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NÍVEIS DE COMPOSTOS ENCONTRADOS EM CÉLULAS DO SANGUE INDICA GRAU DE ENVELHECIMENTO CEREBRAL.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Pesquisadores brasileiros podem ter encontrado uma forma simples e pouco invasiva de medir o grau de envelhecimento do cérebro. Em estudos com roedores e com seres humanos, eles observaram que o nível de três compostos encontrados em células do sangue pode refletir a saúde das células cerebrais. A expectativa é que, caso os testes que ainda precisam ser realizados sejam bem-sucedidos, se chegue a uma forma de identificar doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson nos estágios bem iniciais, antes de os sinais clínicos surgirem.
 
"Encontramos no sangue de pessoas com essas doenças um conjunto de compostos que indicam a produção excessiva de substâncias tóxicas no cérebro" , explica o farmacologista Cristoforo Scavone, chefe do Laboratório de Neurofarmacologia Molecular no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e um dos coordenadores da pesquisa.
 
Scavone e as farmacologistas Tania Marcourakis, da Faculdade de Ciência Farmacêuticas da USP, e Elisa Kawamoto, atualmente pesquisadora nos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, procuram há mais de uma década compostos que funcionem como marcadores biológicos do envelhecimento cerebral e das enfermidades que costumam acometer o cérebro à medida que a idade avança.
De acordo com algumas teorias, o corpo envelhece e morre porque suas células perdem a capacidade de se recuperar de danos que ocorrem o tempo todo, causados por radicais livres. Segundo esse raciocínio, doenças como o Alzheimer surgiriam em consequência do envelhecimento acelerado das células cerebrais, que se tornaram incapazes de combater os radicais livres produzidos nas reações químicas necessárias para manter a vida, em especial, a respiração celular, que converte o açúcar glicose em energia.
 
"Caso esses três compostos sejam validados como marcadores do envelhecimento cerebral, é possível imaginar que levem a um teste com aplicação clínica" , diz Scavone. Um exame de sangue que identifique precocemente os problemas ligados ao envelhecimento cerebral será valioso em um mundo que está envelhecendo. A Organização Mundial da Saúde calcula que 35 milhões de pessoas viviam com algum tipo de demência em 70% dos casos, Alzheimer em 2010. Esse número deve saltar para 65,7 milhões em 2030.

Com informações da Fapesp.
 
Fonte: I Saúde, Compostos do sangue indicam grau de envelhecimento cerebral. Caso testes futuros sejam bem-sucedidos, será possível identificar Alzheimer e o Parkinson em estágios iniciais. Acesso em 24/10/2012.

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