Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, descobriram que a alteração da microbiota intestinal em humanos está associada com maior risco de aterosclerose sintomática e derrame.
O corpo humano contém dez vezes mais células bacterianas do que células humanas, a maioria das quais são encontradas no intestino. Essas bactérias contêm um grande número de genes, além do genoma, e são conhecidos coletivamente como o metagenoma intestinal.
A equipe de pesquisa agora mostrou que mudanças no metagenoma intestinal podem estar ligadas à aterosclerose e infarto.
Os pesquisadores compararam um grupo de pacientes com AVC com um grupo de indivíduos saudáveis e encontraram grandes diferenças na sua microbiota intestinal. Em particular, eles mostraram que os genes necessários para a produção de carotenoides foram mais frequentemente encontrados na flora intestinal de indivíduos saudáveis. Os indivíduos saudáveis também tinham níveis significativamente mais altos de um carotenoide determinado no sangue do que os sobreviventes de derrame.
Os carotenoides são um tipo de antioxidante que tem sido ligado, durante muitos anos, à proteção contra angina e infarto. Assim, o aumento da incidência de bactérias produtoras de carotenoides no intestino de indivíduos saudáveis pode oferecer pistas para explicar como o metagenoma afeta o risco de doenças.
"Nossos resultados indicam que a exposição a longo prazo aos carotenoides, por meio da produção de bactérias no sistema digestivo, tem importantes benefícios à saúde. Estes resultados devem tornar possível o desenvolvimento de novos probióticos. Pensamos que as espécies bacterianas de probióticos se estabeleceriam como uma cultura permanente no intestino e teriam um efeito a longo prazo", afirma o pesquisador Jens Nielsen.
A equipe acredita que ao examinar a microbiota bacteriana do paciente, eles podem ser capazes de desenvolver prognósticos de risco para doença cardiovascular.
Fonte: I Saúde, Alterações nas bactérias intestinais protegem contra o derrame. Exame da microbiota bacteriana do paciente pode permitir desenvolver prognósticos de risco para doença cardiovascular. Acesso em 16/12/2012.
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