O chocolate contém alta concentração de compostos antioxidantes. |
No mês de abril, somente o chocolate conseguiu dividir atenção com o casamento entre o príncipe William e Kate Middleton. Divulgada na véspera da Páscoa, uma pesquisa do Ibope sobre o produto indica que Curitiba (PR) é a capital brasileira que mais consome o doce.
O Ibope ouviu 18.844 pessoas entre agosto de 2009 e julho de 2010 nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília, além do interior de São Paulo e das regiões sul e sudeste.
O levantamento mostra que 61% dos homens e 71% das mulheres consumiram chocolate nos últimos sete dias. Os adolescentes, entre 12 e 19 anos, estão entre os que mais comeram a guloseima na última semana (77%); seguidos pelos jovens de 20 a 24 anos (73%).
Ainda descobriu que os curitibanos são campeões no consumo do produto (73%); seguidos pelos paulistas da cidade de São Paulo e do interior (71%); e pelos recifenses (70%).
O Rio de Janeiro é a capital onde as pessoas menos comeram chocolate (63%). De acordo com o Ibope, os brasileiros das classes A e B são os que mais consumiram o produto (69%); seguidos pela classe C (66%); e D e E (57%).
Do total das pessoas que comeram chocolate nos últimos sete dias, 82% consumiram o tablete puro. Em segundo lugar aparecem os bombons (72%), seguidos pelas barras recheadas (55%).
Já sabemos, os antioxidantes presentes no chocolate podem trazer benefícios à saúde. O chocolate contém alta concentração de compostos chamados flavonóides, que podem baixar a pressão sanguínea e proteger contra doenças cardíacas, mas este é o primeiro estudo que mostra seus benefícios a longo prazo relacionados especificamente à insuficiência cardíaca.
Este estudo realizado em Boston, publicado na American Heart Association, analisou quase 32 mil mulheres suecas com idades entre 48-83 anos durante 9 anos.
Resultados: uma ou duas (19-30 gramas) porções de chocolate por semana, levou a uma redução de 32% no risco de insuficiência cardíaca, entretanto para aquelas que comem todo dia, o benefício não foi similar. Caindo para 26% em 1-3 porções em um mês.
Maior teor de cacau, maiores os benefícios do coração. Embora o chocolate consumido pelas mulheres suecas foi de chocolate ao leite, que contém uma menor concentração de cacau, cerca de 25% ou menos. Os resultados foram positivos.
O chocolate é um produto elaborado a partir das sementes do fruto do cacau, misturado a ingredientes distintos, entre eles a pasta de cacau, cacau em pó, manteiga de cacau, leite, açúcar e demais ingredientes dependendo do produto, o chocolate torna-se um alimento densamente calórico, rico em carboidratos simples, gorduras saturadas. Cem gramas contribui com em torno de 500 calorias, então a orientação geral para consumo diário é não ultrapassar de 30 gramas, dando a preferência ao chocolate meio amargo (70% cacau) que é reduzido em açúcares, mais rico em massa de cacau.
O chocolate diet é isento de açúcar, mas contém gorduras tanto quanto as versões tradicionais. Então vale antes de consumir qualquer alimento, independende do seu sabor, saber que propriedades nutricionais ele possui e se trantando de chococolate, todos já estão recheados de informações de que o ideal é não pecar pelo excesso.
As sementes de cacau são ricas em flavonóides que podem inibir a oxidação do LDL, sendo importante na prevenção de doenças do coração, podendo também, segundo alguns estudos, aumentar o HDL.
Mas será que o chocolate que consumimos é rico em cacau? O chocolate ao leite, muito apreciado, possui uma quantidade baixa de cacau, são ricos em açúcares, aromatizantes e gorduras hidrogenadas, estando muito distinto em sua composição, quando comparamos com chocolates nos demais países.
Acrescentando por Dr. Luíz Romariz
Vários estudos sobre o chocolate publicitam os seus benefícios para a nossa saúde. Grama por grama parece que o chocolate com um processamento mínimo possui mais capacidade antioxidante do que a fruta. O chocolate ajuda a regular os genes envolvidos no metabolismo do colesterol e pode conduzir ao aumento da produção do colesterol HDL – o “bom” colesterol.
Comparando o cacau e o chocolate negro aos frutos descobriu-se que o chocolate tem uma maior atividade antioxidante bem como uma maior concentração de polifenóis, daí que os investigadores o tenham apelidado de “super fruta”. Mas cuidado porque a maioria do chocolate comercializado pouco mais é do que açúcar desprovido de polifenois e de qualquer actividade biológica. Os polifenóis do cacau protegem o colesterol LDL – o “mau” colesterol – da oxidação, impedindo-o assim de exercer a sua actividade “maléfica”. Ao ativar os genes que aumentam a produção do colesterol HDL podem-se tornar numa parte da solução para as alterações dos lípidos sanguíneos.
Por Grece Caroline Baggio.
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