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ADOÇANTES ARTIFICIAIS AUMENTAM A PRODUÇÃO DE INSULINA NO CORPO.

sexta-feira, 31 de maio de 2013 0 comentários
Adoçante artificial pode modificar a forma como o corpo lida com o açúcar
Adoçante artificial pode modificar a forma como o corpo lida com o açúcar.

Adoçantes artificiais podem modificar a forma como o corpo lida com o açúcar. É o que revela estudo de pesquisadores da Washington University School of Medicine, nos EUA. Resultados indicam que produtos aumentam produção de insulina no corpo em 20% e podem causar diabetes.
 
A equipe, liderada por Yanina Pepino, estudou pessoas com um índice de massa corporal (IMC) médio de pouco mais de 42, uma pessoa é considerada obesa quando o IMC chega a 30.
Os pesquisadores deram aos indivíduos água ou sucralose para beber antes que eles consumissem um teste de glicose. A dosagem de glicose é muito semelhante ao que uma pessoa pode receber como parte de um teste de tolerância à glicose.
Os pesquisadores queriam saber se a combinação de sucralose e glicose afetaria a insulina e os níveis de açúcar no sangue. "Queríamos estudar esta população, pois esses adoçantes são frequentemente recomendados para eles como uma forma de tornar sua dieta mais saudável, limitando a ingestão de calorias", explica Pepino.
Cada participante foi testado duas vezes. Aqueles que beberam água seguida de glicose em uma visita consumiram sucralose seguida de glicose no teste seguinte. Deste modo, cada participante serviu como o seu próprio grupo de controle.
 
"Quando os participantes do estudo beberam sucralose, o açúcar no sangue chegou a um nível superior do que quando beberam apenas água antes de consumir glicose. Os níveis de insulina também subiram cerca de 20%. Assim, o edulcorante artificial foi relacionado com níveis mais altos de insulina no sangue e maior resposta da glicose", observa Pepino.
Segundo os pesquisadores, a resposta elevada de insulina pode ser uma coisa boa, porque mostra que a pessoa é capaz de produzir insulina suficiente para lidar com níveis altos de glicose. Mas também pode ser ruim, porque quando as pessoas secretar mais insulina rotineiramente, elas podem tornar-se resistentes aos seus efeitos, o que pode levar ao diabetes tipo 2.
 
A equipe acredita que a pesquisa pode ajudar a explicar como os adoçantes podem afetar o metabolismo, mesmo em doses muito baixas. "Nossos resultados indicam que este adoçante artificial não é inerte, que tem um efeito. E nós precisamos fazer de mais estudos para determinar se esta observação significa que o uso a longo prazo pode ser prejudicial", conclui Pepino.
 
Fonte: I Saúde, Adoçantes artificiais aumentam produção de insulina no corpo em 20%. Pesquisa sugere que sucralose pode modificar a forma como o organismo lida com o açúcar e aumentar o risco de diabetes. Acesso em 31/05/2013.

BACTÉRIAS PRESENTES NO INTESTINO ALTERAM FUNÇÕES INTESTINAIS.

quinta-feira, 30 de maio de 2013 0 comentários
Pesquisa mostrou que as mulheres que consumiam as bactérias benéficas contidas no iogurte tinham suas funções cerebrais alteradas
Pesquisa mostrou que as mulheres que consumiam as bactérias benéficas contidas no iogurte tinham suas funções cerebrais alteradas
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos EUA, encontraram a primeira evidência de que as bactérias ingeridas nos alimentos podem afetar a função cerebral em seres humanos.
O estudo, feito com voluntárias saudáveis, mostrou que as mulheres que consumiam as bactérias benéficas contidas no iogurte tinham suas funções cerebrais alteradas, tanto em estado de repouso quanto em resposta a uma tarefa de reconhecimento de emoções.
A descoberta de que a mudança do ambiente das bactérias, a chamada microbiota, no intestino pode afetar o cérebro traz implicações significativas para pesquisas futuras que pode levar a intervenções dietéticas ou drogas capazes de melhorar o funcionamento do cérebro.

"Muitos de nós temos um iogurte na geladeira que podemos comer por prazer, para obter cálcio ou porque achamos que pode ajudar a nossa saúde de outras formas. Nossas descobertas indicam que o conteúdo do iogurte pode realmente mudar a forma como o nosso cérebro responde ao meio ambiente. Quando consideramos as implicações deste trabalho, os velhos ditados "você é o que você come" e "sentimentos viscerais" podem assumir novos significados", observa a principal autora da pesquisa Kirsten Tillisch.
Estudos anteriores mostraram que o cérebro envia sinais para o intestino e é por isso que o estresse e outras emoções podem contribuir para os sintomas gastrointestinais. Agora, este trabalho mostra algo de que se suspeitava, mas até agora tinha sido provado apenas em estudos com animais: que os sinais viajam também no sentido oposto.
"De tempos em tempos, sabemos de pacientes que nunca sentiram deprimidos ou ansiosos, até que começaram a ter problemas com seu intestino. Nosso estudo mostra que a conexão intestino-cérebro é uma via de mão dupla", observa Tillisch.
A equipe reuniu 36 mulheres com idades entre 18 e 55 anos. Os pesquisadores dividiram as mulheres em três grupos: um grupo comeu um iogurte específico contendo uma mistura de vários probióticos duas vezes por dia, durante quatro semanas; outro grupo consumiu um produto lácteo que imitava o iogurte, mas não continha probióticos, e um terceiro grupo não tomou nenhum dos dois produtos.
Exames de ressonância magnética realizados antes e após o período de quatro semanas mostraram que as mulheres que consumiram probióticos tiveram uma conectividade maior entre uma região conhecida como substância cinzenta periaquedutal e áreas de cognição associadas ao córtex pré-frontal em repouso.
Mulheres que não tomaram nenhum tipo de produto, por outro lado, mostraram maior conectividade nessa área para a emoção e em outras regiões ligadas a sensações.
Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que os efeitos cerebrais podem ser vistos em muitas áreas, incluindo aquelas envolvidas no processamento sensorial e não apenas aquelas associados com emoção.
"O conhecimento de que os sinais são enviados a partir do intestino para o cérebro e que eles podem ser modulados por alterações na dieta é susceptível de conduzir a uma expansão da pesquisa destinada a encontrar novas estratégias para prevenir ou tratar desordens digestivas, mentais e neurológicas", afirma o autor sênior Emeran Mayer.
A equipe acredita que quando a complexidade da flora intestinal e seus efeitos sobre o cérebro puderem ser melhor compreendidos, os investigadores podem encontrar maneiras de manipular os conteúdos intestinais para o tratamento de condições de dor crônica ou outras doenças relacionadas com o cérebro, incluindo, potencialmente, doença de Parkinson, Alzheimer e autismo.
Fonte: I Saúde, Bactérias presentes no intestino alteram funções cerebrais. Estudo é primeiro a mostrar que probióticos ingeridos induzem intestino a enviar sinais ao cérebro para melhorar função cognitiva. Acesso em 30/05/2013.
 
 

ALIMENTOS QUE PROTEGEM CONTRA O CÂNCER DE PRÓSTATA.

sábado, 25 de maio de 2013 0 comentários
Um dos tumores mais incidentes no mundo masculino, o câncer de próstata, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), fez 60 mil vítimas em 2012, e um total de 12.778 mortes no ano de 2010. O câncer é caracterizado como enfermidade multicausal crônica constituída por um crescimento desorganizado de células que tendem a perder sua diferenciação e sua prevenção, seja ele de qualquer tipo, tem sido cada vez mais estudada no campo científico. Este crescimento anormal de células de forma progressiva pode ir além de seus limites habituais e invadir tecidos adjacentes, levando ao acometimento de outros órgãos, processo este chamado de metástase, responsável pela principal causa de morte destes pacientes.

Uma reportagem publicada recentemente online no site IG, nos remete a uma entrevista que mostra os dez alimentos comprovados cientificamente que tem influência na prevenção do câncer de próstata: tomate, brócolis, linhaça, goiaba, cenoura, repolho, soja, mamão, couve-flor e melancia. Deste modo, fica evidente a preocupação da população masculina no que refere a este assunto – mas será que apenas estes estão relacionados a uma quimioproteção, ou é um conjunto de fatores que aliados interferem na progressão e prevenção deste tipo de câncer?

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma), sendo o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, e representa cerca de 10% do total de cânceres. Segundo o INCA a maior parte dos casos de câncer de próstata tem ocorrido em homens acima de 65 anos e é caracterizado por um crescimento lento e silencioso que ocorre com o passar dos anos.

Fatores genéticos e ambientais (físicos, biológicos e químicos) estão relacionados ao desenvolvimento de uma célula tumorosa, formada inicialmente a partir da mutação ou por alguma ativação anormal de genes que controlam o crescimento e mitose celulares, chamados por sua vez de oncogenes. A ação destes genes específicos acarreta em uma proliferação desordenada da célula, seguida por uma série de mutações de genes. Estas células que sofrem mutação nem sempre levam ao câncer, podendo ser destruídas pelo sistema imune do indivíduo.

Evidências têm mostrado que entre outros fatores, a alimentação tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer, sendo que uma dieta adequada poderia prevenir de três a quatro milhões de casos novos de cânceres a cada ano. Diante disso, componentes dietéticos podem sim ser efetivos agentes quimioprotetores, ao reduzir o desenvolvimento do câncer por meio de vários mecanismos em diferentes fases da carcinogênese.

Dos carotenoides que não exercem atividade pró-vitamina A, o licopeno tem um importante efeito protetor, especialmente no câncer de próstata, sendo que a maior fonte deste composto é o tomate, que quando cozido apresenta maior disponibilidade. Alguns estudos mostram que o consumo de tomate revelou reduzir do risco de câncer de próstata em indivíduos acompanhados por vários anos com aplicação de questionário alimentar. Um estudo realizado nos Estados Unidos identificou a concentração de licopeno no plasma sanguíneo e revelou que indivíduos com mais de 65 anos apresentavam uma relação inversa entre níveis de licopeno e risco de câncer de próstata, o que evidencia um provável efeito protetor do mesmo neste tipo de câncer.

Além do licopeno, a vitamina E se mostra quimioprotetora do câncer de próstata conforme algumas pesquisas atuais. Um estudo com homens finlandeses revelou uma redução significativa dos casos de câncer de próstata nos indivíduos que receberam Vitamina E. Assim sendo, alimentos ricos em vitamina E como o gérmen de trigo (fonte mais importante), óleos de soja, arroz, algodão, milho e girassol, amêndoas, nozes e castanhas poderiam estar contribuindo para uma possível redução de risco destes tipos de câncer. Outra potente aliada contra o câncer de próstata segundo alguns estudos é a vitamina D, cujos estudos mostram que a deficiência pode levar a um aumento do risco de câncer de próstata.

Cultivados em solos ricos em selênio, os cereais integrais, castanha do Brasil, farelo de trigo, sementes de girassol e leguminosas, também podem conferir proteção contra certos tipos de cânceres, entre eles o de próstata, pois este mineral atua como antioxidante contra danos da integridade de membrana e da redução da hipermetilação do DNA. Outro possível aliado na proteção contra o câncer de próstata é o resveratrol, importante polifenol, encontrado principalmente nas cascas e sementes das uvas escuras, que pode agir em diferentes fases da carcinogênse (iniciação, promoção e propagação).

Devido a sua constituição rica em nutrientes (folato, fibras, carotenóides e clorofila) e fitoquímicos, as crucíferas (repolho, a couve de Bruxelas, a couve-flor e o brócolis) têm sido amplamente estudadas em relação à prevenção do câncer. Estudos epidemiológicos tem mostrado associação inversa no consumo destes vegetais incluindo com o risco de câncer de próstata. Alguns estudos mostram uma redução de 41% do risco deste tipo de câncer nos homens que consumiam três ou mais porções destes vegetais por semana, em comparação ao grupo que consumia apenas uma vez. Acredita-se que este efeito protetor pode ser mediado, entre outros fatores, por produtos da hidrólise de glicosinolatos presentes nas crucíferas (indóis e isotiocianatos) por meio da atividade da glutationa S-tranferase (GST), que atua na fase II da destoxificação, contribuindo para inativação da carcinogênese e compostos cancerígenos reativos, de forma a proteger o DNA de danos causados por agentes nocivos.

Pela sua composição rica em compostos fenólicos, vitamina C e minerais, o cranberry e seus produtos também têm sido relacionados a uma ação quimiopreventiva contra alguns tipos de câncer devido a sua ação antioxidante, ou seja, exercendo forte poder de proteção que deve ser considerado. Além disso, outros aliados importantes são o chá verde, a soja e a curcumina presente no açafrão. Os componentes bioativos do chá verde por exemplo, mostraram em alguns estudos reduzir a progressão do câncer de próstata nas fases iniciais, porém não nas posteriores; já a soja pode reduzir alguns marcadores inflamatórios. Por outro lado a curcumina, tem mostrado reduzir o adenocarcinoma da próstata in vivo.

Diante destas informações uma alimentação saudável por meio de alimentos diversificados, ricos em vitaminas, minerais e compostos bioativos torna-se essencial na busca de melhor qualidade de vida e longevidade de uma população. Neste contexto, a busca de um efeito quimiopreventivo destes nutrientes e compostos específicos deve ser parte integrante de um acompanhamento nutricional diferenciado, cujo objetivo é suprir deficiências, manter qualidade de vida e prevenir patologias específicas. Assim sendo, uma alimentação nutricionalmente equilibrada, ou seja, com ingestão adequada de alimentos saudáveis e fontes de compostos bioativos importantes, além da modulação da saúde intestinal a fim de permitir melhor absorção destes nutrientes, aliado a atividade física regular e uma redução no consumo de alimentos pró-oxidantes seria uma estratégia potencial na prevenção dos variados tipos de câncer, inclusive o câncer de próstata. Ou seja, equilibrio e qualidade de vida sempre.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PRÓSTATA. Disponível em:

KIM MK, PARK JH. Conference on “Multidisciplinary approaches to nutritional problems”. Symposium on “Nutrition and health”. Cruciferous vegetable intake and the risk of human cancer: epidemiological evidence. Proc Nutr Soc; 68: 103–110, 2009

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THOMPSON, I.A; COLTMAN JR, C.A; CROWLEY, J. Chemoprvention of Prostate Cancer: The prostate cancer prevention trial. The Prostate; 33:217-221, 1997

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WU, K.; ERDMAN, J.W.; SCHWARTZ, S.J.; PLATZ, E.A.; LEITZMANN, M.; CLINTON, S.K.; ET AL. Plasma and dietary carotenoids, and the risk of prostate cancer: a nested case-control study. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev;13:260-269, 2004.
 
* Texto elaborado pelo depto. científico da VP Consultoria Nutricional.
 

COMPOSTO PRESENTE NA CANELA RETARDO O APARECIMENTO DE ALZHEMIER.

sexta-feira, 24 de maio de 2013 0 comentários
Roshni George (a esq.) e Don Graves, descobriram que certos compostos na canela podem prevenir as proteínas
Roshni George (a esq.) e Don Graves, descobriram que certos compostos na canela podem prevenir as proteínas "emaranhadas" que ocorrem na célula cerebral com Alzheimer
Compostos presentes na canela podem ser a chave para retardar o aparecimento ou afastar os efeitos da doença de Alzheimer. É o que sugere estudo de pesquisadores da University of California, em Santa Barbara, nos EUA.
 
Os resultados sugerem que dois compostos, cinamaldeído e epicatequina, têm se mostrado capaz de prevenir o desenvolvimento de "emaranhados" encontrados nas células do cérebro que caracterizam a doença.
Responsável pela montagem de microtúbulos em uma célula, uma proteína denominada tau desempenha um papel importante na estrutura dos neurônios, bem como em sua função.
 
"O problema com tau na doença de Alzheimer é que ela começa a se agregar. Quando a proteína não se liga bem aos microtúbulos que formam a estrutura da célula, ela tem uma tendência para se aglutinar, formando fibras insolúveis no neurônio. Quanto mais velhos ficamos mais suscetíveis estamos a estes emaranhados, os pacientes com Alzheimer os desenvolvem com mais frequência e em maiores quantidades", observa a pesquisadora Roshni George.
 
O uso de cinamaldeído, composto responsável pela cor brilhante e o cheiro doce de canela, provou ser eficaz na prevenção dos emaranhados de tau. Ao proteger tau do estresse oxidativo, o composto pode inibir a agregação da proteína.
 
Para isso, cinamaldeído se liga a dois resíduos de um aminoácido chamado cisteína na proteína tau. Os resíduos de cisteína são vulneráveis às modificações, o que contribui para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
 
O estresse oxidativo é um fator importante a considerar na saúde das células em geral. Através de processos celulares normais, substâncias geradoras de radicais como peróxidos são formados, mas os antioxidantes nas células trabalham para neutralizá-los e evitar a oxidação. Sob algumas condições no entanto, as escalas estão desequilibradas, com o aumento da produção de peróxidos e radicais livres, e diminuição da quantidade de antioxidantes, conduzindo ao estresse oxidativo.
 
Epicatequina, que também está presente em outros alimentos, tais como amoras, chocolate, e vinho tinto, tem provado ser um poderoso antioxidante. Ele não só extingue a queima de oxidação, mas, na verdade, é ativado pela oxidação de modo que pode interagir com as cisteínas na proteína tau de uma forma similar à ação protetora do cinamaldeído.
"As membranas celulares, que são oxidadas também produzir derivados reativos, como acroleína, que podem danificar as cisteínas. Epicatequina também sequestra esses subprodutos", afirma George.
 
Embora esta pesquisa mostre promessa, os pesquisadores afirmam que ainda há um longo caminho pela frente para saber se isso vai funcionar em seres humanos. Eles advertem contra a ingestão de mais do que os valores típicos de canela já utilizados na culinária.
 
Fonte: I Saúde, Compostos presentes na canela retardam aparecimento da doença de Alzheimer. Cinamaldeído e epicatequina previnem o desenvolvimento de "emaranhados" nas células do cérebro que caracterizam a doença. Acesso em 24/05/2013.

REDUZIR A INGESTÃO DE CALORIAS PODE RETARDAR O ENVELHECIMENTO DO CÉREBRO.

quinta-feira, 23 de maio de 2013 0 comentários
Li-Huei Tsai, diretora do Instituto
Picower para Aprendizado e Memória.
Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, descobriram que reduzir a ingestão de calorias pode ter benefícios antienvelhecimento, retardando a perda de células cerebrais e preservando a função cognitiva.
 
Os resultados poderiam um dia guiar os pesquisadores a descobrir drogas alternativas que retardam o progresso de deficiências cerebrais associadas ao envelhecimento.
 
Estudos anteriores têm demonstrado que a redução de consumo de calorias prolonga o tempo de vida de uma variedade de espécies e diminui as alterações cerebrais que acompanham o envelhecimento e doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer.
 
Também há evidências de que a restrição calórica ativa uma enzima chamada Sirtuin 1 (SIRT1), estudos sugerem que isso oferece proteção contra deficiências cerebrais associadas à idade no cérebro.
No estudo atual, Li-Huei Tsai e seus colegas testaram se a redução da ingestão calórica iria atrasar o início da perda de células nervosas, que é comum em doenças neurodegenerativas, e em caso afirmativo, se a ativação de SIRT1 dirigiu este efeito.
O grupo não só confirmou que a restrição calórica atrasa a perda de células nervosas, mas também descobriu que uma droga que ativa a SIRT1 produz os mesmos efeitos.
 
A equipe primeiro diminuiu o teor calórico das dietas normais de ratos geneticamente modificados e os submeteram a mudanças no cérebro associadas à neurodegeneração. Depois de três meses na dieta, os ratos realizaram diversos testes de aprendizado e memória. "Nós não só observamos um atraso no início da neurodegeneração nos camundongos com restrição de calorias, mas os animais foram poupados dos déficits de aprendizagem e memória em comparação com os ratos que não consumiram dietas de restrição calórica", explica Tsai.
 
Curioso para saber se eles poderiam recriar os benefícios da restrição calórica sem alterar as dietas dos animais, os cientistas deram a um grupo separado de ratos uma droga que ativa a SIRT1. Semelhante ao que os pesquisadores descobriram nos ratos expostos a dietas de baixo teor calórico, os ratos que receberam o medicamento tiveram menos perda celular e uma melhor conectividade celular do que os ratos que não receberam a droga.
 
Os ratos que receberam o tratamento medicamentoso se saíram tão bem quanto os ratos normais em testes de aprendizagem e de memória. "A questão agora é saber se este tipo de tratamento irá funcionar em outros modelos animais, se é seguro para uso ao longo do tempo, ou se apenas retarda temporariamente a progressão da neurodegeneração ou para completamente", conclui Tsai.
 
Fonte: I Saúde, Reduzir a ingestão de calorias pode retardar envelhecimento do cérebro. Testes mostram que droga que ativa proteína SIRT1 produz o mesmo efeito da restrição calórica e preserva células cerebrais. Acesso em 23/05/2013.

ADITIVO PRESENTE EM ALIMENTOS PROCESSADOS AUMENTA A PRESSÃO ARTERIAL.

quarta-feira, 22 de maio de 2013 0 comentários
Aditivo químico presente em alimentos processados e embalagens plásticas pode causar aumento da pressão arterial de crianças e adolescentes. É o que mostra estudo realizado na NYU Langone Medical Center, nos EUA.
 
A pesquisa sugere que a exposição aos ftalatos pode representar um risco para a saúde cardíaca dos jovens.
O trabalho foi descrito no The Journal of Pediatrics.
 
Baseando-se em dados de uma pesquisa nacional de cerca de 3 mil crianças e adolescentes, os pesquisadores documentaram, pela primeira vez, uma ligação entre a exposição alimentar a DEHP (di-2-ethyhexylphthalate), classe comum de ftalato amplamente utilizada na produção industrial de alimentos, e a elevação da pressão arterial sistólica.
 
"Os ftalatos podem inibir a função das células cardíacas e causar estresse oxidativo, que compromete a saúde das artérias. Mas ninguém tinha explorado a relação entre a exposição ao ftalato e saúde do coração em crianças", afirma o principal autor Leonardo Trasande.
 
A hipertensão arterial é definida clinicamente como uma leitura da pressão arterial sistólica acima de 140 mmHg. É mais comum em pessoas com mais de 50 anos de idade, embora a condição esteja se tornando cada vez mais prevalente entre as crianças devido à epidemia de obesidade global. Pesquisas nacionais recentes indicam que 14% dos adolescentes americanos agora têm pré-hipertensão ou hipertensão. "A obesidade está impulsionando a tendência, mas nossos resultados sugerem que fatores ambientais também podem ser parte do problema. Isto é importante porque a exposição de ftalato pode ser controlada por meio de intervenções reguladoras e comportamentais", observa o pesquisador.
 
A equipe examinou seis anos de dados de uma pesquisa nacional representativa da população dos EUA. Ftalatos foram medidos em amostras de urina utilizando técnicas de análise convencionais.
 
Os resultados mostraram que cada aumento de três vezes no nível dos produtos de degradação de DEHP na urina foi correlacionado com cerca de aumento de um milímetro de mercúrio na pressão sanguínea das crianças e adolescentes. "Esse aumento pode parecer muito modesto no nível individual, mas em um nível populacional tais mudanças na pressão sanguínea podem aumentar o número de crianças com pressão arterial elevada substancialmente. Nosso estudo enfatiza a necessidade de iniciativas políticas que limitam a exposição a substâncias químicas ambientais perturbadoras, em combinação com intervenções dietéticas e comportamentais voltadas para a proteção da saúde cardiovascular", conclui Trasande.
 
Fonte: I Saúde, Aditivo presente em alimentos processados causa aumento da pressão arterial. Pesquisa é a primeira a sugerir ligação entre exposição alimentar ao ftalato e risco de hipertensão em crianças e adolescentes. Acesso em 22/05/2013.

CONSUMO DE TOMATE E SOJA PODE PREVENIR O CÂNCER DE PRÓSTATA.

quinta-feira, 9 de maio de 2013 0 comentários
Tomates e alimentos à base de soja podem ser mais eficazes na prevenção do câncer de próstata quando ingeridos em combinação do que quando comidos sozinhos, de acordo com pesquisadores da Universidade de Illinois, nos EUA.
 
"Em nosso estudo, foram utilizados ratos geneticamente modificados para desenvolver uma forma agressiva de câncer de próstata. Mesmo assim, metade dos animais que haviam consumido tomate e soja não tinha lesões cancerosas na próstata ao final do estudo. Todos os ratos no grupo controle, sem soja e tomate, desenvolveram a doença", afirma John Erdman.
 
Durante as semanas 4 a 18 de idade, os animais foram alimentados com uma de quatro dietas: (1) de 10% de tomate em pó; (2) 2% de gérmen de soja; (3) tomate em pó mais gérmen de soja; e (4) grupo controle que não comeu nem tomate, nem soja.
 
"A ingestão de tomate, de soja e a combinação entre os dois reduziu significativamente a incidência do câncer de próstata. Mas a combinação alcançou os melhores resultados. Apenas 45% dos ratos alimentados com ambos os produtos desenvolveram a doença, em comparação com 61% no grupo de tomate e 66% no grupo da soja", observa Erdman.
 
O câncer de próstata é o câncer mais frequentemente diagnosticado em homens, mas a doença tem uma taxa de sobrevivência de cerca de 100% se for detectada precocemente. Em homens mais velhos, muitas vezes é um câncer de crescimento lento, e esses homens muitas vezes escolhem tratamentos cirúrgicos ou com radiação que têm efeitos colaterais indesejáveis.
 
Os níveis séricos de isoflavonas de soja e de câncer de próstata nos ratos são semelhantes aos encontrados em homens asiáticos que consomem uma a duas porções diárias de soja. Em países onde a soja é consumida regularmente, o câncer de próstata ocorre em níveis significativamente mais baixos, segundo os pesquisadores.
 
Os resultados do estudo com camundongos sugerem que de três a quatro porções de produtos de tomate por semana e 1 a 2 porções de alimentos de soja por dia podem proteger contra o câncer de próstata.
 
De acordo com os cientistas, estes resultados reforçam a recomendação de que todos nós devemos comer uma grande variedade de frutas e verduras. "É melhor comer um tomate inteiro do que tomar um suplemento de licopeno. É melhor beber leite de soja do que tomar as isoflavonas da soja. Quando você come alimentos integrais, você se expõe a todos os componentes bioativos nesses alimentos que combatem o câncer", afirma Erdman.
 
 
Fonte: I Saúde, Consumo combinado de tomate e soja previne câncer de próstata. Estudo mostra que interação entre substâncias do tomate e da soja impediu surgimento da doença em metade dos ratos testados. Acesso em 09/05/2013.

NÍVEIS ELEVADOS DE AÇÚCAR NO SANGUE AUMENTAM O RISCO DE ALZHEIMER.

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Estudo de pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, sugere uma possível ligação entre níveis elevados de açúcar no sangue e o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
 
Associação existiu independentemente de indivíduos terem uma variante genética que é fator de risco estabelecido para o desenvolvimento da doença neurológica.
 
Cerca de 5% dos homens e mulheres com idades entre 65 e 74 anos, têm a doença de Alzheimer, e estima-se que quase metade das pessoas de 85 anos ou mais podem ter a doença. Entre os fatores conhecidos que contribuem para a doença são a idade e a genética. Os cientistas também pensam que pressão alta, colesterol alto e diabetes no sangue podem aumentar o risco.
 
Embora a ligação entre diabetes e a doença de Alzheimer tenha sido estudada, os investigadores decidiam verificar se níveis elevados de açúcar no sangue em indivíduos não diabéticos também podem indicar um maior risco de desenvolver Alzheimer.
 
"Há estudos que ligaram diabetes à doença de Alzheimer como um fator de risco. O que não se sabia quando começamos este trabalho é se o risco era apenas em níveis de açúcar no sangue que se qualificam para o diagnóstico de diabetes, níveis na faixa de fronteira ou pré-diabetes, ou se também há uma relação através da chamada faixa normal de glicose no sangue", afirma o coautor Alfred Kaszniak.
 
Os pesquisadores usaram uma técnica de imagem médica que produz imagens tridimensionais da atividade metabólica no cérebro. Níveis séricos de glicose em jejum foram rotineiramente adquiridos como parte do exame.
 
"Quando comparados com aqueles sem a doença, os pacientes com doença de Alzheimer demonstraram um padrão de redução do metabolismo cerebral em regiões cerebrais específicas. O que nós mostramos é uma associação entre os níveis séricos elevados de glicose em jejum e um padrão similar de metabolismo reduzido nessas mesmas regiões cerebrais em adultos cognitivamente saudáveis", explica a autora da pesquisa Christine Burns.
 
Os pesquisadores estudaram dados de 124 adultos cognitivamente normais, não diabéticos com história familiar da doença de Alzheimer. Os indivíduos, que variaram na idade 47 a 68 anos, estavam entre os participantes em um estudo maior, que verificou uma variedade de fatores de risco para a doença de Alzheimer, incluindo o risco genético.
 
A ligação entre o alto nível de açúcar no sangue e redução do metabolismo cerebral existia independentemente de indivíduos terem a variante do gene apolipoproteína E4, fator de risco estabelecido para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
 
Além de sugerir uma ligação entre os níveis elevados de açúcar no sangue e o risco de Alzheimer em indivíduos não diabéticos, o estudo também mostra a promessa para o uso de técnicas de imagem cerebral como o PET para identificar o risco de desenvolver a doença neurológica e desenvolver intervenções preventivas precoces.
 
Burns espera que os resultados possam informar trabalhos em andamento desenhados para ajudar a desenvolver tratamentos para o Alzheimer.
 
Fonte: I Saúde, Níveis elevados de açúcar no sangue aumentam risco de Alzheimer. Estudo sugere que ligação existe mesmo sem a presença de uma variante genética que é fator de risco para a doença neurológica. Acesso em 09/05/2013.