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FRUTAS VERMELHAS.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Quem não gosta de morango, acerola e ameixa? Essas frutas de tons rubros, embora às vezes menos cortejadas à mesa, são igualmente abastecidas de vitamina C — na ciência, também chamada de ácido ascórbico. Para acertar em cheio nas compras, guie-se pela cor da casca das parentas do morango: quanto mais intensa, mais poderosa a fruta é. Isso porque no pacote nutricional, a vitamina C não está sozinha. Vem acompanhada de pigmentos que não só tingem esses alimentos da fruteira, como reforçam o poder antioxidante deles.

Prevenção no hortifrúti

Foi-se o tempo em que vitamina C era sinônimo só de laranja. O grupo das amoras, framboesas e até da exótica cranberry ostenta suas reservas do nutriente. E razões para cobiçarmos a vitamina não faltam. Para começar, é popular por agir na proliferação dos glóbulos brancos do sangue (linfócitos), turbinando a resposta imunológica quando a resistência deixa a desejar. “Melhora a capacidade de defesa contra infecções, proliferação das células tumorais e controle de processos alérgicos”, enumera Elaine Rocha de Pádua, nutricionista e diretora da DNA Nutri (SP). A vitamina C ajuda, ainda, na absorção do ferro, importante para a ação dos glóbulos vermelhos. De fato, eles não integram o sistema imune, mas garantem oxigênio para que todas as outras células aguentem firme e forte. Até para quem vive à beira de um ataque de nervos a tal vitamina funciona como antídoto. Sabe-se que em fases de tensão máxima os estoques da substância na glândulas suprarrenais (localizadas acima dos rins) despencam. E o ácido ascórbico é justamente quem ajuda a regular as reservas do hormônio adrenalina nas glândulas dando um chega pra lá na ansiedade e no estresse. A vitamina também colabora na produção de neurotransmissores, como serotonina, dopamina e norepinefrina, relacionados ao controle do humor.

Vitamina C para o coração

A mesma vitamina C  presente em variadas quantidades em todas as frutas vermelhas aparece em estudos de prevenção de doenças do coração. Como é um antioxidante dos clássicos, ela evita que gorduras que perambulam pela corrente sanguínea se oxidem, formando placas que emperraram a circulação nas artérias, dando origem, por exemplo, à aterosclerose. “As membranas de nossas células são compostas por gorduras, que permitem as trocas de nutrientes e água necessárias à boa função delas. Mas, quando há saturação dessas gorduras, o processo fica prejudicado, e é a presença de vitamina C que desacelera esse efeito e restabelece o equilíbrio”, explica Carlos Alberto Werutsky, médico nutrólogo e diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). E, especialmente quando associada à vitamina E, formando uma dupla imbatível, a vitamina C protege o HDL (fração boa do colesterol) e impede a formação do LDL, o mau colesterol.

Consumo ideal das frutas vermelhas

Para aproveitar esse combo de benefícios, os recomenda, a ingestão diária de 90 mg para os homens e 75 mg para as mulheres. Para se ter ideia do que esses números significam, saiba que 1 xícara (chá) de acerola, 1 copo (200 ml) de suco de cranberry ou 10 morangos atingem 100% da cota do dia “O consumo na época certa favorece alimentos nutricionalmente mais completos”, diz Heloisa Guarita, diretora da RGNutri (SP). Por outro lado, não abastecer o organismo devidamente com vitamina C pode levar a sintomas pouco desejáveis. “Normalmente, desenvolvem-se após quatro a seis meses de baixa ingestão (menos de 10 mg ao dia). Os sinais são lesões e manchas na pele, fadiga, além de fraqueza muscular”, enumera Lara Natacci Cunha, especialista em nutrição clínica funcional (SP).

Fonte: Revista Viva Saúde, O que a fruta vermelha tem? Acesso em 23/09/2013.

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