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RESPIRAÇÃO ADEQUADA: ESSENCIAL À BOA SAÚDE.

sábado, 2 de junho de 2012

Inúmeras pesquisas atestam os benefícios de respirar de forma consciente: não só físicos, mas sobretudo mentais. Técnicas respiratórias reduzem o estresse, diminuem a formação de radicais livres, além de promover assertividade e tranquilidade para a mente.
O que é o estresse? Fica muito fácil identificar quando ele está presente, seja nas palavras de um executivo, seja nos gestos de um motorista no trânsito ou mesmo em casa, quando os ânimos se agitam. Entre os sintomas, estão cansaço, irritação, dificuldade de concentração e a sensação de estar sem energia. Mas como combatemos esse mal que já foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o mal do século?

“O estresse nada mais é do que a mente em movimento constante, flutuando entre o passado, que nos traz sentimentos como tristeza, culpa, arrependimento, e o futuro, que nos causa ansiedade, angústia e medo. Um estado negativo da mente, somado a um descuido nosso em relação às nossas principais fontes de energia – a alimentação, o sono e a respiração – é o que provoca este estado de estresse”, afirma a psicóloga Cristina Armelin, coordenadora nacional da
Fundação Arte de Viver, que ensina técnicas de respiração, meditação e ioga para uma vida mais saudável.

A organização não governamental, que tem como fundador o líder espiritual indiano Sri Sri Ravi Shankar e está espalhada em mais de 150 países, é categórica em afirmar que a solução para uma sociedade livre de estresse e violência está em nós mesmos, indo além: está no poder da nossa respiração. “Quando realizada de modo consciente, a respiração ajuda a amenizar o estresse cotidiano, eliminando as toxinas do nosso organismo”, completa Cristina.

Ela está certa. Inúmeras pesquisas atestam os benefícios de fazer exercícios respiratórios de forma consciente: não só físicos, mas sobretudo mentais.

“A gama de pesquisas que encontramos hoje em técnicas respiratórias e seus efeitos na fisiologia humana é bem extensa”, afirma o Dr. Cesar Deveza, especialista em Homeopatia e Medicina Clássica Indiana, pesquisador de técnicas de respiração do Laboratório de Fisiologia e Sono, do Incor e do PROSER – Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Fisicamente, quem pratica a respiração consciente reduz o estresse, diminui a taxa metabólica e a formação de radicais livres, considerados hoje os grandes vilões do envelhecimento precoce e da degeneração celular. Técnicas respiratórias também melhoram o rendimento respiratório, fornecendo mais oxigênio com menor consumo de energia, além de promover mais estabilidade, assertividade e tranquilidade para a mente.

O trio do bem-estar: ioga, respiração e meditação
“No Incor, participamos de uma pesquisa com a técnica respiratória ‘Bhastrika’ [exercício respiratório presente em várias linhas de ioga] com idosos e observamos uma grande melhora no equilíbrio simpatovagal desses pacientes, o que significa que esses indivíduos desenvolveram uma maior adaptação e melhor resposta de variabilidade de frequência cardíaca frente ao estresse, além de aumentar sua capacidade respiratória”, afirma o médico, citando apenas um dos exemplos clínicos.

Técnicas de relaxamento, embora existissem na ioga há milhares de anos, só começaram a ser estudadas no ocidente com os trabalhos de Jacobson (relaxamento progressivo – 1929) e de Schultz (relaxamento autógeno – 1932). Porém, um trabalho que pode ser considerado pioneiro, e que inaugurou as linhas de pesquisa em relaxamento, ioga e meditação em renomados centros de pesquisa, foi a tese de doutorado de Herbert Benson, da Universidade de Harvard, em 1974, e que abriu as portas para pesquisas institucionais nessa área.

Hoje, grandes universidades, como Harvard, Princeton e a Universidade da Califórnia, entre outras, já fundaram centros de pesquisa em técnicas de ioga.

Ver para crer
Pela Fundação Arte de Viver, o advogado Renato Oliveira ensina técnicas de ioga, respiração e meditação voluntariamente em um Centro de Acolhida para moradores de rua na Barra Funda, em São Paulo, tanto para os frequentadores do espaço como para os funcionários. Um dia, depois das práticas em grupo que acontecem semanalmente, ouviu de um usuário de drogas que “parecia que algo havia despertado dentro dele, já que aquilo tudo fazia muito sentido”.

Na mesma linha de atuação, o
Projeto YAM oferece aos internos da Fundação Casa e a seus funcionários o contato com os princípios e as práticas da ioga, aumentando as possibilidades de desenvolvimento do potencial humano desses jovens.

Na Índia, o Complexo Penitenciário de Tihar, em Nova Délhi, criou um programa de meditação voluntária com práticas de silêncio e meditação da linha budista
Vipassana. Os presos se tornaram mais calmos, e o ambiente penitenciário, mais tranquilo: com menos incidentes violentos e menor reincidência criminal.

Fonte:
Sustentabilidade Allianz, Você sabe qual o poder da respiração? Acesso em 02/06/2012.

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