Um painel de especialistas em nutrição montado pelo governo norte-americano divulgou seu relatório de mais de 500 páginas com orientações para fundamentar a ação dos órgãos federais encarregados de traçar as diretrizes alimentares do país.
Entre as recomendações tradicionais para comer mais frutas, legumes e cereais integrais, e menos gordura, sal e açúcar, uma nova recomendação surgiu firme: a população deveria comer menos carne.
Proteína demais
Os especialistas consideram que a população está ingerindo proteínas em excesso e, além disso, deveria levar em conta o meio ambiente no momento de decidir o que comer e o que não comer.
"A evidência atual mostra que a dieta média dos EUA tem um grande impacto ambiental em termos de aumento de emissões [de gases de efeito estufa], uso da terra, uso da água e uso de energia," diz o relatório. "Isto ocorre porque a ingestão de alimentos de origem animal da população atual é elevada e a ingestão de alimentos à base de plantas é baixa."
O texto prossegue para concluir que a população deve adotar uma dieta que seja "mais intensiva em alimentos de origem vegetal" e "menos intensiva em alimentos de origem animal".
Em termos mais simples: a população deve comer menos carne, recomendam os especialistas.
Nutrição animal
O que mais chamou a atenção no relatório de um painel de nutricionistas foi o peso colocado na questão ambiental, destacando que uma menor ingestão de carne terá impactos positivos sobre a saúde da população, mas um impacto ainda maior sobre a saúde do planeta.
O relatório lembra que a pecuária é responsável por 14,5% de todas as emissões causadas pelo homem no mundo, quase metade desses gases de efeito estufa vindo dos recursos necessários para cultivar e transportar o milho e a soja para alimentação animal.
Para a parcela da população que ainda não come carne suficiente, alguns cientistas vêm advogando o uso de insetos para combater a fome, enquanto outros apostam no desenvolvimento da carne artificial.
Fonte: Diário da Saúde
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