De nascença, as únicas coisas que podem tornar alguém propenso à obesidade são a presença de maior número de células adiposas no corpo e o sexo. Isso porque é nas células adiposas que ficam depositadas as gorduras que comemos (quem as tem em maior quantidade acumula mais gordura) e porque a mulher tende a engordar mais que o homem (o homem, quando se exercita ou, mesmo, em repouso, consome mais calorias que a mulher). Fora isso, inúmeros outros fatores agregam-se para atuar relativamente ao acúmulo de gordura no corpo.
Geneticamente falando, mesmo sendo provado que em 70% dos casos de obesidade as pessoas têm pai ou mãe obesos, principalmente a mãe, não existe, propriamente, um “gene da gordura”. Já a forma como fomos tratados na infância, a educação alimentar que recebemos, a formação da nossa auto-estima, assim como a identificação com pai ou mãe obesos constituem fatores psicológicos que podem fortalecer a propensão à obesidade. A comida é apenas um entre os diversos fatores envolvidos na obesidade e dietas de restrição alimentar sozinhas não funcionam para emagrecer. Contudo, a proporção correta de proteínas, carboidratos e gorduras é fundamental para a boa saúde.
A boa alimentação deve conter pouca gordura (cerca de 20% de calorias), ser moderada em proteínas e carboidratos complexos, e rica em fibras, vitaminas e minerais. O estresse, assim como a tensão e a ansiedade, podem provocar compulsão por doces, massas e todo tipo de carboidratos. Um conselho para enfrentar esse problema é relaxar antes de qualquer refeição, nem que seja por alguns segundos, pois isso ajuda o corpo a absorver os alimentos de um modo mais equilibrado e saudável. A falta de atividade física regular também interfere no aumento de peso, pois exercícios queimam calorias e evitam que os excessos fiquem estocados sob a forma de gordura. Algumas das atividades físicas mais recomendáveis são andar, a pé ou de bicicleta, nadar, dançar, brincar com crianças, pular corda, fazer jardinagem, praticar esportes ou artes marciais.
A ginástica, isoladamente, não faz emagrecer, mas responde pela firmeza dos músculos, deixando o corpo mais saudável e resistente. Para controlar ou combater a obesidade é importante prestar atenção a todos esses fatores; porém, existe um fator que os antecede e que poucas pessoas conhecem, que é a imagem mental que temos do nosso corpo. Isso fundamenta-se no princípio de que tudo o que se manifesta fisicamente existiu, antes, como idéia, até mesmo o nosso corpo.
O nosso corpo é moldado a partir de um protótipo mental. Ele se torna o que fazemos dele mentalmente, pois os processos cerebrais reguladores de todas as funções corporais podem ser alterados pelo cérebro. Logo, moldando-se na mente uma imagem corporal de pessoa magra, a tendência é o corpo emagrecer e manifestar a forma magra de dentro para fora, adaptando-se ao protótipo mental. E o principal: sem muito esforço e de forma duradoura. Considere esta idéia: exercícios mentais, atuando concretamente sobre os processos reguladores do cérebro, podem ser o complemento que vai fazer a diferença no seu programa de atividade física e/ou dieta alimentar.
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