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VITAMINA A.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Está entre as importantes vitaminas citadas como fator essencial ao crescimento, encontrada na natureza sob duas formas: pré-formada (retinol, retinal ou ácido retinóico) ou provitamina (carotenos).

Manutenção do tecido epitelial, crescimento e reprodução
O Retinol, é uma das formas ativas da vitamina A, necessário à manutenção saudável da córnea, para todo o tecido epitelial, pele externa e revestimento interno, além de promover a diferenciação celular, processo pelo qual células imaturas são estimuladas ao amadurecimento, adquirindo habilidade para desempenhar suas funções, promovendo desenvolvimento celular normal e reprodução.

Por meio do controle que exercer sobre a síntese de proteínas, permite o desenvolvimento de epitélios, fato de que sua deficiência promove alterações digestivas, na queratinização da córnea, perdendo sua capacidade de defesa como barreira epitelial, facilitando o surgimento de infecções.

Vitamina e sistema imune
A vitamina também desempenha função na defesa imunológica e crescimento ósseo. Muitas defesas imunológicas do organismo contra infecções dependem de vitamina A. Não só a vitamina A reforça "os pontos de entrada" para o corpo humano, tais como as mucosas, a mucosa dos olhos, respiratório, urinário e trato intestinal, é também essencial para os linfócitos, células brancas do sangue, que combatem infecções. O caroteno, como betacaroteno, pró-vitamina A, é convertido em Retinol pelo organismo, porém não de forma integral do que é ingerido. O excesso de Retinol pode ser tóxico ao organismo, porém o excesso de betacaroteno é responsável por deixar a pele em tom amarelado, concentrando-se principalmente em locais onde há gordura corporal.

A deficiência de vitamina A promove o decréscimo da divisão celular, desenvolvimento e crescimento prejudicados, imunidade baixa, anormalidades reprodutivas, podendo levar a cegueira noturna, visão prejudicada pela perda de pigmentos visuais.  A vitamina A, quando convertida para a forma (retinol) da retina, é vital para olhos saudáveis. Permitindo que o olho efetivamente distingua entre claro e escuro, melhorando assim a visão noturna. Além disso, a vitamina A é considerada fundamental contra a catarata, degeneração macular, glaucoma e outras doenças relacionadas à idade ocular.

Interações de nutrientes (como exposto na imagem I)
• Biodisponibilidade da vitamina A:
• FACILITADORES DA ABSORÇÃO: Vitamina E, gorduras e proteínas. O cozimento dos alimentos está relacionado a melhor absorção da vitamina A, entretanto o hipercozimento e desidratação de alguns vegetais como cenoura à redução de sua biodisponibilidade.
• INIBIDORES DA ABSORÇÃO: Pectina, goma guar, celulose

Como outros nutrientes interagem com a vitamina A?
O transporte e a utilização da vitamina A é dependente de várias proteínas de ligação. Porque uma adequada ingestão dietética de proteína é necessário para a fabricação dessas proteínas de ligação, consumo inadequado de proteínas pode resultar em deficiência de vitamina A. Além disso, a ingestão adequada de gorduras e zinco são necessários para a absorção e utilização da vitamina A. Excesso de vitamina A interfere com a absorção de vitamina K, vitamina solúvel em gordura necessária para a coagulação sanguínea.

As propriedades antioxidantes da vitamina A combatem os radicais livres que podem danificar a pele através de estresse oxidativo. Ao manter a retenção de umidade adequada, a pele não só é protegida do ressecamento comum, mas também de queratinização, psoríase, rugas e acne.


Alimentos de origem animal como fígado, leite integral e ovos, contêm vitamina A. Fontes de origem vegetal contêm o precursor (pró-vitamina) da vitamina A, betacaroteno, como cenoura, vegetais verdes escuros, espinafre, brócolis, além de frutas como damasco, manga. Em muitos destes alimentos a biodisponibilidade da vitamina é baixa, devido a ligação dos carotenóides as proteínas e o cozimento promove melhor biodisponibilidade do nutriente.


Estruturas do betacaroteno e acetato de retinol.
 FATORES QUE PODEM CONTRIBUIR À DEFICIÊNCIA DA VITAMINA:
Desde que a vitamina A é uma vitamina solúvel em gordura, a deficiência no organismo pode ser causada por uma dieta que é extremamente pobre em gordura e / ou a presença de condições médicas que causam uma redução na capacidade de absorver a gordura na dieta, tais como deficiência de enzimas pancreáticas, doença de Crohn, doença celíaca, fibrose cística, a remoção cirúrgica de parte ou de todo o estômago, doença da vesícula biliar e doença hepática.

Além disso, diarréia crônica causada por infecções gastrointestinais e/ou parasitas intestinais podem contribuir para a deficiência de vitamina A. Infecções virais, especificamente o sarampo, diminuem os níveis de vitamina A. Além disso, a exposição a certas substâncias químicas tóxicas aumentam a degradação da vitamina A pelo fígado.

Ingestão inadequada de proteínas contribui para a deficiência de vitamina. Estando também a deficiência relacionada à desnutrição proteíco-calórica, doenças hepáticas. A hipovitaminose A pode causar redução do apetite, da imunidade, deformindades ósseas, problemas de desenvolvimento, retardo mental e cegueira. A hipovitaminose A tem consequências não apenas para a visão, como também para diversas funções orgânicas.

Sabe-se que tais carências correspondem à significativo índice de morbidade e mortalidade infantil, devido à diminuição de linfócitos T. A correção carencial, através de educação nutricional, equilíbrio de macronutrientes, aporte de micronutriente e a fortificação dos alimentos são intervenções importantes a serem realizadas.

Referências:
DOUGLAS, Carlos R. Fisiologia Aplicada à Nutrição. 2ª ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan. 2006.
NETO, Faustino T. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan. 2003.
EWAITZBERG, Dan L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na prática clínica. 3ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
Disponível em Whfoods. Acesso em 22/11/2011.
Por Greice Caroline Baggio.

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