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NÍVEIS ALTOS DE HOMOCISTEÍNA E DOENÇA CARDIOVASCULAR

quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Determinação sanguínea da homocisteína (bem como
 lipoproteínas) que pode indicar alguma
 alteração das artérias,
são importantes, a fim de,
 prever risco cardíaco..
Além da herança genética, os fatores de risco mais comuns para doenças cardiovasculares estão ligados ao estilo de vida, como tabagismo, sedentarismo, obesidade, estresse, erros alimentares, hipertensão arterial. Estudos recentes mostram novas evidências que o aumento do colesterol, principalmente o LDL, dito como o de grande importância, não está sozinho como fator associado à arteriosclerose, existindo também o excesso de níveis no sangue de homocisteína, a hiperhomocisteinemia.

A homocisteína é um aminoácido não essencial sulfurado, identificada em 1962 conforme (), sendo formada pelo metabolismo de aminoácidos essenciais, podendo seguir duas rotas metabólicas: a remetilação, que dá lugar à regeneração de metionina; e a transulfuração, levando à formação de metionina.

Uma baixa ingestão protéica leva a homocisteína ser metabolizada primeiramente pela via de remetilação para conservar metionina, via que requer como cofator a enzima metionina sintetase que é dependente de vitamina B12, requerendo um aporte adequado da enzima metilenetetrahidrofolato redutase e ácido fólico.

Em condições de excesso de metionina ou quando suas reversas são adequadas, a via de transulfuração é ativada. A homocisteína juntamente com a serina forma a cistationina, requerendo vitamina B6 como cofator. A cistationina é hidrolisada pela enzima y-cistationase que também depende de vitamina B6 para formar cisteína e a-cetobutarato.

Cerca de 1% da homocisteína se encontra no plasma na sua forma livre, 70 a 80% está ligada às proteínas plasmáticas, em especial a albumina e o restante, está ligada à própria homocisteína ou a cisteína pelos grupos dissulfetos. Eliminada principalmente pelos rins, onde seus níveis plasmáticos variam conforme o sexo e a idade, aumentando durante toda a vida em ambos os sexos. Indiferente do sexo, as crianças apresentam níveis baixos de homocisteína, dentro de 5 mol/L. e durante a puberdade esses níveis aumentam, sendo que mais em meninos do que meninas.

No período gestacional, a homocisteína é reduzida cerca pela metade e retorna aos seus valores anteriores em poucos dias após o parto. Com a redução dos níveis de estrógenos, após a menopausa, aumentam os níveis de homocisteína, mas permanecem mesmo assim inferiores aos dos homens.

Em conseqüência da má absorção ou suprimento insuficiente de folato, vitamina B12 e B6, redução da função renal e mudanças no metabolismo, os idosos apresentam concentrações elevadas de homocisteína.

O baixo consumo de vitaminas, como a vitamina B6 e B12 e ácido fólico induz a elevação nos níveis de homocisteína, seu excesso no sangue, leva a formação de placas fibrogordurosas ou de ateromas e as artérias são lesadas, o que resulta em arterosclerose e doenças cardiovasculares.

Para evitar o excesso, na dieta:
- As refeições diárias devem incluir sementes, oleaginosas, grãos integrais, frutas e legumes. Consumir frutas e legumes frescos. Sucos de vegetais são bem-vindos.
- Manter o aporte adequado de gorduras boas, como o ômega3. Controlar saturadas e eliminar as gorduras hidrogenadas. 
- Incluir alho e cebola. Estudos têm demonstrado que estes ajudam na prevenção do desenvolvimento da arteriosclerose.
- Evitar o fumo.


Fonte das informações:
Homocisteína, Arteriosclerose e Trombose. NewsLab, n°41, p. 178-186, agosto, 2000.
Determinação da Homocisteína: Por que, Quando e Como. NewsLab, n°52, p. 114-118, junho, 2002.
OLIVEIRA, Ana Pula Rodrigues de; CASTRO, Sônia Maria Vieira de; SAMPAIO, Helena Alves de Carvalho. Homocisteína e Doença Cardiovascular: Uma revisão. Nutrição em Pauta, São Paulo, n° 76, p 18-22, janeiro/fevereiro 2006.
Por Greice Caroline Baggio.

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