Novas evidências mostram que idosos necessitam de um maior aporte proteico na dieta para promoção da saúde, auxiliar na recuperação de doenças e na manutenção do correto funcionamento do organismo. Idosos necessitam compensar as mudanças no metabolismo de proteínas relacionadas à idade, como a alta extração esplênica e o declínio da resposta anabólica a ingestão proteica. Além disso, um maior aporte proteico é requerido para reparo de condições inflamatórias e catabólicas associadas com doenças crônicas e agudas comuns no envelhecimento. Com o objetivo de fornecer recomendações atuais baseadas em evidências para a ingestão proteica ideal para idosos, a European Union Geriatric Medicine Society (EUGMS), em cooperação com outras organizações científicas, nomeou um grupo de estudos internacional para análise das necessidades proteicas dietéticas durante o envelhecimento (grupo de estudos PRO-AGE). Para auxílio na manutenção e recuperação da massa magra corporal, o PROT-AGE recomenda que idosos consumam diariamente, em média, no mínimo 1.0 a 1.2 g de proteína por quilograma de peso corporal/ dia. Tanto o exercício de endurance como de resistência são recomendados em níveis individuais seguros e bem tolerados, sendo que uma maior ingestão proteica (por exemplo, 1.2 g/ kg/ dia) é recomendada para aqueles são ativos e praticam atividade física. Grande parte dos idosos que apresentam doenças agudas ou crônicas necessitam de um maior aporte proteico na dieta (por exemplo, de 1.2 a 1.5 g/ kg/ dia). Indivíduos com doença renal grave (taxa de filtração glomerular estimada menos 30 ml/ min/ 1.73m2), mas que não estão em dialise, são uma exceção a esta regra, uma vez que necessitam limitar o consumo de proteína.
A qualidade da proteína ingerida, tempo de ingestão e o consumo de outros suplementos podem se apresentar relevantes, mas as evidencias ainda são insuficientes para apoiar recomendações específicas. Idosos são particularmente um grupo vulnerável a diminuição da capacidade física, diminuição esta que pode impactar em dependência, quedas e ate mesmo mortalidade. Ainda, estudos futuros com o objetivo de identificar a ingestão ideal de proteínas por idosos precisam incluir a mensuração da função física.
Referência bibliográfica:
BAUER, J.; BIOLO, G.; CEDERHOLM, T. Evidence-based recommendations for optimal dietary protein intake in older people: a position paper from the PROT-AGE study group. JAMDA; 2013 (in press).
Referência bibliográfica:
BAUER, J.; BIOLO, G.; CEDERHOLM, T. Evidence-based recommendations for optimal dietary protein intake in older people: a position paper from the PROT-AGE study group. JAMDA; 2013 (in press).
Fonte: VP Online, Recomendações baseadas em evidências para o consumo dietético de proteína por idosos. Acesso em 24/09/2013.
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