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A CHLORELLA É UM ALIMENTO EFICAZ?

quinta-feira, 24 de março de 2016
Há mais de 2,5 bilhões de anos existe uma alga microscópica de água doce, a Chlorella pyrenoidosa. Essa alga é uma planta clorofilada, que converte elementos químicos inorgânicos em matéria orgânica, usando energia luminosa pelo processo da fotossíntese. Os cientistas que estudam a crosta terrestre creditam a essa alga a limpeza dos gases tóxicos que envolviam o planeta nas eras iniciais dos tempos, permitindo que a vida se desenvolvesse por aqui.

O que essa pequeníssima alga tem de tão especial? Essa foi a minha questão, quando me iniciei nos estudos da nutrologia, que é uma especialidade médica que usa os nutrientes como medicamentos. De lá até hoje, mais de 20 anos, acompanhei de longe o aparecimento de diversas marcas no país, e com muita tristeza encontrei produtos a base de chlorella de todo tipo, inclusive com metais pesados, conservantes, anti-umectantes, misturados com extrato de espinafre, e assim por diante. Esse é o problema com os produtos ditos “naturais”, e essa é a principal razão de eu ser tão criteriosa com as indicações que faço para meus pacientes. É indispensável saber o que ingerir, de onde vem, como é produzido, como é armazenado, como é transportado, e outras questões que vão garantir a qualidade do que vamos engolir!

Fiquei muito interessada quando, no ano de 2012, me apresentaram uma empresa que estava importando para o Brasil um produto com 100% de chlorella compactada em comprimidos de 200 mg. Mas, o mais importante, tive acesso a documentação comprovando o controle de qualidade, com uma tecnologia de ponta para a quebra da parede da alga, usada para aumentar sua digestibilidade, garantindo que a degradação da clorofila fique em níveis baixíssimos, com a dosagem do “pheophorbide”(produto de degradação da clorofila) abaixo de 20 mg por 100 g de chlorella. Esses níveis são muito rigorosos no Japão, e lá eles aceitam como excelente uma chlorella que tenha o “pheophorbide” em 60 mg/100 g, e não permitem a comercialização se for acima de 80 mg/100 g. A partir dessas informações, iniciei minha experiência própria, da minha família e de meus pacientes com o uso da chlorella como suplemento alimentar. Não sem antes fazer uma revisão completa da literatura mundial. Com certeza estudei muito essa alga minúscula, a ponto de já achar que posso escrever um livro! Quem sabe?

Se fizermos uma busca na internet, teremos 4.960.000 resultados; se buscarmos trabalhos científicos, teremos mais de 122.000 publicados em revistas e jornais científicos qualificados. Portanto, estamos diante de um alimento extremamente dissecado aos olhos da ciência! E só encontramos benefícios. Portanto, me sinto hoje habilitada a escrever de forma exclusivamente informativa sobre a chlorella.

Como alimento, a chlorella tem mais de 50% de sua composição em proteínas, incluindo todos os aminoácidos essenciais. Tem em torno de 20% de carboidratos complexos (do bem) e muita fibra, solúvel e insolúvel. Quanto aos micronutrientes, apresenta todas as vitaminas do complexo B, em quantidades suficientes para ação nutracêutica, de betacaroteno, incluindo luteína e astaxantina, bem como as vitaminas C, D, E e K; ácidos graxos insaturados e poliinsaturados; minerais como cálcio, ferro, fósforo, iodo, zinco, potássio, magnésio e germânio. E apresenta a maior concentração de clorofila entre as plantas conhecidas no nosso planeta. Com essas informações nutricionais, entendemos as mais variadas aplicações desse suplemento. Começando com a melhora da função intestinal, da microbiota da parede do intestino, auxiliando a diminuir as inflamações da parede e o aumento da permeabilidade, quando houver.

Com o aumento da ingesta de nutrientes importantes e com a melhora da parede intestinal, a absorção vai ficar restaurada, criando condições mais saudáveis; exemplo: com o uso continuado, teremos a implementação nutricional, levando a restaurar padrões funcionais em geral, equilibrando o metabolismo, ajudando a modular órgãos como o pâncreas e a tireoide, comumente desregulados na síndrome metabólica, que causa aumento da gordura abdominal bem como do colesterol, triglicerídeos e pressão alta, ainda sobrepeso e obesidade.

Mas o mais surpreendente é a sua composição de “growth factor”, conhecido como chlorella growth factor: CGF. Esse fator de crescimento é complexo, formado de peptídeos, polissacarídeos e ácidos nucleicos, assim como adenosina e citosina nucleotídicas, matéria-prima para reconstrução das cadeias de DNA e RNA. A chlorella tem a maior concentração de ácidos nucleicos de todos os alimentos existentes. Essa informação leva muitos pesquisadores a afirmarem que pode haver retardo do envelhecimento celular com sua suplementação. De acordo com trabalhos feitos em cobaias e descritos na Revista Americana Naturalista Health World, na sua edição especial de 1990, quando as cobaias de laboratório eram alimentadas com chlorella, seu tempo de vida era aumentado em mais de 30%. A outra importante atuação do CGF é sua capacidade de estimular o sistema imunológico, através da estimulação da produção do interferon endógeno, e ativação dos leucóciotos T, leucócitos B e macrófagos. Além disso, esse suplemento faz a modulação do TNF, ou seja, o fator de necrose tumoral, que além de proteger o organismo de células tumorais, ainda promove o crescimento dos fibroblastos.

Nem precisamos explicar o quanto isso é benéfico, pois aumenta a produção de colágeno, diminui a flacidez, modula as cicatrizações, diminui as estrias e assim por diante, sem falar que pode ajudar a recompor articulações e ossos, desde que a nutrição seja feita por longo prazo, associada a hábitos saudáveis de vida e exercícios físicos regulares. Fontes: Dr. Bernard Jensen no livro “Chlorella: a jóia do oriente” e Dr. David Steenblock “Chlorella: alga medicinal natural”.

Mas, o melhor vem sempre no final, a chlorella por ser rica em clorofila, é altamente alcalinizante! Hoje sabemos que as doenças degenerativas, as doenças auto-imunes, o envelhecimento patológico e o câncer acontecem em terrenos biológicos muito ácidos. Desde 1931, a tese que levou o Dr. Otto Warburg a ganhar o Prêmio Nobel de Medicina, declara que o câncer é uma doença que aparece quando o tecido está ácido e pouco oxigenado. E esse médico brilhante fez seus estudos de alcalinização com culturas de chlorella.

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