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ÁCIDO FÓLICO: NA DOSE CERTA DURANTE A GESTAÇÃO.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A dose preconizada para esta prevenção é de 400 microgramas
 por dia, no período de pelo menos 3 meses antes da gravidez.
Muitas mulheres que planejam engravidar já conhecem os benefícios da suplementação do ácido fólico. Um estudo americano, no entanto, alerta para os riscos do consumo excessivo.

A grande maioria das mulheres já sabe da importância do uso do ácido fólico antes da concepção. Estudos prévios mostraram com clareza que este suplementação reduz os riscos do futuro bebê vir a ter defeitos do tubo neural. Problemas raros, mas extremamente graves que incluem inclusive anencefalia. A dose preconizada para esta prevenção é de 400 microgramas por dia, no período de pelo menos 3 meses antes da gravidez. Uma dose que será mantida no início da gestação. O problema é que hoje em dias muitos alimentos são fortificados com o ácido fólico e neste caso há um risco das mulheres virem a receber uma dose exagerada da vitamina. Esta questão polêmica foi respondida por um estudo americano realizado na Carolina do Norte que objetivou avaliar a proporção de mulheres que tomam ácido fólico (AF) em doses superiores ao recomendado. Para isso eles entrevistaram mais de 500 gestantes para obter dados sobre padrão nutricional ante e durante a gravidez.

Seguem os resultados. A boa notícia é que antes da gravidez, metade das mulheres fez a suplementação de ácido fólico. Na gestação, este número sobre para 2 em cada 3 mulheres. Porém, antes e durante a gravidez, 11% das mulheres excederam a dose máxima de 1000 mg/dia. Em geral, este hábito foi mais frequente nas mulheres da etnia brancas. Embora o estudo tenha sido conduzido nos Estados Unidos ele levanta tema interessante para todas as gestantes, que nem sempre tem um controle apurado da ingestão alimentar. Isso possivelmente se aplica às gestantes brasileiras. Para os autores é recomendado monitorizar os níveis de ácido fólico no organismo e nas dietas das gestantes.

A questão subseqüente é sobre os eventuais efeitos do excesso de ácido fólico sobre o futuro bebê. Alguns estudos estão em andamento para identificar possíveis efeitos genéticos e não-genotóxicos destas doses elevadas. Mas não se pode garantir que a suplementação de ácido fólico seja inócua, apenas porque se trata de uma vitamina. Vitamina, em excesso e sem indicação, também pode fazer mal. É aquela velha história de que uma coisa boa, quando em excesso, pode se tornar ruim. (Hoyo et al. Folic acid supplementation before and during pregnancy in the Newborn Epigenetics STudy (NEST). BMC Public Health 2011,11(1):46).

Fonte: Dr. Alexandre Faisal, Excesso de ácido fólico pode prejudicar o feto. Acesso em 17/11/2011.

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