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COMPOSIÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES ATUA NA MELHORA DA PERFORMANCE.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Um triatleta para se preparar para uma série de competições opta também por um treino funcional com um número considerável de exercícios onde a força muscular intensa é exigida. Após algumas semanas de dificuldade em realizar os treinos no potencial ideal, o plano de treino é alterado e os exercícios de resistência passam a ser destaque. 

A musculatura esquelética é um tecido com excelente plasticidade em resposta a estímulos externos como exercícios e treinamentos. As contrações musculares repetitivas durante os treinos de resistência permitem uma variedade de respostas fisiológicas. Elas incluem ativação da biogênese mitocondrial, transformação dos tipos de fibra musculares e angiogênese. Juntas, essas alterações aumentam a capacidade do metabolismo aeróbico muscular e sua resistência à fadiga. Em nível sistêmico, elas são a base para a melhora da performance e outros benefícios à saúde.

Composição das fibras musculares atua para melhorar de performance em exercícios de resistência (Foto: Getty Images)

Mas será que todos os indivíduos apresentam essas alterações da mesma maneira? 
Existem diferentes tipos de fibras musculares e cada uma delas apresentam diferentes velocidades de contração, tipo de energia metabólica utilizada e a quantidade de organelas celulares envolvidas. As fibras lentas apresentam um metabolismo oxidativo e são denominadas do tipo I. Elas utilizam a fosforilação oxidativa para gerar ATP e são altamente resistentes à fadiga e ativadas preferencialmente durante os treinos de resistência.

Já as fibras musculares rápidas ou do tipo II podem ser classificadas em três tipos: IIa, IIb e IIx e todas são utilizadas para a geração rápida de força. As fibras do tipo IIa possuem um nível intermediário de resistência à fadiga quando comparada à IIb e IIx. As fibras do tipo IIb são as menos resistentes à fadiga, mas por outro lado são capazes de gerar as contrações musculares mais fortes.

Em modelos animais e em humanos, estudos demonstram que receptores nucleares como os PPARs (Receptor Ativado por Proliferadores de Peroxissoma) estão envolvidos na regulação das alterações das fibras rápidas para lentas, assim como na proteção contra a atrofia muscular entre outras inúmeras atividades metabólicas. Os genes que codificam esses receptores apresentam uma ampla variabilidade e algumas variações de nucleotídeo único, são capazes de alterar a expressão dessas moléculas, influenciado no tipo de fibra muscular predominante.

Hoje, cada vez mais são realizados estudos genéticos para que sejam encontradas ferramentas que auxiliem na performance esportiva e esses receptores são alvos muito importantes para o esporte. No caso do triatleta, ele provavelmente apresenta uma combinação de genes que favorece a predominância das fibras lentas ou do tipo I. Com um simples ajuste no plano diário de treinamento, ele voltará a sentir a evolução no seu preparo e condicionamento físico.

Referências bibliográficas:
Claude Bouchard. Overcoming Barriers to Progress in Exercise Genomics, Exerc Sport Sci Rev. 2011 October ; 39(4): 212–217. 
Guan Wang, Sandosh Padmanabhan, Bernd Wolfarth, 
Noriyuki Fuku, Alejandro Lucia, Ildus I. Ahmetov, Pawel Cieszczyk, Malcolm Collins, Nir Eynon, Vassilis Klissouras, Alun Williams, Yannis
Pitsiladis Genomics of Elite Sporting Performance: What little We Know and Necessary Advances, Advances in Genetics. 2013, Volume 84
ISSN 0065-2660 http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-12-407703-4.00004-9.
Rico-Sanz J1, Rankinen T, Joanisse DR, Leon AS, Skinner JS, Wilmore JH, Rao DC, Bouchard C; HERITAGE Family Study. Familial resemblance for muscle phenotypes in the HERITAGE Family Study. Sci Sports Exerc. 2003 Aug;35(8):1360-6.

Fonte: Eu atleta.

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