As principais fontes de energia durante o exercício são os carboidratos e as gorduras, estas possuem capacidade de armazenar energia duas vezes mais que os carboidratos e as proteínas (9kcal/g em relação a 4kcal/g cada).
Em exercícios de média intensidade e longa duração, as gorduras podem fornecer 50% ou mais das necessidades energéticas.
A molécula de gordura possui os mesmos elementos estruturais da molécula de carboidratos: carbono, hidrogênio e oxigênio. Porém, a relação entre hidrogênio e oxigênio é bem maior. As gorduras podem ser classificadas em três grupos: simples, compostas e derivadas.
O fígado é o principal órgão metabolizante das gorduras, consequentemente, grande parte deste macronutriente é transportado (através dos quilomícrons) e armazenado nesse órgão. A recomendação de gordura na dieta, inclusive para atletas que praticam exercícios de média intensidade e longa duração, é de 20 a 25% do valor calórico total diário. Não é porque esta vai ser utilizada em maior escala, que precisa ser consumida em maior quantidade. O processo da utilização da gordura como energia é realizado da seguinte forma:
O primeiro passo é sua hidrólise (quebra) em ácidos graxos e glicerol. Esses subprodutos são transportados para os tecidos ativos. O glicerol sofre transformações e é imediatamente aproveitado como fonte energética. Já os ácidos graxos sofrem primeiro degradação dentro das células, na estrutura geradora de energia: a mitocôndria. Em um processo denominado beta-oxidação, as moléculas de ácidos graxos são transformadas em Acetil-CoA, em geral de 6 a 10 moléculas, que em seguida são transformadas em energia no ciclo de Krebs.
A ocorrência da fadiga em exercícios prolongados (mais de 60-90 minutos de duração) associa-se à depleção das reservas de carboidrato, na forma de glicogênio, no músculo e no fígado. Deve-se, portanto, preservar (poupar) carboidrato durante o exercício, e esta economia é feita através da utilização das gorduras, pois quanto maior for (ou quanto mais tempo durar) o estoque de carboidrato, maior será o período que o indivíduo permanecerá na atividade física.
Referências
Bacaruau, Reury Frank. Nutrição e suplementação esportiva. Guarulhos,SP: Phorte Editora, 2000.
GHORAYEB, N., BARROS, T. O Exercício - Preparação fisiológica, avaliação médica. Aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheneu, 1999.
KATCH, F.I.,MCARDLE,W.D. Nutrição, Exercício e Saúde. 4 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1996.
McARDLE, W.D. et al. Fisiologia do exercício - Energia, Nutrição e Desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999
PITANGA,F.J.G. Níveis de prática de atividade física e sua influência sobre o perfil lipídico em indivíduos de ambos os sexos. Revista brasileira de atividade física e saúde. Volume 5. Número 1. P.45-53. 2000
Fonte: RG Nutri
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