A crescente onda de produtos orgânicos e biodinâmicos ganha espaço também no setor do vinho. Durante evento na Fecomercio de São Paulo, produtores defenderam processos de produção mais naturais que não comprometem o solo, elevam a qualidade da bebida e resultam em produtos que agradam aos consumidores."A preocupação atual de quem compra vinho é com a saúde e a qualidade do produto", afirma o produtor francês e importador no Brasil de vinhos biodinâmicos Geoffroy De La Croix. Ele diz que as vinícolas da Europa utilizam cerca de 30 mil produtos químicos diferentes, o que vem preocupando os consumidores. "Aí entra a questão de que você é o que você bebe." Para ser considerado orgânico, o vinho não pode ter adição de produtos químicos em seu processo de produção. O cultivo da uva deve ser feito utilizando apenas substâncias naturais, reduzindo o impacto no meio ambiente e no organismo de quem ingere a bebida.
Já os biodinâmicos, além de serem orgânicos melhoram o equilíbrio entre todos os organismos do local. Utilizam técnicas que valorizam o solo, as plantas e o aumento da atividade biológica. Esse mercado ainda é recente e pequeno. Segundo Goeffrey, atualmente, a produção orgânica e biodinâmica de vinho movimenta cerca de US$ 60 bilhões por ano. Em 2011 representou apenas 5% da produção mundial da bebida.Mesmo assim, Geoffrey considera que o crescimento da produção tem sido grande. De 2010 para 2011 houve um aumento de 15% na produção do vinho orgânico. E, segundo ele, a tendência é crescer cada vez mais. "Nesse setor, sustentabilidade não é uma questão de marketing, pois melhora o jeito de produzir e não mata o solo que será utilizado nas próximas safras."
"Nessa atividade, o natural e o sustentável estão em favor da qualidade", diz o enólogo e proprietário da vinícola Família Zuccardi, José Alberto Zuccardi. Para atender a essa nova demanda do mercado, os fabricantes têm de mudar a maneira de produzir. E isso leva tempo. A transição de um cultivo comum para o orgânico leva cerca de três anos. Por isso, para ele, o vinho é um setor de tradição, mas também de inovação."O vinho é consumido de uma maneira diferente de outras bebidas. O consumidor busca algo natural, quer saber a procedência do produto. A industrialização é vista como algo ruim", explica Zuccardi.
Mercado brasileiro
No Brasil, a produção desses tipos de vinho ainda é muito pequena. De acordo com o coordenador do Comitê do Vinho da Fecomercio de São Paulo, Didú Russo, são poucos os produtores orgânicos certificados no País e há apenas um pequeno produtor de vinho biodinâmico brasileiro."A indústria brasileira de vinho foi desenvolvida à parte disso. Ela é baseada em tecnologia e produção em larga escala. A mudança virá, mas será lenta", afirma Russo. Para ele, um fator que complica ainda mais essa transição é a falta de incentivo e burocracia imposta pelo governo.O dirigente diz ainda que os consumidores brasileiros estão começando a pedir produtos mais puros e naturais. Principalmente os jovens que, segundo ele, vêm sendo um mercado em ascensão.
Mercado brasileiro
No Brasil, a produção desses tipos de vinho ainda é muito pequena. De acordo com o coordenador do Comitê do Vinho da Fecomercio de São Paulo, Didú Russo, são poucos os produtores orgânicos certificados no País e há apenas um pequeno produtor de vinho biodinâmico brasileiro."A indústria brasileira de vinho foi desenvolvida à parte disso. Ela é baseada em tecnologia e produção em larga escala. A mudança virá, mas será lenta", afirma Russo. Para ele, um fator que complica ainda mais essa transição é a falta de incentivo e burocracia imposta pelo governo.O dirigente diz ainda que os consumidores brasileiros estão começando a pedir produtos mais puros e naturais. Principalmente os jovens que, segundo ele, vêm sendo um mercado em ascensão.
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