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AVEIA X COLESTEROL.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A aveia é um cereal pertencente ao gênero Avena, da família Gramineae e seu nome científico é Avena sativa L, herdado do latim avena. Desde 1.000 a.C. é reconhecida na Europa e Ingleterra como alimento essencial para a saúde.
 
A forma de aveia mais utilizada e comum na alimentação brasileira é a Aveia Sativa, de grão amarelado, porém são conhecidas cerca de 130 espécies de aveia.
Este alimento possuí alta qualidade nutricional, é rico em proteínas, vitaminas, amidos complexos e fibras, sendo que o farelo da aveia possui alto teor de ß-glucanas, um tipo de fibra solúvel presente em grandes quantidades no farelo de aveia. Trata-se de polissacarídeos lineares, não ramificados, compostos por unidades de glicose unidas por ligações do tipo beta 1,4 e beta 1,3 glicose. As b-glucanas são hidrossolúveis e resistentes aos processos digestivos. Além disso, têm tendência a formar soluções viscosas e géis, quando em contato com água.
 
Concentração média de b-glucanas em amostras de aveia de diferentes fases de processamento
Aveiab- glucanas (%)
Descascada5,11
Tostada4,67
Cortada5,65
Flocos5,09
Flocos finos5,54
Farinha3,74
Farelo9,51
*Coeficiente de variação
Fonte: DE SÁ; FRANCISCO; SOARES6
 
Aveia x colesterol
O colesterol é um componente essencial das membranas estruturais de todas as células e o principal componente do cérebro e células nervosas. É encontrado em altas concentrações nos tecidos glandulares e no fígado, onde é sintetizado e armazenado. O colesterol também é precursor dos hormônios esteróides, dos ácidos biliares e da vitamina D.
Apesar da importância relevante do colesterol em diversas funções orgânicas, o aumento plasmático de seus níveis tem ocasionado sérios problemas à saúde da população. As dislipidemias estão entre os mais importantes fatores de risco da doença cardiovascular aterosclerótica, integrando o conjunto das doenças crônico-degenerativas com história natural prolongada.
Entre as lipoproteínas - frações do colesterol total, estão a LDL (Low Density Lipoprotein), de baixa densidade, apontada como uma das mais importantes constituintes da composição do ateroma. Por outro lado, a HDL (High Density Lipoprotein), de alta densidade, tem um efeito reverso do colesterol, diminuindo ou estagnando a formação da placa.
Uma dieta rica em fibras tem sido claramente associada à diminuição do risco de mortalidade por doenças cardiovasculares, independente do consumo energético, de gordura ou outros fatores que afetem a dieta.
 
A aveia, em função da ação das ß-glucanas, tem sido largamente estudada como agente hipocolesterolemiante. Estudos com farelo de aveia demonstram forte ação na redução dos níveis séricos de colesterol. Este efeito pode ser atribuído à absorção de ácidos biliares após sua desconjugação pelas bactérias intestinais, sendo excretado pelas fezes, diminuindo o pool de ácidos biliares no ciclo entero-hepático, ou pelos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), produzidos pela degradação bacteriana das fibras no cólon, os quais, também inibiriam a síntese de colesterol hepático e incrementariam a depuração de LDL12.
 
Em 1997, o FDA - Foods and Drugs Administration, importante órgão regulamentador de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, após uma rigorosa avaliação de estudos clínicos e epidemiológicos, reconheceu a eficiência da ingestão de diária de 3 gramas de fibras solúveis na redução dos riscos de doenças coronarianas. Com isso, autorizou o uso de mensagens sobre benefícios de redução do colesterol nas embalagens de farelo de aveia.

REFERÊNCIAS:
Rodrigues et al. Monografia Quaker - Aveia, 2003.
 
Fonte: RG Nutri, acesso em 25/11/2013.

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