RELAÇÃO CAUSAL ENTRE IMC E DOENÇA ISQUÊMICA DO CORAÇÃO.

Uma equipe de pesquisadores da Dinamarca e do Reino Unido documentou, pela primeira vez, uma correlação definitiva entre um índice de massa corporal (IMC) elevado e o risco de desenvolver doença isquêmica do coração.

A pesquisa, publicada na revista PLoS Medicine, sugere que uma elevação de cerca de 4kg/m2 do IMC durante a vida aumenta o risco da doença em 50% em média.

Para o trabalho, a equipe avaliou a associação entre o IMC e doenças cardíacas em 76 mil indivíduos.

O IMC, ao lado da idade, tabagismo, diabetes, pressão alta, níveis elevados de colesterol no sangue, e histórico familiar tem sido há muito reconhecido como um fator de risco para doenças cardíacas. Apesar disso, a real contribuição causal do IMC de risco de doença tem sido difícil de ser quantificada.

Agora, pesquisadores da Universidade de Bristol e da Universidade de Copenhagen descobriram uma relação causal entre o IMC e a doença isquêmica do coração.

Usando dados genéticos de três grandes, a equipe descobriu que para cada aumento de 4 kg no IMC houve um aumento de 26% no risco de desenvolver doenças isquêmicas do coração, enquanto a análise causal identificou um aumento de 52%.

"Em função dos altos índices de obesidade estes resultados são fundamentais para a melhoria da saúde pública. Nossa pesquisa mostra que a mudança para um estilo de vida que promove um IMC menor, mesmo sem alterar outros fatores de risco, é capaz de reduzir as chances de desenvolver a doença", afirma o pesquisador Nicholas Timpson.

Segundo o principal autor da pesquisa, Børge Nordestgaard, essas descobertas são de fundamental importância, já que o diabetes ligado à obesidade é o único fator de risco cardiovascular em ascensão na América do Norte e Europa, enquanto os níveis de colesterol alto, fumo e hipertensão têm apresentado redução.

Fonte: I Saúde, Elevação gradual do IMC aumenta risco de doença isquêmica do coração. Pesquisa revela que o aumento de cerca de 4kg/m2 do IMC durante a vida eleva o risco da doença em 50%. Acesso em 03/05/2012.