As intervenções nutricionais inteligentes e adequadamente implementadas respeitando-se os gostos e preferências dos pacientes representam uma estratégia de alta eficácia na prevenção e no tratamento do diabetes. Classicamente, a orientação nutricional voltada à prevenção e ao controle do excesso de peso e da obesidade tem-se mostrado como uma das estratégias mais importantes nos esforços de se promover o controle glicêmico necessário. Quais seriam as dietas já consagradas e capazes de proporcionar benefícios indiscutíveis nesse sentido?
Dentre as intervenções nutricionais mais eficazes, a dieta do Mediterrâneo, sem sombra de dúvidas, é a que proporciona evidências científicas mais concretas. O papel dessa dieta na prevenção do diabetes tipo 2 foi avaliado em artigo publicado no British Medical Journal, em Maio de 2008. Os autores explicam que essa dieta inclui os seguintes componentes: alto coeficiente de ácidos graxos monoinsaturados/saturados, ingestão moderada de álcool, alta ingestão de legumes, vegetais, grãos, frutas e sementes, baixa ingestão de carne e derivados e ingestão moderada de leite e seus derivados. Mais recentemente, uma alta ingestão de peixes foi incluída como um dos componentes essenciais dessa dieta.
Dentre as intervenções nutricionais mais eficazes, a dieta do Mediterrâneo, sem sombra de dúvidas, é a que proporciona evidências científicas mais concretas. O papel dessa dieta na prevenção do diabetes tipo 2 foi avaliado em artigo publicado no British Medical Journal, em Maio de 2008. Os autores explicam que essa dieta inclui os seguintes componentes: alto coeficiente de ácidos graxos monoinsaturados/saturados, ingestão moderada de álcool, alta ingestão de legumes, vegetais, grãos, frutas e sementes, baixa ingestão de carne e derivados e ingestão moderada de leite e seus derivados. Mais recentemente, uma alta ingestão de peixes foi incluída como um dos componentes essenciais dessa dieta.
Os benefícios da dieta do Mediterrâneo na prevenção do diabetes tipo 2 foram proporcionais ao grau de aderência dos participantes às recomendações nutricionais recebidas. Os coeficientes ajustados de incidência da doença foram de 1,00 para os pacientes com baixa aderência, de 0,41 para os pacientes com aderência moderada e de apenas 0,13 para os pacientes com alta aderência [1].
Será que todos os "alimentos marinhos", incluindo peixes e frutos do mar, teriam um impacto benéfico de redução de risco de diabetes tipo 2? Esse assunto foi avaliado no estudo EPIC, cujos resultados foram publicados em Outubro de 2009, no Diabetes Care. No conceito tradicional, os benefícios de uma dieta rica em peixes e frutos do mar promoveriam um efeito protetor contra doenças crônicas, reduzindo sua prevalência. O Estudo EPIC mostrou que a coisa não é bem assim: uma dieta rica em peixes (uma ou mais porções por semana) esteve, sim, associada a uma redução de 25% no risco de diabetes. Por outro lado, o consumo de uma ou mais porções por semana de frutos do mar (camarão, ostra, lagosta, etc.) promoveu o efeito inverso, ou seja, aumentou em 36% o risco de desenvolvimento do diabetes.
O mecanismo desse aumento de risco ainda não está bem esclarecido, mas supõe-se que esteja relacionado ao método de cozimento (tipo e quantidade da gordura utilizada na fritura) e com os condimentos com os quais os frutos do mar são geralmente servidos (maionese ou manteiga com alho) [2].
Se o consumo de peixes reduz o risco de diabetes e o consumo de frutos do mar aumenta esse risco, qual seria o resultado da ingestão concomitante de uma deliciosa caldeirada incluindo tanto peixe como frutos do mar, em termos de prevenção do diabetes? Pode ser que essa combinação traga um benefício neutro para a saúde, mas seguramente é um "prato dos deuses" para os gastrônomos...
Referências Bibliográficas
1. Martínez-González MA et al. Adherence to Mediterranean Diet and Risk of Developing Diabetes: Prospective Cohort Study. BMJ 336:1348-1351, 2008. Disponível em:www.bmj.com/cgi/reprint/336/7657/1348. Acesso em: 29 de outubro de 2009.
2. Patel, OS et al. Association Between Type of Dietary Fish and Seafood Intake and the Risk of Incident Type 2 Diabetes. Diabetes Care 32:1857-1863, 2009.
Será que todos os "alimentos marinhos", incluindo peixes e frutos do mar, teriam um impacto benéfico de redução de risco de diabetes tipo 2? Esse assunto foi avaliado no estudo EPIC, cujos resultados foram publicados em Outubro de 2009, no Diabetes Care. No conceito tradicional, os benefícios de uma dieta rica em peixes e frutos do mar promoveriam um efeito protetor contra doenças crônicas, reduzindo sua prevalência. O Estudo EPIC mostrou que a coisa não é bem assim: uma dieta rica em peixes (uma ou mais porções por semana) esteve, sim, associada a uma redução de 25% no risco de diabetes. Por outro lado, o consumo de uma ou mais porções por semana de frutos do mar (camarão, ostra, lagosta, etc.) promoveu o efeito inverso, ou seja, aumentou em 36% o risco de desenvolvimento do diabetes.
O mecanismo desse aumento de risco ainda não está bem esclarecido, mas supõe-se que esteja relacionado ao método de cozimento (tipo e quantidade da gordura utilizada na fritura) e com os condimentos com os quais os frutos do mar são geralmente servidos (maionese ou manteiga com alho) [2].
Se o consumo de peixes reduz o risco de diabetes e o consumo de frutos do mar aumenta esse risco, qual seria o resultado da ingestão concomitante de uma deliciosa caldeirada incluindo tanto peixe como frutos do mar, em termos de prevenção do diabetes? Pode ser que essa combinação traga um benefício neutro para a saúde, mas seguramente é um "prato dos deuses" para os gastrônomos...
Referências Bibliográficas
1. Martínez-González MA et al. Adherence to Mediterranean Diet and Risk of Developing Diabetes: Prospective Cohort Study. BMJ 336:1348-1351, 2008. Disponível em:www.bmj.com/cgi/reprint/336/7657/1348. Acesso em: 29 de outubro de 2009.
2. Patel, OS et al. Association Between Type of Dietary Fish and Seafood Intake and the Risk of Incident Type 2 Diabetes. Diabetes Care 32:1857-1863, 2009.
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