A grande maioria dos brasileiros come frutas e legumes abaixo do recomendado e o consumo de carne vermelha está acima do que recomendam os nutricionistas.
A alimentação possui um significado maior do que apenas garantir as necessidades do corpo humano. Na hora das refeições, colocamos à mesa valores sociais, culturais, afetivos e sensoriais. Na maioria das vezes, comer é um momento de prazer e confraternização com amigos e familiares.
O alimento é, assim, muito mais do que uma fonte de nutrientes. Apreciamos as cores e gostamos de sentir a textura e o sabor da comida. Mas isso não é tudo! Saber o que você está consumindo é condição para ter mais qualidade de vida e, também, para contribuir com a sustentabilidade. Isto mesmo! Desde o processo de produção dos alimentos, até o momento que ele chega à mesa muita coisa acontece.
Segundo a nutricionista Monike Gárlipp Picchi, doutoranda em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), o consumo excessivo de carnes ocorre em grande parte da população. “A carne vermelha é a mais consumida, seguida pela carne de frango, carne de porco e o menos consumido é o peixe”, conta.
Saúde e qualidade de vida
Alimentos de origem animal, tais como carnes de todos os tipos, leite e derivados, e ovos são nutritivos e boas fontes de proteínas. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, essas proteínas são completas, o que significa que elas contêm todos os aminoácidos essenciais de que os seres humanos necessitam para o crescimento e a manutenção do corpo.
Já os alimentos de origem vegetal podem ser ricos em proteínas, mas, com exceção da soja, são incompletos, ou seja, não possuem todos os aminoácidos essenciais ou na quantidade adequada às necessidades do ser humano.
Mas uma dica que vale a pena levar para a mesa é que existem algumas combinações de alimentos que se complementam entre si, tornando a combinação de proteínas de alto valor biológico e completa.
Por exemplo, as refeições que combinam grãos de cereais e leguminosas são fontes completas de proteínas. Essas combinações têm vantagens. Os cereais e leguminosas são relativamente mais baratos que a carne, são integrais e, em geral, altamente nutritivos e, ao contrário da carne, têm baixos teores de gorduras, inclusive de gorduras saturadas.
O equilíbrio e a harmonia na escolha das fontes proteicas animais e vegetais e a inclusão de grandes quantidades de frutas, legumes e verduras tornam a alimentação saudável em todos os aspectos.
Frutas, verduras e legumes
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, sugerem o consumo de 400 gramas de frutas, legumes e verduras por dia, no entanto, menos de 10% da população ingere o indicado. Nove em cada dez brasileiros mantêm uma dieta pobre em frutas, legumes e verduras.
Com o aumento da consciência para a preservação ambiental, uma grande quantidade de restaurantes naturais, orgânicos e vegetarianos está se espalhando pelas cidades. Ainda que você não seja vegetariano, experimente os novos sabores e combinações desses restaurantes, aprenda a preparar alternativas interessantes e, ainda mais, incentive o mercado de produtos orgânicos, livre de agrotóxicos e menos agressivo ao meio ambiente.
Fonte: Envolverde, Saúde e meio ambiente: uma mudança que começa no seu prato. Acesso em 25/10/2012.
0 comentários:
Postar um comentário