Conhecer o nosso corpo parece algo chato e complicado, mas necessário, por quem pratica atividades físicas ou esportivas. Todos já perceberam que o inimigo da saúde é a falta de exercícios. Ou seja, o sedentarismo, que se caracteriza pela falta de movimentação, além daquela que fazemos para nos mantermos vivos.
Outra discussão dos especialistas é sobre o limite que podemos atingir sem correr riscos após um tratamento. Usando a longa experiência, como médico do esporte e cardiologista e com parceria dos fisiologistas, estudos em vários tipos de atletas, de inúmeras modalidades esportivas nos levaram a formar algumas conclusões.
Avaliação médica antes é primordial para quem vai começar a fazer exercícios regulares (Foto: Getty Images)
A característica genética que cada um traz, define desde a capacidade técnica e física, mas também como irão evoluir as lesões do aparelho locomotor e as doenças cardiovasculares, sejam adquiridas no esporte ou pré-existentes no atleta. Isso faz a diferença. Uns estão recuperados em dias e em outros leva semanas e muitas vezes ainda não fica totalmente resolvida. A conduta depende da experiência do profissional da saúde.
Um jogador de futebol chega ser chamado de “chinelinho” quando na verdade pode não estar curado. Doenças cardíacas que se curam em até seis meses em alguns atletas levam quase dois anos. Chegam ser cortados em definitivo do esporte pela demora do resultado de cura. O que é um absurdo!
Por isso que a experiência do médico é fundamental. Não adianta ser associado de alguma importante sociedade médica, fato para o qual não se exige nenhum outro requisito de especialização formal, apenas deve ser médico em atividade regular. O especialista é o médico que fez provas de conhecimento científico num concurso, para ter esse título.
Recentemente a Clínica Integrada de Medicina do Esporte e do Exercício do HCor - Hospital do Coração - novamente avaliou cerca de 110 futebolistas profissionais de clubes como Santos e São Paulo e, pela primeira vez, um time do exterior (China) dirigido pelo fisiologista Claudio Pavanelli e o técnico Vanderlei Luxemburgo.
Nas entrevistas dos chineses soubemos que lá muito pouco se faz do ponto de vista cuidados médicos e fisiológicos, apesar de sucesso da frequência de torcida aos jogos (estádios da segunda divisão com 40 mil lugares). O proprietário e dirigentes vieram para o Brasil com projeto de só utilizar profissionais experientes no esporte, nas várias áreas de um time esportivo profissional.
Que sirva de alerta aos nossos leitores esse fato, pois o que vemos hoje em dia são médicos sem formação especializada na medicina do esporte, ex-atletas que viraram palpiteiros curiosos em fisiologia, coach fitness, ou seja conselheiros “de araque” em treinamento físico, e outros badulaques que divulgam e discutem técnicas de treino da cabeça deles, tratamentos não aceitos nem regulamentados no Brasil. E pior: informações erradas que prejudicam quem neles acredita.
Fonte: Eu Atleta.
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