Lucrar fazendo com que crianças tornem-se viciadas em alimentos com baixo valor nutricional e densamente calóricos é uma atitude questionável e perigosa à saúde infantil. Como sabemos, a taxa de sobrepeso e obesidade está em crescente número. Se as empresas vendessem banana, maçã, brócolis ninguém estaria tão preocupado, entretanto, a publicidade e propaganda de alimentos ricos em açúcares como achocolatados, refrigerantes, balas, além de fast food, salgadinhos, sucos artificiais, sorvetes, prende a atenção, estimula ao consumo e ao baixo discernimento nas escolhas alimentares, já que o público infantil é mais vulnerável. Vários estudos têm demostrado que anúncios na televisão só tem levado as crianças e adolescentes à consumirem muito além do que necessitam. As abordagens de consumir com moderação, em pequenas porções, sob orientação, muitas vezes passam despercebidas.
E quanto as grandes marcas, principalmente de bebidas ricas em açúcares que aparecem em filmes classificados para crianças e adolescentes? Não há dúvida que aquele ou outro personagem/ator que consume certos alimentos e bebidas, aquela ou outra imagem, influenciam de maneira direta sobre os hábitos alimentares, até hoje podemos ver adultos que ainda ingerem diariamente sua Coca-Cola, um detalhe: não pode ser light, nem diet, tem que ser "original". Um hábito que vem desde a infância.
Dados levantados pelo projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, 2010, mostrou que sete em cada dez pais são influenciados pelos filhos de 3 a 11 anos na hora de fazer compras e o maior estímulo aos pedidos vem da propaganda, ainda, 73% dos pais acreditam que deveria haver restrições ao marketing e propaganda que são voltadas ao público infantil.
Dados revelados pelo Ministério da Saúde em 2008 mostrou que 72% total dos anúncios televisivos eram de alimentos ricos em gorduras, sal e açúcares, com maior frequência entre 14h30min e 18h30min.
Um estudo com 548 estudantes em Boston, divulgado em 2006 em edição do The Archives of Pediatric and Adolescent Medicine, mostrou que para cada hora adicional em frente a televisão, havia um consumo extra em média de 167 calorias. Ainda não tenho dados de artigos recentes sobre o assunto, mas certamente a média de calorias aumentou.
Por Greice Caroline Baggio.
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