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FATORES QUE AUXILIAM A MANTER O METABOLISMO ATIVO.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Antes de falar sobre como dar uma força ao seu metabolismo, é preciso entender melhor esse conjunto de transformações que acontecem em nosso corpo. Para começar, imagine que, enquanto você lê esta matéria, seu organismo está trabalhando a pleno vapor, em inúmeras tarefas, simultaneamente. Todas elas bastante árduas: gerar energia para as nossas atividades a partir das substâncias obtidas dos alimentos - que são absorvidas e excretadas o tempo todo -, sintetizar hormônios e enzimas, destruir células velhas e criar outras novinhas em folha para substituí-las, entre outras inúmeras funções que certamente tomariam toda esta página para serem detalhadas. Cansou só de pensar? Pois é justamente o metabolismo o responsável por todas essas reações bioquímicas essenciais à nossa sobrevivência.


"Do total de energia gasto por uma pessoa em um dia, cerca de 60% é usado para a manutenção das atividades vitais, como respirar e manter os batimentos cardíacos", explica Jocelem Mastrodi Salgado, professora de Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP. Os processos que garantem a manutenção da vida não são tão diferentes de um indivíduo para outro. Já o ritmo em que o organismo dará sequência a todas essas atividades é algo muito particular. "Cerca de 80% da taxa metabólica é determinada geneticamente, enquanto os outros 20% dependem de fatores externos", diz a nutricionista.

"Do total de energia gasto por uma pessoa em um dia, cerca de 60% é usado para a manutenção das atividades vitais, como respirar e manter os batimentos cardíacos", explica Jocelem Mastrodi Salgado, professora de Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP. Os processos que garantem a manutenção da vida não são tão diferentes de um indivíduo para outro. Já o ritmo em que o organismo dará sequência a todas essas atividades é algo muito particular. "Cerca de 80% da taxa metabólica é determinada geneticamente, enquanto os outros 20% dependem de fatores externos", diz a nutricionista.

1 Sair da faixa de sedentarismo
A prática de qualquer atividade física, por si só, já dá conta de aumentar o gasto energético total. Mas as vantagens de sair do sofá e assumir uma vida mais ativa não param por aí. "O exercício regular ajuda a manter o metabolismo funcionando continuamente. Além disso, auxilia na transformação da glicose e da gordura em energia, sem a necessidade de produzir o hormônio insulina, que ajuda a engordar", explica a nutricionista Jocelem Salgado. Para entender melhor esse processo, imagine que o seu metabolismo é como um forno à lenha, que queima calorias para transformá-las em energias e, assim, garantir a continuidade de todas as funções do organismo. Exercitar-se seria como colocar mais lenha nesse forno, permitindo que o fogo queime com mais intensidade. Pois é exatamente assim que acontece: o metabolismo acelera e a queima de calorias torna-se mais efi ciente. E o mais interessante: mesmo depois de cessar a atividade, o corpo continua gastando energia numa velocidade maior durante mais algum tempo. Esses benefícios podem ser obtidos na prática de uma atividade física específica ou pela simples adoção de um estilo de vida mais ativo. Basta que o corpo esteja em movimento regularmente. Você já ouviu isso antes, mas, se tiver uma meia hora de atividade acumulada todos os dias, contará com ganhos para a saúde. Para isso, também vale trocar o elevador pelas escadas, descer do ônibus um ponto antes ou ir a pé até a padaria, todos os dias pela manhã. Já é o sufi ciente para dar um empurrãozinho no seu metabolismo.

2. Praticar musculação
Embora qualquer tipo de exercício traga benefícios à saúde, são esses os que permitem maximizar o rendimento do seu metabolismo. As atividades resistidas garantem o aumento do volume do músculo e esse ganho, por si só, é capaz de impactar positivamente o ritmo natural do nosso corpo. Não é difícil explicar essa mágica. "O músculo precisa de mais energia para se manter vivo, ao contrário do tecido gorduroso. Por isso, é capaz de queimar calorias até quando estamos em repouso", atesta o endocrinologista Pedro Saddi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Por isso, podemos dizer que, quando aumentamos a massa muscular, aceleramos a taxa metabólica, que tem a ver com o gasto de energia diário. Para esse objetivo, a musculação é a atividade mais efi ciente. Mas, para quem não se dá bem com esse tipo de exercício, as aulas de ginástica localizadas também são uma excelente pedida. Para quem nunca praticou, a dica é começar o mais rápido possível, pois, em qualquer idade, é possível perder tecido gorduroso, substituindo-o por músculos. Para quem já pratica, a ideia é aumentar o peso gradativamente, experimentando novos exercícios e permitindo que o metabolismo seja frequentemente estimulado.
 
FORA DE CONTROLE
Além dos hábitos, outros fatores infl uenciam no ritmo do metabolismo. Esses, infelizmente, não podem ser mudados.


Carga Genética: as atividades do metabolismo envolvem dois processos fundamentais: o anabolismo (a construção) e o catabolismo (destruição). Esses aspectos são bastante infl uenciados pelo fator genético. "Isso explica por que uma pessoa que come pouco engorda muito e outra, mesmo não tendo uma dieta restritiva, tem mais difi culdade de ganhar peso. A primeira, muito provavelmente, herdou essa predisposição dos pais enquanto a segunda, não", explica Ricardo Souto, professor de Bioquímica da Faculdade de Medicina do ABC.


Sexo: a explicação tem tudo a ver com a proporção entre a massa muscular e o tecido gorduroso. Como nas mulheres a quantidade de músculos é muito menor, pela própria constituição física, o gasto energético de repouso também é inferior. "Em geral, esse gasto calórico é 10% a 15% mais baixo nas mulheres", explica a endocrinologista Anete Hannud Abdo.


Idade: "O pico do gasto energético e da massa muscular acontece por volta dos 23 ou 24 anos e, a partir daí, o metabolismo começa a desacelerar", explica o endocrinologista Pedro Saddi. Os efeitos dessa mudança são mais profundamente sentidos a partir dos 30 anos. Com o avanço da idade, há uma diminuição progressiva da massa muscular. Essa alteração na constituição física, como já vimos, contribui para desacelerar o metabolismo.


Altura e Peso: indivíduos que possuem massa corporal menor, em geral, têm um metabolismo mais lento. "A explicação é simples: é preciso muito menos energia para manter vivo um indivíduo de 50 kg e 1,50 m do que uma pessoa que pese o dobro e tenha 1,90 m, por exemplo", esclarece Saddi.

3 Investir nas fibras
Já ouvir falar em termogênicos? Em geral, é assim que são chamados os alimentos de digestão mais difícil e que, por isso mesmo, obrigam o organismo a gastar mais energia no momento de processá-los. Quanto mais difícil a digestão, maior o valor termogênico do alimento e, consequentemente, o gasto calórico para processá-lo, o que gera um impacto na aceleração do metabolismo. Nesse sentido, fala-se muito dos chás, ricos em substâncias estimulantes, da pimenta-vermelha e do gengibre, entre outros alimentos. Mas a verdade é que ainda não há estudos conclusivos relacionando o uso dessas substâncias ao ritmo de funcionamento do nosso corpo. O que os especialistas já reconhecem - e que podemos usar a nosso favor - é o poder das fibras na alimentação. "Alimentos muito processados são de mais fácil digestão e normalmente oferecem um aporte maior de calorias. Já os alimentos ricos em fibras, que exigem maior esforço em todo o processo de digestão, desde a mastigação, auxiliam no emagrecimento, pois o gasto energético envolvido nesse processo é muito maior", explica Saddi.

4 Consumir carboidratos regularmente
Os carboidratos fornecem a matériaprima que, transformada em energia, permite que o corpo realize todas as suas atividades normais. Além disso, são eles que dão combustível aos músculos. Sem uma dose mínima de carboidratos, o metabolismo funciona em câmera lenta e nossa disposição para todo tipo de atividade física diminui consideravelmente. "Toda a gordura do corpo se queima na fornalha dos carboidratos. Ou seja, eles são fundamentais para que a gordura seja decomposta e metabolizada e o indivíduo emagreça", explica Saddi. O segredo para manter a saúde e não engordar é acertar na quantidade e na qualidade dos carboidratos que consome. Nesse sentido, os feitos de grãos integrais - arroz e pães, por exemplo - e os alimentos de origem vegetal não refinados - legumes, frutas e verduras - são, de longe, as melhores pedidas.

5 Não cortar proteínas e gorduras da dieta
Mas não basta incluir a quantidade adequada de carboidratos no seu cardápio se não puder contar com os benefícios que outros grupos alimentares são capazes de lhe trazer. Nesse sentido, vale um alerta dos especialistas: "A melhor dieta é aquela que combina todos os tipos de nutrientes, em porções adequadas. Dietas restritivas, que sugerem cortar por completo o consumo de carboidratos, proteínas ou mesmo gorduras certamente vão trazer prejuízos à saúde", explica Anete Hannud Abdo, endocrinologista do Projeto de Atendimento ao Obeso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo. A ingestão de proteínas, por exemplo, diminui a velocidade da digestão dos carboidratos, quando o consumo das duas substâncias é associado. O resultado é que, assim, conseguimos prolongar a energia e a ativação metabólica por mais tempo. Além disso, é a proteína a principal matéria-prima para construção e reparo dos músculos. Assim como ela, as gorduras desempenham papel fundamental em nosso organismo. Quando acompanhadas dos carboidratos, elas ajudam a estabilizar o nível de glicose no sangue, aumentando a sensação de saciedade e impedindo que você coma mais do que precisa e, consequentemente, engorde. Outra vantagem: se não tiver o mínimo de gordura para queimar, seu corpo usará um combustível alternativo: sim, os músculos! O segredo para contar só com os benefícios desses dois grupos alimentares é, mais uma vez, acertar na qualidade e na quantidade. As melhores proteínas são as magras, obtidas a partir do consumo da carne de peixe, feijão e derivados da soja, entre outros. No grupo das gorduras, fique com as insaturadas, que estão presentes, por exemplo, no abacate, na azeitona, nas nozes e nos grãos de soja.

6 Fazer refeições menores - e mais frequentes
"Os estudos comprovam que emagrece mais quem come mais vezes ao dia" diz o endocrinologista Pedro Saddi. Para entender a afi rmação do especialista, basta conhecer um pouquinho melhor o funcionamento do nosso corpo. Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que a função primordial do organismo é a manutenção da vida. Para cumprir esse propósito nobre, ele faz tudo o que estiver ao seu alcance, adaptando-se às mais diversas situações muito rapidamente. É por isso que, quando fazemos intervalos muito grandes entre as refeições, ele dá um jeitinho de fazer uma reserva de combustível, prevendo uma emergência. Como não sabe se receberá alimento brevemente ou não, precavido, entra em um modo de semi-inanição, reduz a velocidade do metabolismo e, a partir daí, tanto os depósitos de gordura como as calorias passam a ser queimados mais lentamente. Pior ainda: para ganhar energia, na falta de alimentos, o corpo pode começar a consumir o seu próprio tecido muscular. "O jejum prolongado é sempre interpretado pelo organismo como um período de escassez de alimentos, uma ameaça à sobrevivência. Por isso, o ideal é fazer refeições menores e mais frequentes, alimentando-se a cada três horas", indica Anete Abdo. É justamente o fornecimento contínuo de nutrientes que permite ao metabolismo manter-se acelerado o dia inteiro.

7 Comer sempre nos mesmos horários
Mesmo que não consiga fazer mais do que três paradas diárias para se alimentar, tente, pelo menos, estabelecer horários para isso. Defi na, por exemplo, que almoçará todos os dias entre 12h e 13h. E tente perseguir essa meta, como um desafio pessoal dos mais importantes. O princípio aqui é que o corpo saberá mais ou menos quando receberá um aporte extra de energia e não fará tantas reservas. Se sua rotina for extremamente desregrada, é muito provável que o organismo dê uma desacelerada total para impedir que falte combustível para as atividades essenciais.

8 Dormir bem
Passar oito horas por dia na cama parece uma tremenda perda de tempo? Pois saiba que esse cuidado é fundamental para manter todo o organismo - e até mesmo o metabolismo - funcionando com 100% da capacidade. Explicando: o sono atrasado interfere na função do corpo de metabolizar os carboidratos e, por isso, você já acorda sem energia, o que diminui muito a disposição para todas as atividades. Sem seu principal combustível, o metabolismo entra em marcha lenta. A falta de uma boa noite de descanso, que proporcione sono profundo, infl uencia ainda a produção do hormônio do crescimento que, na fase adulta, ajuda a regular a proporção entre massa magra e gordura, auxiliando na constituição dos músculos. Sem esses hormônios, você perde massa magra e o metabolismo fica drasticamente prejudicado.

9 Beber muita água
Todas as nossas células contêm água e, da mesma forma, as reações químicas do corpo dependem dela. E aqui estamos falando também dos processos realizados pelo nosso organismo na tentativa de gerar energia para as atividades essenciais. Ela é, portanto, fundamental para a nossa sobrevivência, para a queima de calorias e para garantir que o metabolismo continue funcionando 100%. Além disso, se estivermos desidratados, nossa disposição e o vigor com que realizamos as atividades físicas também diminuem muito. "Assim como é importante manter uma dieta balanceada, a água é fundamental para um melhor aproveitamento de carboidratos, gorduras e proteínas, que são o combustível do nosso metabolismo", explica Anete. "O ideal é beber entre oito e dez copos por dia", complementa Jocelem.

Fonte: Revista Viva Saúde, 9 formas eficazes de acelerar o metabolismo. Quem nunca culpou o metabolismo lento pelos quilinhos a mais? Pois a ciência comprova que os hábitos influenciam - e muito - o ritmo natural do organismo. Ao mudar o estilo de vida, é possível dar um estímulo extra à queima de calorias. Acesso em 10/08/2012.

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