A psoríase é doença inflamatória crônica da pele que atinge cerca de 2 a 3% da população mundial, igualmente distribuída em ambos os sexos. Pode se manifestar em qualquer idade, mas estudos indicam que é mais comum em indivíduos de 20 a 30 anos e entre os 50 e 60 anos. Acomete 0,2% a 4,8% da população mundial, acredita-se que 2% da população brasileira tenham essa doença.
Essa patologia pode se manifestar em toda pele, mas geralmente se manifesta superfície dos braços e pernas, couro cabeludo, unhas, região sacral, mucosas,articulações, palma das mãos e planta dos pés.
A psoríase é classificada de acordo com a localidade de suas lesões. Assim, quando aparece de maneira crônica e em forma de placas, é conhecida como psoríase vulgar. Quando possui formas de gotas, pode ser classificada como psoríase gutata. Também existem a psoríase invertida que é aquela localizada em regiões de dobras; a palmo-plantar, na região palmas das mãos e plantas dos pés; e a eritrodérmica, que se espalha por todo o corpo.
As causas são desconhecidas, mas a predisposição genética, associada ao fumo, álcool, alimentação, infecção, drogas e eventos estressantes, podem levar ao aparecimento dessa patologia.
Devido à inflamação causada pela doença, acredita-se que os indivíduos com psoríase manifestam outras alterações em seu organismo, como doenças crônicas não transmissíveis, provocando resistência à insulina, alterações no perfil lipídico, obesidade, aumento do risco cardiovascular e hipertensão arterial.
O tratamento nutricional em pacientes com psoríase garante melhor controle da doença, prevenindo doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), auxilia no controle do excesso de peso melhorando o prognóstico da psoríase. Porém maus hábitos alimentares podem piorar o prognostico da doença.
Dietas vegetarianas também podem ser benéficas em pacientes com psoríase. A alta formação de radicais livres têm sido relacionados à inflamação da pele na psoríase, sendo assim alimentos antioxidantes auxiliam na prevenção da doença.
As vitaminas A, E, C e D, e ácido fólico, ômega 3, ferro, cobre, manganês, zinco e selênio, além de dietas com baixa densidade calórica, podem auxiliar no tratamento da doença. As fibras alimentares também possuem um papel importante na inflamação sistêmica, contribuindo para melhor controle da glicemia e dos lipídeos circulantes na corrente sanguínea.
Alimentos como fígado, gema de ovo, iogurte, leite e derivados, abacaxi, acerola, agrião, caju, goiaba, laranja, limão, morango, salsão, pimentão, tangerina, tomate, castanha do Brasil, cereais integrais, pães integrais, repolho, peixes, carnes vermelhas, algas e ostras são considerados fontes de nutrientes que contribuem para a melhora dos sintomas da psoríase.
Araujo MLD ; Burgos MGPA; Moura ISC. Influências nutricionais na psoríase. An. Bras. Dermatol. vol.84 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2009
Solis MY et al. Estado nutricional e consumo alimentar de pacientes com psoríase dos tipos sistêmica e artropática sistêmica associada. Einstein (São Paulo) vol.10 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2012
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Fonte: RG Nutri.
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