Ácido clorogênico
Um composto químico presente no café pode ajudar a evitar alguns dos efeitos prejudiciais da obesidade.
O ácido clorogênico, ou ACG, reduziu significativamente a resistência à insulina e a acumulação de gordura no fígado de animais de laboratório que foram alimentados com uma dieta rica em gordura para induzir-lhes à obesidade.
"Estudos anteriores demonstraram que o consumo de café pode reduzir o risco de doenças crônicas como diabetes tipo 2 e doença cardiovascular," disse Yongjie Ma, da Universidade da Geórgia (EUA).
"Nosso estudo expande esta pesquisa analisando os benefícios associados a este composto específico, que é encontrado em grande abundância no café, mas também em outras frutas e vegetais como maçãs, peras, tomates e mirtilos," acrescenta Ma.
Efeitos terapêuticos
Além do ganho de peso, a obesidade tem como efeitos colaterais comuns o aumento da resistência à insulina e a acumulação de gordura no fígado. Sem tratamento, estes distúrbios podem levar à diabetes e à deterioração da função hepática.
Para testar os efeitos terapêuticos do ácido clorogênico, os pesquisadores alimentaram um grupo de cobaias com uma dieta rica em gordura durante 15 semanas, além de injetar-lhes uma solução de ácido clorogênico duas vezes por semana.
Eles descobriram que o ACG não só foi eficaz na prevenção do ganho de peso, mas também ajudou a manter os níveis de açúcar no sangue normais e a composição do fígado saudável, sem acúmulo de gordura.
Dose elevada
Mas a equipe é rápida em apontar que o ácido clorogênico não é uma panaceia. Uma dieta adequada e exercícios físicos regulares ainda são os melhores métodos para reduzir os riscos associados à obesidade.
Além disso, os camundongos receberam uma dose elevada de ACG, muito maior do que um ser humano poderia absorver através do consumo regular de café ou uma dieta rica em frutas e legumes.
No entanto, os pesquisadores acreditam que o ácido clorogênico pode se tornar a base de um tratamento para aqueles que precisam de uma ajuda extra. Eles planejam realizar mais pesquisas para desenvolver uma formulação otimizada especificamente para o consumo humano.
Fonte: Diário da Saúde
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