Recebo a edição da Super Saudável (publicação da Yakult) e estou compartilhando o texto abaixo:
Deficiência nutricional está relacionada à baixa qualidade de vida de quem já passou dos 60 anos de idade
Pesquisas comprovam que a má nutrição, aliada às mudanças que ocorrem no sistema imune de indivíduos com 60 anos ou mais, estão diretamente relacionadas à baixa resistência e ao prolongamento de enfermidades nesta faixa etária. Para evitar doenças é necessário promover modificações e melhorias na avaliação nutricional da população idosa, que deve levar em consideração alterações comuns do envelhecimento, dieta equilibrada e cuidados que envolvem o acesso, a absorção, o preparo e o consumo dos alimentos, entre outros. Em idosos desnutridos é comum ocorrer a diminuição da capacidade imunitária que, associada à perda imunológica inerente ao processo de envelhecimento, prejudica a resistência a infecções, gera fraqueza, desânimo e prejuízos nos processos fisiológicos e metabólicos, com destaque para aqueles que dependem de nutrientes para seu desempenho. Essa situação agrava ainda mais o quadro de riscos de idosos que já têm histórico de doenças crônicas ou de situações clínicas desfavoráveis, além de prolongar o período de recuperação de enfermidades, principalmente de pacientes hospitalizados.
A diminuição das funções imunes devido à idade, conhecida como imunossenescência, é responsável pelo desarranjo das barreiras epiteliais da pele, do pulmão e do sistema gastrointestinal, permitindo que organismos patogênicos invadam as mucosas, e pela involução do timo, órgão importante para a montagem imunológica contra agentes estranhos. Segundo o estudo ‘As consequências das deficiências nutricionais associadas à imunossenescência na saúde do idoso’, desenvolvido pelo mestre em Ciências Biológicas e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Guilherme Malafaia, no Núcleo de Pesquisa e Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto (NPCB/UFOP), a gama de alterações do sistema imune pode favorecer o desenvolvimento de doenças como aterosclerose, diabetes, osteoporose e Alzheimer, além de enfermidades infecciosas. A pesquisa demonstrou, ainda, que idosos desnutridos apresentam aumento das células T com falhas no processo de diferenciação, que as impedem de exercer suas funções normais em diferentes eventos imunológicos, incluindo a ativação de outras células imunes, bem como a estimulação da produção de anticorpos (imunoglobulinas) e a destruição direta de agentes patogênicos. “A ingestão de uma quantidade menor de calorias ou de micronutrientes em relação ao que o corpo necessita pode propiciar o aumento de complicações infecciosas e não infecciosas, reduzindo consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes”, explica Guilherme Malafaia.
A diminuição das funções imunes devido à idade, conhecida como imunossenescência, é responsável pelo desarranjo das barreiras epiteliais da pele, do pulmão e do sistema gastrointestinal, permitindo que organismos patogênicos invadam as mucosas, e pela involução do timo, órgão importante para a montagem imunológica contra agentes estranhos. Segundo o estudo ‘As consequências das deficiências nutricionais associadas à imunossenescência na saúde do idoso’, desenvolvido pelo mestre em Ciências Biológicas e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Guilherme Malafaia, no Núcleo de Pesquisa e Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto (NPCB/UFOP), a gama de alterações do sistema imune pode favorecer o desenvolvimento de doenças como aterosclerose, diabetes, osteoporose e Alzheimer, além de enfermidades infecciosas. A pesquisa demonstrou, ainda, que idosos desnutridos apresentam aumento das células T com falhas no processo de diferenciação, que as impedem de exercer suas funções normais em diferentes eventos imunológicos, incluindo a ativação de outras células imunes, bem como a estimulação da produção de anticorpos (imunoglobulinas) e a destruição direta de agentes patogênicos. “A ingestão de uma quantidade menor de calorias ou de micronutrientes em relação ao que o corpo necessita pode propiciar o aumento de complicações infecciosas e não infecciosas, reduzindo consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes”, explica Guilherme Malafaia.
Além disso, fatores biopsicossociais podem comprometer o apetite, o consumo, a ingestão e a absorção dos alimentos pelo idoso. “Alterações fisiológicas do envelhecimento e da mobilidade, doenças crônicas, uso de múltiplos medicamentos e seus efeitos farmacológicos, fatores psiquiátricos e socioeconômicos devem ser levados em consideração quando se fala em alimentação do idoso”, esclarece Maria Rita Garbi Novaes, doutora na área de Farmacologia e professora do curso de Medicina da Escola Superior em Ciências da Saúde da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (ESCS/FEPECS) e da pós-graduação stricto sensu da Universidade de Brasília (UnB). Para estimular a alimentação balanceada da pessoa idosa com alterações fisiológicas ou de mobilidade e que não sente prazer em comer – seja por motivos psicológicos ou por reação a alguma doença – é preciso tomar algumas medidas práticas no preparo e consumo dos alimentos, promovendo mais conforto e segurança durante as refeições diárias.
Os pesquisadores argumentam que cabe ao profissional da saúde orientar o idoso e as famílias sobre como escolher, comprar, manusear e armazenar os alimentos, ajustar os horários e as porções das refeições que contribuem para a digestão e o fornecimento de nutrientes, bem como alertar sobre o local onde vivem e fazem suas refeições, que devem conferir conforto, segurança e autonomia. “O médico também tem o papel de alertar sobre os benefícios de mastigar adequadamente os alimentos, ato que estimula a produção de saliva e facilita a digestão”, acrescenta Maria Rita Garbi Novaes. Para os pacientes que não possuem um ou mais dentes ou usam prótese dentária que dificulta a mastigação devem ser indicados alimentos pré-triturados para evitar problemas gastrointestinais, como azia e gastrite.
Fonte: Super Saudável. Nº 52. Out/Dez. 2011. A revista Super Saudável é uma publicação trimestral da Yakult do Brasil dirigida a médicos, nutricionistas e outros profissionais da saúde.
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