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PESQUISA COMPROVA AÇÃO ANTIENVELHECIMENTO DE COMPOSTO ENCONTRADO NO VINHO.

sexta-feira, 8 de março de 2013
Cientistas da Harvard Medical School, nos EUA, demonstraram provas conclusivas de que o resveratrol, composto presente no vinho tinto, ativa uma proteína que promove a saúde e a longevidade em modelos animais.
 
A pesquisa sugere que compostos farmacêuticos semelhantes ao resveratrol podem tratar e prevenir doenças relacionadas ao envelhecimento em seres humanos.
Os resultados foram publicados na revista Science.
 
Durante a última década, pesquisas têm cada vez mais focado em sirtuínas, grupo de genes capazes de proteger muitos organismos, incluindo mamíferos, contra doenças do envelhecimento. Evidências crescentes demonstram que o resveratrol, substância encontrada nas uvas, bem como amendoins e frutos, aumenta a atividade de uma sirtuína específica, a SIRT1, que protege o corpo contra doenças acelerando a mitocôndria, bateria celular que decai lentamente à medida que envelhecemos. Ao recarregar as baterias, SIRT1 pode ter efeitos profundos na saúde.

Os pesquisadores mostraram que ratos recebendo resveratrol tem o dobro de resistência e são relativamente imunes a efeitos da obesidade e envelhecimento. Em experimentos com leveduras, nematoides, abelhas, moscas e ratos, o tempo de vida foi prolongado.

"Na história da indústria farmacêutica, nunca houve uma droga que se liga a uma proteína para torná-la mais acelerada da mesma forma que o resveratrol ativa SIRT1. Quase todas as drogas ou retardam ou bloqueiam a sirtuína", afirma o autor sênior da pesquisa David Sinclair.
Em 2006, Sinclair e seus colegas mostraram que o resveratrol pode prolongar o tempo de vida de ratos. No entanto, enquanto inúmeros estudos destacaram um nexo de causalidade direto entre resveratrol e SIRT1, alguns cientistas afirmavam que eles eram falhos. Outras pesquisas sugeriram que a ativação da sirtuína pelo resveratrol era experimental, que existia no laboratório, mas não em um animal real.
 
Como resultado, um debate foi criado sobre a via particular que os compostos do resveratrol e seus semelhantes afetam. O resveratrol diretamente ativa SIRT1 ou o efeito é indireto?
Para resolver esta questão, Sinclair e seus colegas descobriram uma assinatura para a ativação que é encontrada na célula e não requer a adição de outros grupos sintéticos para ocorrer.
Em seguida, a equipe testou aproximadamente 2 mil mutantes do gene SIRT1, identificando um mutante que bloqueou completamente o efeito do resveratrol. A mutação específica resultou na substituição de um único resíduo de aminoácido, dos 747 que compõem SIRT1. Os pesquisadores também testaram centenas de outras moléculas, muitas das quais são mais poderosas que o resveratrol, contra este SIRT1 mutante. Todos falharam em ativá-la.
 
Os autores propõem um modelo de como o resveratrol funciona: quando a molécula se liga, um ponto vital é ativado e SIRT1 se torna hiperativa.
 
Embora esses experimentos tenham ocorrido em um tubo de ensaio, uma vez que os pesquisadores identificaram a localização precisa do pedal do acelerador em SIRT1 e como quebrá-lo, eles puderam testar suas ideias em uma célula.
 
Eles substituíram o gene SIRT1 normal em células de músculo e da pele com o mutante sem o acelerador. Agora eles podiam testar com precisão se o resveratrol e as drogas trabalham para ativar SIRT1 ou outras proteínas em uma célula.
 
Enquanto o resveratrol e os fármacos testados aceleraram a mitocôndria em células normais (efeito causado pela ativação de SIRT1), as células mutantes eram completamente imunes.
 
"Não há outra explicação racional senão que o resveratrol ativa diretamente a SIRT1 nas células. Agora que sabemos a localização exata de SIRT1 e como o resveratrol funciona, podemos projetar moléculas ainda melhores capazes de desencadear os efeitos do composto de forma mais precisa e eficaz", conclui Sinclair.
 
Fonte: I Saúde, Pesquisa comprova ação antienvelhecimento de composto do vinho tinto. Dados sugerem que drogas semelhantes ao resveratrol podem tratar e prevenir doenças ligadas ao envelhecimento em humanos. Acesso em 08/03/2013.

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