Os nossos hormônios têm início, pico de produção e fim. Desde a puberdade até a menarca, iniciamos a maturação dos ovários e os hormônios são secretados de forma cíclica, preparando as mulheres para a futura concepção. Na vida adulta, o pico de produção coincide com a maturação dos ovários e acredite: as quedas começam a partir dos vinte e cinco anos até chegarmos à menopausa.
E o fato das doenças ginecológicas serem muito mais comuns no período perimenopausa não é coincidência. Durante o pico hormonal, temos a nossa vida ginecológica muito mais saudável! A razão disso tudo é o predomínio do estrogênio sobre a progesterona: quando estamos produzindo a todo vapor, há estrogênio e progesterona em proporções ideais, ou pelo menos deveria haver. Entretanto, a progesterona cai cerca de 75%, enquanto o estradiol cai em média 35%. Assim, durante a predominância estrogênica aumentamos a predisposição aos cânceres, principalmente o de mama e de útero, além de endometriose, síndrome dos ovários policísticos, osteoporose, ansiedade, depressão e tensão pré menstrual.
De 1940 até 2000 houve o aumento de 25% em quadros de miomas, 10% do câncer de mama, 20/30% de endometriose, e uma antecipação absurda da menarca: as meninas menstruavam por volta dos 14 anos e hoje, por volta dos 9.
As causas? Alterações endógenas que podem elevar desproporcionalmente o estrogênio, como obesidade causada por maus hábitos, doenças ovarianas e hepáticas e ainda dos xenoestrogênios, substâncias químicas que possuem similares estrogênicos com capacidade de “enganar” o organismo e bloquear nossos receptores hormonais, reduzir a síntese e transporte hormonal natural, alterar sua eliminação e impedir que os mesmos exerçam suas funções. A má notícia é que eles estão em quase todos os industrializados e a maioria das mulheres nem imagina:
– Inseticidas;
– Conservantes e corantes;
– Hormônios sintéticos (anticoncepcionais e sintéticos usados para reposição hormonal);
– Panelas de alumínio;
– Enlatados e embalagens plásticas (bisfenol A e fitalatos);
– Cosméticos (shampoos, desodorantes, perfumes, anticépticos orais, cremes dentais, esmaltes, protetores solares e hidratantes).
E para o que não temos como fugir como os poluentes a que estamos expostos involuntariamente, ou ao que não temos substitutos saudáveis, a solução é reduzir os efeitos já absorvidos.
– DESINTOXICAÇÃO INTESTINAL E HEPÁTICA: evite açúcares, carboidratos refinados, consuma fibras – elas carreiam substâncias químicas e melhoram a função intestinal -, consuma probióticos, beba água pura; evite álcool em excesso, alimente-se de alimentos antioxidantes e ricos em micronutrientes como as frutas e os vegetais.
– DRENAGEM LINFÁTICA: manual, pratique atividades físicas regulares, consuma gengibre.
– Faça reposição hormonal no momento certo, com hormônios ISOMOLECULARES, que mimetizem o seu organismo;
– Consuma INDOL-3-CARBINOL, um potente anti-estrogênico presente nas crucíferas (brócolis, couve-flor, couve, repolho…);
– Tenha bons pensamentos, pratique o BEM, faça atividades ao ar livre, faça respiração abdominal e CONTROLE O ESTRESSE
Fonte: Patricia Davidson.
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