Para auxiliar no combate à crescente epidemia de obesidade uma entidade norte-americana sem fins lucrativos sugere melhorias na formação de profissionais de saúde nas áreas de Nutrição e Educação Física. Segundo a Bipartisan Policy Center, baseada em Washington, a expansão do conhecimento médico nestas áreas não só tem potencial para auxiliar pacientes na manutenção de um peso saudável e na diminuição do risco de doenças crônicas, como também pode conduzir a uma redução nos custos dos cuidados de saúde.
Relatório da entidade aponta a obesidade como "o problema de saúde pública mais urgente na América" atualmente. O documento caracteriza a epidemia não apenas como uma crise de saúde, mas como uma das principais causas da crise fiscal dos Estados Unidos.
O país gasta cerca de US$ 2,6 trilhões por ano com cuidados de saúde. De acordo com o estudo, em 2020, este valor pode chegar a US$ 4,6 trilhões, cerca de 20% do produto interno bruto dos EUA. Aumento que, em parte, será ocasionado por custos médicos associados à obesidade e doenças crônicas relacionadas à obesidade, como o diabetes. O custo anual estimado de doenças relacionadas à obesidade é US$ 190,2 bilhões, aponta o Institute of Medicine.
Dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) mostram que um em cada três adultos residentes nos Estados Unidos é obeso, assim como 17% das crianças e adolescentes. A prevalência de obesidade nessa faixa etária jovem quase triplicou desde 1980, quando cerca de 6% dos jovens eram obesos.
"Médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde estão excepcionalmente bem posicionadas para informar e motivar os americanos sobre a importância da boa nutrição e da prática de atividades físicas", diz Donna E. Shalala, presidente da Universidade de Miami e ex-secretária do Departamento de Saúde e Serviços Humanos. "Recomendamos que todas as formas de educação médica incorporem como parte do currículo treinamentos sobre nutrição e atividades físicas", conclui a pesquisadora que ajudou a escrever o relatório.
Fonte: I Saúde, EUA querem reforçar conteúdo de Nutrição e Edução Física nos cursos de medicina. Este é mais um capítulo da luta dos norte-americanos contra a crescente onda de obesidade que assola o país. Acesso em 22/06/2012.
CURSOS DE MEDICINA DOS EUA QUEREM REFORÇAR CONHECIMENTO NAS ÁREAS DE NUTRIÇÃO E EDUCAÇÃO FÍSICA.
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ALIMENTO, NUTRIENTE E ANTIOXIDANTE
sexta-feira, 22 de junho de 2012
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1 comentários:
Pois ainda falta criarem um curso paralelo ao de Medicina. Historicamente Medicina foi criada para cuidar de doenças, e é fantástico o que se faz!
Mas falta um curso para a SAÚDE, em que se preparem profissionais para a manutenção e promoção da saúde, individual e coletiva.
No Brasil, especialmente, não dá para que a Saúde Pública continue nas mãos dos médicos (nem mesmo dos "sanitaristas"); eles são maravilhosos, mas não têm foco na saúde.
Aliás, uma pergunta: todos já ouvimos falar de médicos que foram processados e até presos por fazerem a ligadura de trompas, mas alguém conhece algum caso em que o Ministério Público tenha processado um Secretário de Saúde por não implementar políticas públicas efetivas e eficientes de Planejamento Familiar?
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