Os resultados, publicados no Journal of Physiology, mostram ainda que o consumo de ácidos graxos ômega-3 pode compensar os danos causados pela frutose encontrada em alimentos processados.
Segundo os pesquisadores, enquanto trabalhos anteriores revelaram como o açúcar prejudica o corpo através do seu papel no diabetes e na obesidade, este estudo é o primeiro a descobrir como o adoçante prejudica o cérebro.
"Nossas descobertas mostram que o que você come afeta como você pensa. Ingerir uma dieta rica em frutose ao longo do tempo altera a capacidade do cérebro para aprender e lembrar informações. Mas a adição de ômega-3 às refeições pode ajudar a minimizar os danos", afirma o pesquisador Fernando Gomez-Pinilla.
Para o ensaio clínico, a equipe alimentou dois grupos de ratos com uma solução contendo xarope de milho rico em frutose, ingrediente comum em alimentos processados, e água potável durante seis meses.
Um grupo de ratos tomou também um suplemento de ácidos graxos ômega-3, que estimula a memória, na forma de óleo de linhaça ou ácido docosahexaenóico (DHA), enquanto o outro grupo não fez o mesmo.
Antes do início da dieta rica em açúcar, os ratos passaram por um treinamento de cinco dias em um complexo labirinto. Os roedores foram colocados novamente no labirinto seis semanas após ingerirem a solução doce para ver como se saíam.
Os animais que não receberam DHA foram mais lentos e seus cérebros demonstraram um declínio na atividade sináptica. Suas células cerebrais tiveram dificuldade em enviar sinais entre si, prejudicando sua capacidade de pensar com clareza e lembrar o caminho que tinham aprendido seis semanas antes.
Os resultados mostraram que o grupo que recebeu ácido graxo ômega-3 navegou muito mais rápido e melhor no labirinto.
De acordo com os pesquisadores, exames cerebrais mostraram que os ratos que não foram alimentados com suplementos de DHA também desenvolveram sinais de resistência à insulina, hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue e regula a função cerebral.
"Uma vez que a insulina consegue ultrapassar a barreira sangue-cérebro, o hormônio pode sinalizar aos neurônios, gerando reações que comprometem o aprendizado e causam perda de memória", observa Gomez-Pinilla.
A pesquisa levou a equipe a suspeitar que comer frutose demais pode interferir na capacidade da insulina de regular como as células usam e armazenam açúcar, o que é necessário para o processamento de pensamentos e emoções.
"Nosso estudo mostra que uma dieta rica em frutose prejudica o cérebro, bem como do corpo. Isto é algo novo. Ingerir uma dieta rica em frutose em longo prazo altera a capacidade do cérebro de aprender e lembrar informações. Mas adicionar ácidos graxos ômega-3 às refeições pode ajudar a minimizar esses danos", conclui Gomez-Pinilla.
Fonte: I Saúde, Dieta com alto teor de açúcar afeta funcionamento do cérebro. Ingestão regular de frutose atrapalha memória e aprendizado. Danos podem ser compensados pelo consumo de ômega-3. Acesso em 16/05/2012.
Segundo os pesquisadores, enquanto trabalhos anteriores revelaram como o açúcar prejudica o corpo através do seu papel no diabetes e na obesidade, este estudo é o primeiro a descobrir como o adoçante prejudica o cérebro.
"Nossas descobertas mostram que o que você come afeta como você pensa. Ingerir uma dieta rica em frutose ao longo do tempo altera a capacidade do cérebro para aprender e lembrar informações. Mas a adição de ômega-3 às refeições pode ajudar a minimizar os danos", afirma o pesquisador Fernando Gomez-Pinilla.
Para o ensaio clínico, a equipe alimentou dois grupos de ratos com uma solução contendo xarope de milho rico em frutose, ingrediente comum em alimentos processados, e água potável durante seis meses.
Um grupo de ratos tomou também um suplemento de ácidos graxos ômega-3, que estimula a memória, na forma de óleo de linhaça ou ácido docosahexaenóico (DHA), enquanto o outro grupo não fez o mesmo.
Antes do início da dieta rica em açúcar, os ratos passaram por um treinamento de cinco dias em um complexo labirinto. Os roedores foram colocados novamente no labirinto seis semanas após ingerirem a solução doce para ver como se saíam.
Os animais que não receberam DHA foram mais lentos e seus cérebros demonstraram um declínio na atividade sináptica. Suas células cerebrais tiveram dificuldade em enviar sinais entre si, prejudicando sua capacidade de pensar com clareza e lembrar o caminho que tinham aprendido seis semanas antes.
Os resultados mostraram que o grupo que recebeu ácido graxo ômega-3 navegou muito mais rápido e melhor no labirinto.
De acordo com os pesquisadores, exames cerebrais mostraram que os ratos que não foram alimentados com suplementos de DHA também desenvolveram sinais de resistência à insulina, hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue e regula a função cerebral.
"Uma vez que a insulina consegue ultrapassar a barreira sangue-cérebro, o hormônio pode sinalizar aos neurônios, gerando reações que comprometem o aprendizado e causam perda de memória", observa Gomez-Pinilla.
A pesquisa levou a equipe a suspeitar que comer frutose demais pode interferir na capacidade da insulina de regular como as células usam e armazenam açúcar, o que é necessário para o processamento de pensamentos e emoções.
"Nosso estudo mostra que uma dieta rica em frutose prejudica o cérebro, bem como do corpo. Isto é algo novo. Ingerir uma dieta rica em frutose em longo prazo altera a capacidade do cérebro de aprender e lembrar informações. Mas adicionar ácidos graxos ômega-3 às refeições pode ajudar a minimizar esses danos", conclui Gomez-Pinilla.
Fonte: I Saúde, Dieta com alto teor de açúcar afeta funcionamento do cérebro. Ingestão regular de frutose atrapalha memória e aprendizado. Danos podem ser compensados pelo consumo de ômega-3. Acesso em 16/05/2012.
0 comentários:
Postar um comentário