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ALIMENTAÇÃO ADEQUADA À SAÚDE DO CORAÇÃO.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Dados do Ministério da Saúde advertem: as doenças cardiovasculares são a causa de 33% das mortes no Brasil, o que significa 350 mil óbitos por ano. É verdade que o histórico familiar e o tabagismo ajudam a engrossar essa lista. Entretanto, a alimentação também é importantíssima para quem deseja passar longe do problema. “É inegável a proteção cardiovascular da dieta do Mediterrâneo, por exemplo, que é rica em azeite, peixes, frutas e vegetais. O mesmo vale para a Dietary Approaches to Stop Hypertension [Abordagens dietéticas para combater a hipertensão] (DASH), que conta com praticamente os mesmos alimentos e ajuda a reduzir o problema”, conta Heno Lopes, cardiologista do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Mas o que as dietas DASH e a do Mediterrâneo compartilham em termos nutricionais? Alimentos como o azeite de oliva, por exemplo, contam com ômega- 9.

O poder da oliva

Essa gordura monoinsaturada turbina os índices de HDL (bom colesterol), diminui a inflamação dos vasos e evita que placas gordurosas bloqueiem o fluxo de sangue. Frutas e cereais são fontes de fibras,
que sequestram moléculas do colesterol ruim (LDL) no intestino. Para finalizar, o ômega-3 dos peixes derruba os triglicérides e atua positivamente na pressão arterial. “O colesterol pode trabalhar sozinho na formação de placas de gordura, mas a hipertensão também estimula o entupimento dos vasos. E com vasos estreitos, o coração precisa bombear mais sangue, e o resultado é uma sobrecarga”, lembra o médico cardiologista Lopes. Já quando o assunto são exercícios físicos, um estudo da Universidade da Louisiana (EUA), apontou que suar a camisa entre 10 a 15 minutos todos os dias é o suficiente para fortalecer o coração.
 
Aqui, o leite integral é um amigo
Muita gente torce o nariz para o leite integral devido à concentração de gordura na bebida. Contudo, hoje se sabe que um tipo específico desse nutriente chamado ácido linoleico conjugado (CLA) pode fazer muito bem ao coração. “O CLA é produzido naturalmente pelas bactérias fermentativas presentes no estômago de animais ruminantes. A maioria dos estudos atribuiu efeitos benéficos na redução de fatores de risco de doenças cardiovasculares, como colesterol e triglicerídeos plasmáticos. Outras pesquisas demonstram a redução de processos ateroscleróticos”, lista Wânia Monteiro, nutricionista especialista em Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como o CLA está presente justamente na gordura dos laticínios, alimentos desnatados não contam com seus benefícios. Sendo assim, a dica é preservar o leite integral na dieta e deixar de lado alimentos realmente ricos em gorduras saturadas, como embutidos, frituras e carnes gordurosas. “Por exemplo, o leite tem bem menos gordura que a picanha”, exemplifica Heno Lopes, cardiologista do Incor. Outro motivo para não recusar um copo de leite atende pelo nome de cálcio. O mineral é capaz de bloquear o estoque de gordura – fator de risco para problemas cardiovasculares – e também previne a hipertensão. “Há relatos de que o aumento na ingestão de cálcio atenua a sensibilidade do organismo ao sal, reduzindo a pressão arterial sanguínea, principalmente em indivíduos hipertensos”, pontua a especialista Wânia.
 
Fonte: Revista Viva Saúde, Nutrição ideal para manter o coração sempre forte. Acesso em 23/09/2013.

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