As células que revestem o interior das nossas artérias – o endotélio – são potenciais elos fracos para contrair doença cardiovascular. Quando estas células são lesadas por irritantes, radicais livres, tóxicas, microrganismos e outros stressores têm de ser reparadas. Se os mecanismos de reparação não funcionarem adequadamente, acumula-se lesão que pode desembocar em doença cardiovascular.
Novos estudos mostram que a quercetina pode amplificar o poder do resveratrol para diminuir em espantosos 94% a lesão endotelial induzida. A vitamina C, por sua vez, tem a capacidade para reduzir a tensão de stress nos nervos, nomeadamente nas pessoas com hipertensão arterial. Uma dose diária de três gramas reequilibra os sistemas simpáticos e parassimpático (contracção/relaxamento muscular) controlando a tendência para hipertensão. Isto é interessante porque sabemos que os humanos perderam a capacidade de sintetizar a vitamina C a partir da glicose (açúcar) em tempos de stress. Isto deve-se a uma mutação genética, pelo que a anormalidade é não o conseguirmos fazer. Talvez uma das razões porque estamos constantemente a ansiar por hidratos de carbono se prenda com a falta de capacidade para fabricarmos vitamina C. Esta é essencial para a renovação do colageno que é um dos blocos da integridade das nossas artérias. Ainda falando das artérias, a ideia peregrina de que as gorduras saturadas – animais – fazem mal ao endotélio vascular esbarra na qualidade energética destes ácidos gordos que são do melhor para que as células endoteliais produzam a energia necessária ao seu funcionamento e à sua própria auto-reparação. Dois estudos recentemente publicados no American Journal of Clinical Nutrition dão continuidade aos que sempre o têm demonstrado.
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