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FOME EMOCIONAL: RECONHEÇA PARA EVITAR EXCESSOS.

quinta-feira, 18 de maio de 2017
A dificuldade em identificar, reconhecer e descrever estados emocionais, um nível baixo de consciência acerca das variações internas do nosso corpo, a dificuldade em correlacionar sentimentos com sensações físicas, uma alimentação irregular, são fatores de risco que nos tornam mais suscetíveis a iniciar uma alimentação do estilo emocional. Por isso é preciso prestar atenção.

A comida é para a maioria de nós uma fonte de prazer e energia e, é natural e saudável que gostemos de comer. Não é o simples ato de procurar um chocolate ou comer uma comida mais calórica que configura um problema.

O principal problema advém da frequência deste tipo de episódios, da intensidade da culpa que pode surgir e do grau de consciência relativamente ao que está a acontecer. Por exemplo, acontece por vezes ficar ansioso e procurar um bolo para substituir a peça de fruta que consome todas as tardes? Ou vai tomar um café e ao ver a vitrina dos bolos e salgados pensa: apetecia-me qualquer coisinha!

Tem consciência de que isso lhe acontece? Consegue parar de o fazer por sua livre vontade?

Comer somente quando sente fome (a física e não a emocional) não é fácil mas é uma prática que ajuda a evitar excessos.

Um artigo publicado no International Journal of Obesity que explora o poder da escala de fome ajuda a perceber o quanto estamos vulneráveis à fome emocional. Existem inúmeras medidas disponíveis para avaliar quando comemos demasiado em resposta a estímulos sociais, ambientais, emocionais e alimentares. Contudo, nenhuma dessas medidas foca realmente os aspetos do apetite, além do consumo alimentar.
Sofre de fome emocional? Faça o teste e verifique

O Poder da Escala de Fome (PFS) foi desenvolvido para avaliar o impacto psicológico de viver em ambientes de abundância alimentar, incidindo sobretudo na sensação de ser controlado pela comida. Esta escala avalia a capacidade de resposta aos alimentos em três níveis: quando o alimento está disponível, mas não está fisicamente presente; quando o alimento está presente, mas ainda não foi provado; quando o alimento foi provado pela primeira vez, mas não foi consumido.

É uma escala de fácil utilização. É composta por 15 itens, descrevendo possíveis situações com as quais todos estamos expostos no dia-a-dia.

Experimente preenchê-la usando como opções de resposta. Dê um clique na tabela para visualizar corretamente o questionário.


Agora some as respostas e divida o total por 15. Analise a pontuação obtida da seguinte forma:
  1. De 1,0 a 2,3: é improvável que esteja preocupado com os alimentos ou que perca o controlo sobre o seu comportamento alimentar
  2. De 2,4 a 3,6: está um pouco preocupado com a comida, mas não está suscetível a ter um problema a menos que esteja muito acima do peso recomendado
  3. De 3,7 a 5,0: está frequentemente preocupado com os alimentos e em risco de perder o controlo sobre a sua alimentação. Isto é especialmente problemático se também estiver significativamente acima do peso recomendado

Reconhecer os sinais de fome ajuda a distinguir quando se deve comer e quando se deve parar de comer, aprende-se a confiar no organismo, no que ele precisa e quando precisa.

É bastante importante identificar a emoção que está a sentir, em vez de a alimentar com comida.

Para superar a vontade enorme de comer, pode fazer uma lista de coisas rápidas e fáceis de que gosta – além de comer, depois é coloca-las em prática. Vejamos alguns exemplos: praticar exercício físico, caminhar a ouvir música, estar com pessoas de quem gosta. Pense em mais algumas! Quando começar a vontade de comer, mas que já sabe não é fome, use a sua lista. E fuja da tentação!

Referências: Beck, M. (2010). Eating to Live or Living to Eat? Health Journal. Obtido de http://www.wsj.com/articles/SB10001424052748704288204575363072381955744, a 19 de março de 2015; Cappelleri, J. C., Bushmakin, A. G., Gerber, R. A., Leidy, N. K., Sexton, C. C., Karlson, J., & Lowe, M. R. (2009). Evaluating the Power of Food Scale in obese subjects and a general sample of individuals: development and measurement properties. International Journal of Obesity, 33, pp. 913-922; Lowe, M. L., Butryn, M. L., Didie, E. R., Annunziato, R. A., Thomas, J. G., Crerand,C. E., . . . Halford, J. (2009). The Power of Food Scale: a new measure of the psychological influence of the food environment. Appetite, 53, pp. 114-118; Lowe, M. R., & Butryn, M. L. (2007); Eating for pleasure or just wanting to eat? Reconsidering sensory hedonic responses as a driver of obesity. Appetite, 47, pp. 10-17; Zheng, H., & Berthoud, H. R. (2007). Eating for pleasure or calories. Current Opinion in Pharmacology, 7, pp. 607-612.

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