O exercício físico é um fator fundamental na promoção da longevidade celular e de benefícios à saúde física, bem como previne ou retarda o declínio intelectual e reduz o estresse, com consequente manutenção do bem-estar.
Um estudo de coorte com 2.761 idosos acima de 65 anos determinou a influência da atividade física sobre a performance funcional e a longevidade. Os autores observaram a diminuição de 15% na mortalidade e o aumento de 2,5 anos na longevidade de idosos ativos fisicamente em relação a idosos sedentários.
Outro estudo avaliou, a partir de questionários de autorrelato, as atividades físicas realizas pelos participantes em um período de 5 anos. A amostra foi composta por 72 idosos do sexo masculino, com idade média de 75 anos. Diante dos resultados, comprovaram uma diminuição nos índices de mortalidade entre os indivíduos que permaneceram fisicamente ativos.
Além da prática de exercícios físicos, a alimentação, também, exerce papel fundamental quando se trata de longevidade. Os antioxidantes têm sido pauta de diversas discussões, pois auxiliam na redução do estresse oxidativo e da presença de radicais livres no organismo, assim, diminuindo os efeitos prejudiciais advindos do excesso de espécies reativas de oxigênio.
Os principais nutrientes e compostos bioativos com papel antioxidante, capazes de reduzir os danos provocados por radicais hidroxilas em excesso no exercício intenso, são ácido ascórbico, betacaroteno, alfatocoferol, zinco, flavonoides e selênio. O esporte proporciona aos idosos maior proteção contra as enfermidades crônico-degenerativas, preserva a mobilidade, a força muscular, a resistência, a força óssea, o equilíbrio e a coordenação, além de proporcionar ao idoso uma vida mais saudável, com autoestima e bem-estar, favorecendo a longevidade.
A prática de exercício de endurance, ao longo da vida, está associada a uma diminuição dos marcadores inflamatórios, melhora da sensibilidade à insulina e diminuição dos triglicerídeos, independentemente da idade. A maioria dos estudos conclui que o aumento do tempo investido no esporte diminui os níveis de biomarcadores inflamatórios como proteína C reativa (PCR), IL-6 e, em alguns casos, TNF-alfa.
O modelo do envelhecimento ativo continua a representar uma estrutura coerente e abrangente para estratégias em âmbitos global, nacional, local e individual para reagir à revolução da longevidade.
REFERÊNCIAS
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