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FALTA DE INFORMAÇÕES NOS RÓTULOS DE ALIMENTOS DESTINADOS AO PÚBLICO INFANTIL.

quinta-feira, 24 de maio de 2012
O Idec realizou um levantamento de rotulagem de alguns alimentos voltados ao público infantil e constatou que eles não possuem orientação nutricional adequada para esse público. Preocupados com essa questão e para propiciar o acesso a tabelas nutricionais proporcionais às necessidades das crianças, o Instituto estuda propor a discussão do tema com um grupo de especialistas da área e de órgãos do governo. No levantamento, foram avaliadas as tabelas nutricionais de oito produtos claramente voltados a crianças e, na maioria dos casos, a embalagem trazia apenas as referências nutricionais de um adulto. Como os VDR (Valores Diários Recomendados) de nutrientes para crianças são menores, ao ler as tabelas baseadas na dieta de um adulto, os pais podem se confundir com as informações fornecidas.
 
"Como as análises foram feitas em produtos com indiscutível apelo infantil e que traziam personagens licenciados e mensagens direcionadas às crianças, a probabilidade dos pais serem induzidos ao erro é muito grande", afirma a gerente de relacionamento do Idec, Karina Alfano. Um produto que tem níveis adequados de sódio para um adulto pode conter uma quantidade demasiada desse nutriente para uma criança. Algumas empresas até disponibilizam em seus sites tabelas nutricionais para diferentes faixas etárias, mas nem todas realizam essa prática.

 Embora a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) possua regulamentação sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados, não existe nenhuma regra específica que obrigue as empresas a trazer a informação específica para diferentes idades. No entanto, o Idec defende o direito à informação adequada e clara, um dos princípios básicos do CDC (Código de Defesa do Consumidor). "Diante do aumento excessivo da obesidade infantil, a rotulagem de alimentos para crianças é um fator bastante preocupante. As empresas deveriam dividir essa responsabilidade com os pais já que fica complicado para eles levarem em consideração as porções aleatórias dos produtos, somar a ingestão ao longo do dia e ainda fazer as contas para achar a porcentagem indicada na dieta da criança", explica Karina.

Informações nutricionaisTomando como base a quantidade de nutrientes que devem ser ingeridos por uma criança, o Idec fez a proporção de como essas tabelas deveriam ser, levando em consideração a ingestão diária de uma criança.

Com relação à dieta de um adulto, de 2.000 Kcal, o percentual de sódio do mini-chicken "Turma da Mônica" representa 38% da quantidade diária recomendada. Porém, levando-se em conta as necessidades de uma criança entre 4 e 6 anos, a quantidade do nutriente presente no alimento representa 306% do indicadoi Isso significa mais que o triplo para o dia" O percentual de sódio do salgadinho "Fandangos", por exemplo, é de 8% para um adulto, mas para uma criança entre 4 e 6 anos, a quantidade é de 63%.

Os valores referentes às calorias também apresentam grande diferença se considerarmos a ingestão recomendada para crianças.



Porções
É importante lembrar que as informações da embalagem, geralmente, não se referem ao conteúdo inteiro, mas a uma porção. O problema é que as porções não são padronizadas, mesmo em alimentos similares, o que dificulta a comparação. A tabela nutricional de um pacote de bolachas leva em consideração uma determinada quantidade daquele produto - cinco biscoitos, por exemplo. Logo, a criança, ao comer dez biscoitos, está consumindo o dobro da quantidade informada.


Fonte: Cidade Marketing, Pesquisa revela que produtos com apelo infantil não trazem indicação nutricional. Acesso em 24/05/2012.

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