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EXCESSO DE FRUTOSE E LESÃO HEPÁTICA.

sábado, 5 de maio de 2012
Obesos que consomem grandes quantidades de frutose, açúcar encontrado em refrigerantes e sucos de fruta, estão em maior risco de doença hepática gordurosa não alcoólica (NFALD - sigla em inglês), assim como formas mais agressivas da condição. É o que aponta estudo conduzido na Duke University Medical Center, nos Estados Unidos, que fornece melhor compreensão sobre o mecanismo que relaciona a ingestão de frutose com a lesão hepática.

Doença hepática gordurosa não-alcoólica é atualmente a principal causa de doenças hepáticas crônicas nos Estados Unidos. Condição pode levar a aumento das enzimas hepáticas, inflamação e, em alguns casos, a cirrose em indivíduos que não consomem álcool. Na obesidade e / ou diabetes, a capacidade das células para fazer ATP já podem estar prejudicada.

Resultados do estudo mostram que o consumo crônico de frutose coloca uma pessoa - sobretudo obesa e/ou diabética - em risco de esgotar seu estoque de moléculas chamadas ATP, responsáveis pelo fornecimento de energia para que as células do fígado - e de outras partes do corpo - desempenhem importantes processos moleculares, incluindo o metabolismo.

Ao contrário de outros açúcares simples, a frutose requer ATP para o seu metabolismo. A incapacidade de gerar energia celular, bem como o contínuo consumo de ATP por meio da ingestão crônica de frutose pode resultar na depleção da energia do fígado, aumentando o risco de inflamação no órgão.

"O estado de ser resistente à insulina prejudica a capacidade de uma enzima vital, a quinase AMP, produzir novas moléculas de ATP", explica o principal autor do estudo Manal Abdelmalek. "O aumento do consumo de frutose e a utilização excessiva de ATP favorecem o aumento de moléculas que conduzem ao aumento da síntese de ácidos gordos, assim como de ácido úrico."

Os investigadores também notaram que o corpo produz mais ácido úrico quando a frutose é consumida em demasia. O excesso de ácido úrico, por sua vez, está associado com condições que incluem a gota, pressão alta, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, síndrome metabólica e pedras de ácido úrico - uma forma de pedras nos rins.

O presente estudo avaliou adultos inscritos no Look Ahead Fatty Liver Disease Ancillary Study , liderado por Jeanne M.Clark, da Universidade Johns Hopkins. Os investigadores analisaram questionários dietéticos recolhidos em pacientes que foram submetidos a uma ressonância magnética para medir gordura no fígado, bem como um teste de frutose intravenoso, para avaliar os estoques de ATP no fígado e a resposta a depleção de ATP.

Os pacientes incluídos no estudo foram aconselhados sobre a importância do baixo consumo de açúcar no controle do diabetes. Apesar dos níveis gerais mais baixos de uso de frutose na população do estudo, os pesquisadores encontraram evidências de esgotamento de ATP no fígado daqueles que consumiram mais frutose. "O fato de termos encontrado diferença no armazenamento de ATP no fígado em níveis mais baixos de ingestão de frutose na dieta sugere que o alto consumo de frutose (que pode ocorrer por meio do consumo de alimentos processados e bebidas açucaradas) poder esgotar a energia do fígado e, portanto, causar piora nos problemas metabólicos e potencialmente lesões hepáticas", diz Abdelmalek. Segundo o pesquisador, o consumo de frutose mais do que duplicou nos últimos 30 anos.

Fonte:
I Saúde, Consumo elevado de frutose pode esgotar energia celular em obesos e diabéticos. Ingestão exagerada de açúcar encontrado em refrigerantes e sucos de fruta aumenta risco de doença hepática gordurosa não alcoólica. Acesso em 05/05/2012.

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