Apenas uma unidade de castanha-do-brasil fornece 288,75 microgramas de selênio ao dia, aumentando o consumo de selênio para além da recomendação diária. |
Deficiência de selênio
O consumo diário de uma castanha-do-brasil - ou castanha-do-pará - é suficiente para recuperar a deficiência de selênio e trazer melhora das funções cognitivas.
Pesquisadores da USP descobriram estes efeitos trabalhando com idosos com comprometimento cognitivo leve(CCL), considerado um estágio intermediário entre o envelhecimento normal e as demências, como a doença de Alzheimer.
A nutricionista Bárbara Cardoso explica que o CCL (comprometimento cognitivo leve) é caracterizado pela perda cognitiva (processo que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem) maior do que o esperado para a idade.
As análises feitas pela nutricionista mostraram uma associação entre os níveis de selênio e o estresse oxidativo, o excesso de radicais livres em comparação com o sistema protetor de cada célula - 95% dos idosos que participaram da pesquisa apresentavam deficiência em selênio.
Castanha-do-brasil e selênio
Durante seis meses, a nutricionista acompanhou dois grupos de idosos. O primeiro ingeriu uma castanha-do-brasil por dia e o outro não recebeu nenhuma intervenção.
Após o período, todos os participantes no grupo que consumiu a castanha diariamente deixaram de apresentar a deficiência de selênio.
Os dois grupos também passaram por avaliação neuropsicológica antes e depois da intervenção com a castanha-do-brasil, para avaliar fatores como fluência verbal, capacidade de copiar desenhos, reconhecimento de figuras, entre outros.
Os resultados mostraram que o consumo da castanha-do-brasil atenuou o declínio cognitivo, com o grupo que ingeriu a castanha apresentando sistematicamente melhores resultados.
Segundo a nutricionista, "apenas uma unidade de castanha-do-brasil forneceu 288,75 microgramas de selênio ao dia, aumentando o consumo de selênio para além da recomendação diária (55 microgramas/dia), mas sem ultrapassar o limite tolerável de 400 microgramas".
Fonte: Diário da Saúde
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