Quem já experimentou, não esquece a refrescância e o sabor do suco e do sorvete. Fruta nativa, pouco conhecida, seu gosto e cheiro são inigualáveis: superdelicada, grande, amarelinha e suculenta. Esta é a uvaia, cujo nome científico é Eugenia pyriformis e faz parte da família Myrtaceae. Quem conhece, sabe da beleza que produz suas flores brancas, espalhadas pela cidade em ruas e parques, mas por que não a vemos nos supermercados?
O pesquisador de silvicultura de espécies arbóreas não-tradicionais, da Embrapa Florestas, Paulo Ernani Ramalho Carvalho, explica “que há poucos dados de crescimento da fruta em plantios” e dá dicas de como trabalhar com ela: “A uvaia é uma espécie que tolera baixas temperaturas, mas deve ser plantada a pleno sol, em plantio puro ou misto. No plantio por semeadura, as sementeiras devem ser sombreadas e conservadas úmidas. Contudo, quando semeadas diretamente em recipientes, devem ser repicadas logo após a germinação. O mais recomendado é semear diretamente em embalagens individuais, pois facilita o plantio no local definitivo, já que a pega de raiz nua nem sempre é boa. Essa espécie tem um alto desempenho germinativo e a emergência inicia de 20 a 40 dias após a semeadura”, enfatiza o pesquisador.
A uvaia é uma espécie muito usada para engorda de animais domésticos. Sua madeira é utilizada, apenas localmente, para mourões e cercas com tábuas lascadas. Na região metropolitana de Curitiba (PR), é utilizada para cabos de ferramentas ou de utensílios domésticos. Trata-se, também, de uma espécie melífera, pois produz néctar e pólen. É, ainda, muito indicada para plantio ao longo dos rios e das margens dos reservatórios das hidroelétricas. Outro ponto bastante interessante é sua dispersão.
Suas sementes são dispersas por gravidade ou por animais, como aves e alguns mamíferos.
Suas sementes são dispersas por gravidade ou por animais, como aves e alguns mamíferos.
O gênero Eugenia distribui-se em regiões tropicais e subtropicais, com maior diversidade nas Américas, onde ocorrem mais de mil espécies, das quais cem estão no Brasil. “Existem três variedades de Eugenia pyriformis: a uvalha, a riograndensis Mattos, encontrada apenas em Veranópolis, no Rio Grande do Sul, e a argentea Mattos, existente em Santa Catarina”, explica Carvalho.
O aroma é suave e muito agradável. Um dos grandes problemas desse fruto é que amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso não é muito encontrada em supermercados.
O nome uvaia deriva do tupi ubaia ou ybá-ia e quer dizer fruto azedo. A uvaia e típica da Mata Atlântica, e ocorre de São Paulo ao Rio Grande do Sul. A árvore tem de seis a 13 metros de altura e geralmente tem um tronco único ou bifurcado, com no máximo de 50 centímetros de diâmetro.
A uvaia tem alto teor de vitamina C (cerca de quatro vezes mais do que a laranja). Tem a polpa muito delicada, com a casca bem fina, de um amarelo-ouro ligeiramente aveludado. O aroma é suave e muito agradável. Um dos grandes problemas desse fruto é que amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso não é muito encontrada em supermercados.
A uvaia tem alto teor de vitamina C (cerca de quatro vezes mais do que a laranja). Tem a polpa muito delicada, com a casca bem fina, de um amarelo-ouro ligeiramente aveludado. O aroma é suave e muito agradável. Um dos grandes problemas desse fruto é que amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso não é muito encontrada em supermercados.
Fonte: Ibraf, Apremavi. Acesso em 23/08/2012.
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