. O tratamento inclui o uso e monitoramento dos níveis de T4.
Bom, e se você possui estes sintomas, fez os exames e deram todos normais? Neste caso, sua tireoide pode estar sofrendo as consequências de um estilo de vida inadequado mas ainda luta para funcionar. O tratamento exige modificações em sua alimentação e em sua rotina:
Desestresse: o estresse diminui as reservas de nutrientes no nosso organismo fazendo com que a produção de alguns hormônios seja prejudicada. Diminua a carga de trabalho, medite, faça yoga, durma mais, diminua o consumo de açúcar e aumente o consumo de chás calmantes como o de camomila.
Movimente-se: a atividade física aeróbica de baixa intensidade, como a caminhada, estimula a produção de hormônios da tireóide.
Fique de olho nas vitaminas: o consumo adequado de magnésio, selênio, iodo e vitaminas A, C, D e E são importantes para a produção dos hormônios da tireoide.
Fonte: Nutriyoga.
0 comentários:
Postar um comentário