Google Analytics Alternative

NUTRIÇÃO EM ADOLESCENTES ATLETAS.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Não há dúvidas que a participação de adolescentes em atividades esportivas é de fundamental importância no processo de crescimento e desenvolvimento, prevenção de diversas patologias, especialmente a obesidade, diabetes e hipertensão, além de atuar positivamente como atividade de lazer, integração social e desenvolvimento de aptidões que levam a uma maior auto-estima e confiança.
 
No entanto, a competitividade tem se tornado cada vez maior entre jovens, que muitas vezes sem alcançar todo o potencial de crescimento, são submetidos a programas de treinamento intensos, com conseqüências deletérias à saúde.
Para garantir o aporte nutricional para este público, é fundamental que o crescimento seja monitorado periodicamente, e ainda que seja investigada a ingestão alimentar e presença de possíveis carências nutricionais.
 
Para avaliação do crescimento, o padrão de referência utilizado é o mesmo para a população de adolescentes não atletas - NCHS, 2000. A avaliação da composição corporal deve ser realizada, sendo que as medidas de dobras cutâneas podem ser avaliadas como acompanhamento ou para cálculo do percentual de gordura, que deve ser obtido por meio da equação proposta por Slaughter et al., 1988.
 
No que diz respeito ao aporte energético, sabe-se que jovens atletas são afetados pelo desequilíbrio energético, o que pode ocasionar baixa estatura, atraso puberal, deficiência de nutrientes, desidratação, irregularidade menstrual, alterações ósseas, maior incidência de lesões e maior risco para o aparecimento de distúrbios alimentares. No entanto, a necessidade energética exata dessa faixa etária não é determinada em estudos científicos. As DRIs podem ser utilizadas para estimar as necessidades calóricas para o crescimento e desenvolvimento normais, mas deve ser priorizada a soma do gasto com a atividade física, que é tido a partir do grau e da intensidade de atividade praticada (tipo de esporte praticado, freqüência, duração, participação ou não em competições). A distribuição de macronutrientes pode ser a seguinte: 55 – 60% da energia total na forma de carboidratos, 12-15% de proteínas e 30% de lipídios (ADA, 1996; Ortega, 1992).
 
Deve ser priorizado o fornecimento de carboidratos, preferencialmente os complexos (40 - 45% das calorias) e em menor expressão os simples (10 - 15%) (Ortega, 1992). Estudos mostram que as necessidades protéicas de jovens são maiores do que as de adultos sedentários (Thompson, 1998), porém não há estudos específicos que concluam a quantidade ideal deste nutriente. Ortega (1992) sugere 2 g/kg/dia para adolescentes, o que equivale ao dobro da recomendação para adolescentes sedentários.
Estudos mostram que jovens atletas apresentam níveis mais altos de glicerol no sangue, o que nos leva a crer que existe maior utilização de ácidos graxos livres e menor razão de troca respiratória durante o exercício, indicando maior utilização de gorduras. Sugere-se que a ingestão deste nutriente seja inferior a 30% do VCT.
 
Devem ser incentivados novos estudos sobre as necessidades nutricionais específicas para jovens atletas, e priorizada ainda a prática da educação nutricional nesta faixa etária, a fim de que seja garantida a saúde e a qualidade de vida.
 
Fonte: RG Nutri, Nutrição em Adolescentes Atletas. Acesso em 26/09/2013.

0 comentários:

Postar um comentário