A doença de Parkinson é uma doença associada à perda de neurônios em uma região do cérebro conhecida como substância negra (ou nigra), produtora do neurotransmissor dopamina. A redução na produção de dopamina relaciona-se a sintomas motores como tremores, rigidez muscular, diminuição da velocidade dos movimentos e distúrbios do equilíbrio e da marcha. Também aumenta a chance de desenvolvimento de depressão, alterações do sono e diminuição da memória.
O fator genético exerce grande influência no desenvolvimento da doença mas outras causas também são importantes como o uso exagerado e contínuo de medicamentos que reduzem a eficácia da dopamina; isquemia (falta de oxigenação) cerebral; traumas cranianos repetitivos, como acontece com lutadores de boxe e jogadores de futebol americano e baseball e exposição a ambientes tóxicos.
O intestino vem sendo estudado pois possui um papel importante, funcionando como barreira contra toxinas. A disbiose intestinal (desequilíbrio da microbiota) compromete esta barreira e pode aumentar o risco de diversas doenças inflamatórias. É sabido, por exemplo, que pacientes com Parkinson possuem mais prisão de ventre (constipação). Um dos motivos é o baixo consumo de água (Ueki e Otsuka, 2004).
A constipação, por sua vez, pode aumentar o risco de doença de Parkinson por aumentar o tempo de putrefação dos alimentos no trato digestório e maior absorção de toxinas prejudiciais ao cérebro (Gao et al., 2011). Outros estudos ligam o desenvolvimento da doença com a exposição a pesticidas - agrotóxicos (Narayan et al., 2013; Noyce et al., 2012; Wang et al., 2014), que geram mutações de DNA (Liu et al., 2013) ou acúmulo de proteína alfa-sinucleína no cérebro (Chorfa et al., 2014). Esta proteína danifica neurônios (Dunnett e Björklund, 1999).
Não existem medicamentos que previnam este acúmulo da alfa-sinucleína no cérebro. O importante é a prevenção. A mesma passa pelo consumo adequado de água, tratamento da disbiose intestinal e da constipação e adoção de uma dieta mais orgânica, rica de frutas e verduras.
Flavonóides dos alimentos vegetais inibem a formação de alfa-sinucleína. Além disso, os flavonóides se ligam à alfa-sinucleína já formada e a estabiliza (Strathearn et al., 2014), reduzindo o risco de desenvolvimento de doença de Parkinson (Gao et al., 2012). Dois flavonóides importantes são a antocianina e a proantocianidina presente nas uvas roxas, no vinho tinto, nos mirtilos e nos morangos, nas amoras e no açaí.
Fonte: Nutri Yoga.
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