Muitos casais planejam e lutam para se tornarem pais. Estima-se que 15% da população em idade reprodutiva tenham problemas para alcançar esse objetivo. A dificuldade de engravidar pode ser causada por diversos fatores, que envolvem a saúde do homem e da mulher, explica a Dra. Liliane Oppermann.
A nutróloga preparou uma lista de maus hábitos que podem prejudicar a fertilidade tanto do homem como da mulher e outra lista de alimentos que ajudam a fertilidade do casal.
Fatores que podem prejudicar a fertilidade
* Desequilíbrios Hormonais – O desequilíbrio hormonal é a causa mais comum de anovulação. Metade das mulheres com desequilíbrio hormonal não produzem folículos suficientes para assegurar o desenvolvimento de um óvulo. Isso pode ser causado por pouca secreção hormonal da glândula pituitária ou do hipotálamo.
* DST’s e Infecções – Doenças Sexualmente Transmissíveis, é um grupo de doenças infecciosas transmitidas principalmente através de relações sexuais que podem agredir o corpo humano nas regiões genital, anal, oral e ocular, mas, em alguns casos, podem também se estender para outros órgãos. Afetam tanto as mulheres quanto os homens. São responsáveis por 25% das causas de infertilidade: 15% para as mulheres e 10% para os homens.
* Tabaco – O tabaco contém diversas substâncias prejudiciais e tóxicas. Fumar ou mesmo inalar o fumo é prejudicial para a fertilidade não somente nas mulheres, mas nos homens também. Nas mulheres, o cigarro pode desregular o ciclo menstrual e pode afetar o sistema reprodutivo inteiro, prejudica a qualidade dos óvulos e pode levar à antecipação da menopausa, já no homem o tabaco pode causar problemas na composição do sémen.
* Álcool – O consumo do álcool afeta a infertilidade total em homens e em mulheres. Pode causar o movimento lento do esperma e às vezes mesmo diminuir a contagem de esperma.
* Estresse – Nos homens, o estresse interfere na produção de espermatozoides anormais. E nas mulheres prejudica a produção de hormônios.
* Cafeína – A cafeína em excesso provoca o aceleramento do sistema nervoso simpático, aumentando assim a ansiedade nas mulheres, que é uma grande inimiga da fertilidade.
Alimentos que combatem a infertilidade
* Vitaminas B6 – A vitamina B6 é encontrada no açúcar mascavo (melaço), vegetais de folhas verdes, carne, vísceras, gérmen de trigo, grãos integrais, fígado bovino; arroz integral, ovos, entre outros. Essa vitamina é uma grande aliada para as mulheres que pretendem engravidar. Sua deficiência pode causar desequilíbrio hormonal, síndrome pré-menstrual, acne pré-menstrual e depressão.
* Vitamina E – De acordo com a Dra. Liliane Oppermann, a Vitamina E pode melhorar a motilidade dos espermatozoides. Também pode ser indicada para prevenir o aborto, desenvolvendo uma parede do útero mais forte e uma placenta mais saudável. Alimentos fontes de Vitamina E: germe de trigo, grãos integrais, noz crua, sucos de frutas e vegetais.
* Zinco – O zinco possui importante papel no desenvolvimento do esperma saudável, além de aumentar a fertilidade feminina, especialmente quando combinado a vitamina B6. Alimentos fontes de zinco: carne de peru escura, feijões, leveduras,ostras, carne bovina, entre outros.
* Vitamina C – A Vitamina C melhora a concentração do número de espermatozoides e a motilidade, além de atuar na função ovariana e no desenvolvimento dos óvulos. Alimentos fonte de Vitamina C: laranja, limão, couve-flor, tomate, acerola, goiaba e outros.
* Selênio – A maior parte do selênio encontrado no corpo dos homens está no sêmen. Esse mineral melhora a produção de espermatozoides saudáveis. Alimentos fontes de Selênio: grãos integrais e ovos são as melhores fontes.
* Vitamina A – A deficiência dessa vitamina pode levar a degeneração e queda do número de espermatozoides. Alimentos fontes de Vitamina A: cenoura, batata-doce, ervilhas, couve-flor, espinafre, óleo de fígado de bacalhau, mamão, entre outros.
Fonte: Revista Vigor
Um em cada seis casais apresentam a condição de infertilidade durante o período de vida reprodutivo. Dentre esses casais 18-30% das mulheres, apresentam problemas de ovulação. Embora haja opções de tratamentos disponíveis, o seu alto custo e a frequência de eventos adversos tem motivado a identificação de fatores de risco modificáveis. Estudos desenvolvidos por pesquisadores de Harvard demonstram que padrões de alimentação e estilo de vida possuem papeis chave no desequilíbrio ovulatório.
Uma das principais conclusões desses estudos foi que a insulina e uma enzima ligada aos hormônios sexuais, chamada globulina, influenciam na ovulação feminina e não apenas isto, a globulina é controlada pelo aumento e queda brusca da insulina e o funcionamento destas duas substâncias sofre interferência dos alimentos consumidos.
Baseada nestes princípios foi desenvolvida a “Dieta da fertilidade” pelos pesquisadores de Harvard:
Como deve ser a alimentação conforme a “dieta da fertilidade”?
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Exemplos de alimentos
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Alimentos de baixo índice glicêmico: alimentos que não elevam tanto o açúcar do sangue e a liberação da insulina.
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Alimentos integrais como arroz, aveia, batata-doce, milho, maçã.
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Priorizar leguminosas e cereais.
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Proteínas vegetais: Leguminosas (feijão, grão-de-bico, soja, lentilha) e quinua.
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O leite integral por ser fonte de proteínas tem absorção mais gradual, não elevando tanto a insulina.
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Leite
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Alimentos sem gorduras trans: os hormônios ligados à gravidez precisam de gordura boa para funcionar adequadamente. A gordura trans além de prejudicar a fertilidade feminina, também aumenta as chances de desenvolver outras doenças.
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Gorduras boas:
Castanhas, peixes de águas frias e profundas, abacate, linhaça.
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Consumir alimentos com licopeno: é um antioxidante responsável pela cor avermelhada de alguns alimentos. Atua na regulação da produção dos hormônios dos ovários, normalizando o ciclo ovulatório.
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Alimentos ricos em licopeno: tomate, morango, caqui, melancia, goiaba vermelha, mamão papaia, pitanga.
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Consumir alimentos fontes de vitamina A e D. A vitamina A auxilia na produção de hormônio feminino; já a vitamina D ajuda na ovulação, garantindo a harmonia dos hormônios.
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Vitamina A: ovos, agrião, couve, espinafre, cenoura, manga, hortelã, laranja, abóbora.
Vitamina D: sardinha, atum, gema de ovo, frutos do mar, queijos e também não podemos nos esquecer da luz solar, 15 minutos de exposição diária basta para o corpo sintetizar a vitamina.
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Consumir vitaminas do complexo B. A vitamina B6, ajuda na regulação do açúcar no sangue, evitando picos de insulina; já a vitamina B9 (ácido fólico) previne problemas na formação do tubo neural da criança; a B12 melhora formação do endométrio, além de regular o ciclo menstrual.
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Vitamina B6: vísceras, gérmen de trigo, aveia, arroz, banana, batata, leite, aves, gema do ovo.
Vitamina B9: vegetais verde-escuros, lentilha, feijão, amêndoas.
Vitamina B12: carnes, peixes, ovo, leite, ostras.
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Alimentos ricos em vitamina C: esta vitamina desempenha papel importante na normalização da ovulação.
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Laranja, acerola, morango, abacaxi, limão, pimentão.
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Alimentos ricos em vitamina E: melhora o endométrio e o útero, aumentando a vascularização da região.
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Alface, agrião, couve, óleos vegetais, castanhas.
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Alimentos ricos em selênio e zinco: estes dois nutrientes auxiliam na produção hormonal, deixando-os em quantidades ideais para fertilidade.
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Zinco: ostras, nozes, castanhas, carne vermelha.
Selênio: salmão, castanha do Pará, arroz integral, alho, atum.
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Alimentos ricos em ferro: quando o ferro está em níveis baixos prejudica a ovulação, além disso, está relacionado ao mau desenvolvimento do feto.
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Carnes em geral, vegetais verde-escuros, leguminosas.
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Referências:
Jornal: Obstetrics and Ginecology.
Autores: Chavarro JE, Rich-Edwards JW, Rosner BA, Willet WC.
Artigo: Diet and Lifestyle in the Prevention of Ovulatory Disorder Infertility.
Ano: 2007
Jornal: Obstetrics and Ginecology.
Autores: Chavarro JE, Rich-Edwards JW, Rosner BA, Willet WC.
Artigo: Diet and Lifestyle in the Prevention of Ovulatory Disorder Infertility.
Ano: 2007
Fonte: RG Nutri
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