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NARCOLEPSIA.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
A pessoa com narcolepsia pode apresentar vários episódios
de sono irresistível durante o dia. Se tiver a oportunidade
de tirar um cochilo quando isso acontecer, provavelmente
acordará mais disposta, porque
esses cochilos costumam ser reparadores.

Narcolepsia é um distúrbio do sono caracterizado por sonolência excessiva durante o dia, mesmo quando a pessoa dormiu bem à noite. Os ataques de sono podem ocorrer a qualquer momento e em situações inusitadas: em pé dentro de um ônibus, durante a consulta médica, dirigindo o automóvel, ou operando máquinas, por exemplo.

O sono normal começa com o desligamento do controle muscular. Nessa fase, é um sono de ondas lentas. Cerca de hora e meia depois, a pessoa entra na fase do sono REM, na qual a atividade do cérebro é intensa e os olhos se movimentam. Os portadores de narcolepsia saltam a etapa do sono de ondas lentas e entram direto, subitamente, na de sono REM.

Causas
Fatores genéticos estão envolvidos na narcolepsia, que é causada por alteração no equilíbrio existente entre algumas substâncias químicas (neurotransmissores) do cérebro, responsáveis pelo aparecimento do sono REM em horas inadequadas.

Em geral, o distúrbio está associado a um alelo ligado ao complexo maior de histocompatibilidade, ou seja, a uma proteína relacionada com a sonolência excessiva durante o dia. Em cães, o gene responsável pela narcolepsia já foi isolado.

Pancreatite é uma inflamação do pâncreas, que pode ser aguda ou crônica. O consumo de álcool está diretamente associado à maioria dos casos da doença.

A cataplexia, isto é, a perda súbita e reversível da força muscular durante a vigília, é o único sintoma exclusivo da narcolepsia. Os outros são: sonolência diurna excessiva, anormalidades do sono REM, paralisia muscular e alucinações hipnagógicas.

Diagnóstico
A polissonografia e o teste de latências múltiplas são dois exames de laboratório importantes que ajudam a estabelecer o diagnóstico da narcolepsia, que é diferencial, porque considera as características de outros distúrbios do sono, como a apneia e a insônia, por exemplo.

Tratamento
A pessoa com narcolepsia pode apresentar vários episódios de sono irresistível durante o dia. Se tiver a oportunidade de tirar um cochilo quando isso acontecer, provavelmente acordará mais disposta, porque esses cochilos costumam ser reparadores.

Os tratamentos da sonolência excessiva e da cataplexia são diferentes, mas os remédios indicados para um caso podem melhorar também o outro.

Uma substância nova chamada motofanil, além da vantagem de não provocar efeitos colaterais importantes sobre o sistema cardiovascular, tem-se mostrado eficaz para deixar a pessoa mais alerta. Já os antidepressivos agem melhor sobre a cataplexia. Às vezes, a solução terapêutica é combinar doses menores das duas classes de medicamentos (estimulantes e antidepressivos).

Recomendações
* Procure organizar sua agenda para tirar um breve cochilo, que é sempre reparador, nas crises súbitas de sono que ocorrem nos casos de narcolepsia;
* Esteja atento: a fraqueza muscular (cataplexia) pode ser desencadeada, quando a pessoa leva um susto ou acha graça em alguma coisa e dá risada;
* Lembre-se de que tratar a narcolepsia é importante para afastar o rótulo de preguiçoso e dorminhoco que incomoda tanto os portadores do distúrbio;
* Saiba que a narcolepsia não é uma doença grave, mas pode pôr em risco a vida das pessoas que dirigem carros ou operam máquinas;
* Evite ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias que induzem o sono, pois só ajudam a piorar o quadro.

Fonte: Drauzio Varella, Narcolepsia. Acesso em 25/01/2012.

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