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ALIMENTAÇÃO PODE INTERFERIR NA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS?

segunda-feira, 16 de setembro de 2013
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das desordens endócrinas mais freqüentes em mulheres na idade reprodutiva, com prevalência de 6 a 10%. Estima-se que, no mundo, cerca de 105 milhões de mulheres entre 15 e 49 anos de idade apresentam a SOP. O quadro clínico da SOP é variável, mas, em geral caracteriza-se por produção excessiva de pêlos e/ou acne, com ausência de ovulação associada a distúrbio menstrual e infertilidade. A SOP é um importante fator de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus do tipo 2 (devido a resistência a ação da insulina que este grupo apresenta), doenças cardiovasculares (DCV), obesidade, infertilidade e câncer do endométrio. Além disso, pelo menos 50% das mulheres com SOP são obesas. Desta forma, seu tratamento e prevenção são essenciais para garantir saúde e qualidade de vida.
 
A Nutrição Funcional é uma ferramenta muito importante para as mulheres que apresentam a SOP, pois é possível identificar quais são as alterações bioquímicas e clínicas que a paciente apresenta. É realizado um atendimento profundo e globalizado para identificar alterações orgânicas que aparentemente não tem relação com a síndrome. Por exemplo, um intestino desregrado leva a um estado chamado de disbiose intestinal, então, tanto alguém com intestino preso, ou que freqüentemente tem fezes amolecidas pode ter esta condição que leva à um estado de inflamação no organismo que piora a ação da insulina. Logo, melhorando a integridade intestinal já seria um ótimo começo de tratamento para estas mulheres. Além disso, a redução do peso corporal em apenas 5% já mostra ser eficaz na redução da resistência à insulina, melhora a função menstrual, reduz os níveis de testosterona e melhora os sintomas de do crescimento de pêlos e acne.
 
Não existem muitos estudos que indicam como deve ser a realizada a alimentação em indivíduos com SOP, porém acredita-se que deve ser realizada a vigília constante do peso com a adoção de uma dieta rica em fibras, além de evitar o excesso de proteína e gorduras saturadas e trans (ou seja, não exagerar no consumo de carnes, leite e derivados, e evitar ao máximo os produtos industrializados que costumam ter grande quantidade de gordura saturada e/ou trans). A qualidade da gordura também influencia muito, portanto devemos preferir sempre as oleaginosas (castanhas, avelãs, nozes, etc.), preparações cozidas, ensopadas, utilizar óleo de canola pra cozinhar e adicionar azeite de oliva extra-virgem em pequena quantidade ao final da preparação. Desta forma, será consumida uma qualidade de gordura que terá benefícios para a SOP e para a saúde em geral.
 
Fracionar a refeição em menores quantidades é uma das primeiras atitudes a ser mudada. Então, consumir entre 5 e 6 refeições em média por dia, com intervalos de mais ou menos 3 horas, dependendo do caso é fundamental, pois isso irá manter uma glicemia contínua que vai fazer o corpo ter uma resposta de insulina mais constante melhorando e evitando futuros problemas associados à síndrome.
 
Estas recomendações podem estar associadas ou não a uma suplementação de micronutrientes e outros componentes que melhoram a sensibilidade a insulina, como zinco, cromo, magnésio, vitamina E, N-acetilcisteína, inositol, ácido alfa lipóico, óleo de peixe e vanádio. Entretanto, a utilização destes suplementos e suas dosagens são extremamente particulares e não devem ser suplementados sem o acompanhamento de um nutricionista, que é também o profissional capacitado a orientar quais são os alimentos e suplementos ideais a serem consumidos para cada mulher com esta síndrome.
 

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